Primeiras medições de distâncias a galáxias brilhantes no submilímetro
2003-04-29
Em 1997, um novo tipo de galáxias foi descoberto pela câmara de submilímetro SCUBA. Designadas por galáxias submilimétricas, caracterizam-se por serem muito brilhantes no submilímetro e por não se conhecer contrapartida no óptico nem no infravermelho. Agora, uma equipa de astrónomos conseguiu medir o desvio para o vermelho - e deduzir a distância - a 10 galáxias deste tipo. O método requer dados de rádio obtidos com o VLA para localizar as galáxias com precisão, e ainda espectros ópticos, que foram obtidos com o telescópio Keck. Até agora bastante enigmáticas, estas galáxias revelam-se um componente importante na formação de estrelas quando o Universo tinha apenas 2 mil milhões de anos.
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Lançamento do satélite GALEX
2003-04-28
Se tudo correr como previsto, às 13h00 (hora de Lisboa) do dia 28 de Abril, o satélite GALEX (Galaxy Evolution Explorer, NASA) será lançado a partir do Cabo Canaveral (Florida, EUA), para se manter em órbita à volta da Terra durante 29 meses. Esta missão científica mapeará a história e evolução do Universo, recuando 80% da idade do Universo. Entre os objectivos científicos, destacam-se a procura de resposta a questões relacionadas com a história da formação de estrelas no Universo, a caracterização das galáxias no ultravioleta e a origem dos elementos químicos que conhecemos hoje.
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Provas directas relacionam fulgurações de raios gama com explosões de supernova
2003-04-25
As fulgurações de raios gama são explosões poderosas, observáveis a milhares de milhões de anos-luz, e que ocorrem aleatoriamente em todas as direcções do céu. Acredita-se que estejam relacionadas com explosões de supernovas e com a formação de buracos negros, mas até agora, só existiam indícios indirectos de que assim fosse. Em 29 de Março, uma fulguração (GRB 030329) localizada na constelação do Leão brilhou, durante 30 segundos, mais do que todo o Universo. O estudo de observações realizadas no pós-clarão permitiu que cientistas reunissem, pela primeira vez, provas directas que relacionam uma fulguração de raios gama com uma supernova.
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Descoberto planeta extra-solar de menor período orbital
2003-04-22
A caça aos planetas extra-solares tem sido muito bem sucedida utilizando o método das velocidades radiais. Mas apenas dois planetas extra-solares foram detectados pelo método do trânsito, que tem a vantagem de permitir determinar a verdadeira massa do planeta. Agora, um exoplaneta, a orbitar a estrela OGLE-TR-3, foi o terceiro exoplaneta descoberto por este segundo método. Juntando informação fotométrica obtida pelo projecto OGLE, com o estudo de espectros de alta resolução obtidos com o VLT (ESO), uma equipa de astrónomos determinou que se trata do exoplaneta de menor período orbital (apenas 28h33m) que se conhece. Este planeta, que orbita a sua estrela a 3,5 milhões de quilómetros, é 1,4 vezes maior que Júpiter, embora a sua massa seja apenas 0,6 vezes a de Júpiter.
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Luz verde para a primeira sonda a ser enviada até Plutão!
2003-04-21
A NASA deu luz verde para o envio da primeira sonda a Plutão e à cintura de Kuiper. A sonda, baptizada com o nome Novos Horizontes, deverá ser lançada em Janeiro de 2006. Depois de fazer uma passagem por Júpiter, aproveitando para efectuar alguns estudos científicos naquele planeta, a sonda chegará a Plutão e Caronte em 2015. Passados cerca de seis meses em órbita de Plutão, a sonda seguirá caminho até à cintura de Kuiper para estudar um ou mais mundos gelados nesta vasta região, a mais de mil milhões de quilómetros para além da órbita de Neptuno.
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Detectada radiação X proveniente de uma anã castanha
2003-04-20
Utilizando o observatório de raios-X Chandra (NASA), Y. Tsuboi (Universidade de Chuo, Japão) e a sua equipa determinaram que a anã castanha de pouca massa, TWA 5B, emite radiação X com origem no plasma coronal. TWA 5B orbita um sistema binário jovem, TWA 5A, com 12 milhões de anos. Esta descoberta é extremamente importante para o estudo das anãs castanhas de idade intermédia e talvez traga implicações interessantes para os planetas extrasolares de massa elevada descobertos em órbita de outras estrelas.
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Girinos solares gigantes nadam na atmosfera do Sol
2003-04-18
Estruturas escuras do tamanho da Terra, com a forma que lembra a de um girino, foram vistas a "nadar" na atmosfera do Sol depois de aquecida a milhões de graus por uma grande explosão. As observações foram obtidas com a sonda TRACE da NASA. Aparentemente, os girinos são tubos magnéticos recombinados, cuja pressão magnética mantém temporariamente afastado o plasma circundante. Ainda não se sabe exactamente como funciona a recombinação magnética, mas as observações da TRACE impõem restrições que permitem eliminar várias das teorias existentes. Um entendimento mais profundo da recombinação magnética permitirá ajudar a prever quando uma região altamente magnetizada do Sol poderá gerar uma explosão.
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Cientistas da NASA estudam formas exóticas de vida em rio da Península Ibérica
2003-04-17
Investigadores norte-americanos e espanhóis simulam missão de busca de vida no subsolo de Marte, num rio de águas muito ácidas conhecido por rio Tinto, localizado em Huelva, próximo do Algarve, de cujo estuário partiu Cristóvão Colombo para o Novo Mundo, em 1492. O objectivo deste estudo é testar a estratégia de uma missão a Marte em busca de vida, assim como testar os equipamentos e técnicas necessários a essa mesma missão. Os cientistas crêem que o ambiente do subsolo do rio Tinto é muito semelhante ao ambiente que se poderá observar debaixo da superfície de Marte, no que toca às condições para suportar vida bacteriana.
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Supernovas distantes esticam a nossa régua cósmica
2003-04-16
Duas supernovas do tipo Ia, na direcção do Campo Profundo Norte do Hubble, foram descobertas com a câmara ACS no telescópio espacial Hubble (ESA/NASA). A supernova mais distante encontra-se a 7,6 mil milhões de anos-luz e ter-se-á formado, provavelmente, numa altura em que o Universo ainda se encontrava a desacelerar devido à gravidade. A outra supernova, a 4,7 mil milhões de anos-luz, explodiu quando o Universo já se encontrava em expansão acelerada. Espera-se que o estudo de supernovas com a câmara ACS ajude a desvendar a história da expansão do Universo, principalmente no período de transição entre as duas fases.
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Novos mapas da NASA revelam cratera responsável pela extinção dos dinossauros
2003-04-15
A existência de uma cratera de impacto conhecida como Chicxulub foi proposta pela primeira vez em 1980. Muitos cientistas estão de acordo em que este impacto, que se deu na península do Yucatão (México), esteve na origem da extinção do Cretáceo-Terciário, o acontecimento que há 65 milhões de anos levou à extinção dos dinossauros e da maioria da vida na Terra. O novo mapa de alta resolução obtido pela Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), da NASA, mostra pela primeira vez a existência de uma subtil, mas inequívoca, indicação topográfica do limite externo da cratera: um sulco semicircular com 3 a 5 metros de profundidade e uma largura de 5 quilómetros.
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Galáxia sem bojo alberga buraco negro galáctico
2003-04-14
NGC 4395 é uma galáxia espiral, com disco e sem bojo central. Observações recentes determinaram que no seu centro encontra-se um buraco negro de tamanho intermédio, com uma massa entre 10 000 e 100 000 vezes a massa do Sol. Esperar-se ia que uma galáxia com um buraco negro central desta dimensão possuísse um pequeno bojo, mas tal não acontece. Este resultado vem contrariar a ideia, até agora largamente aceite, de que os buracos negros galácticos são exclusivos de galáxias com bojos.
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Eis uma hipernova!
2003-04-10
Na manhã do dia 29 de Março, foi detectada a luz duma fulguração de raios gama cuja explosão ocorreu há dois mil milhões de anos. Esta fulguração, designada por hipernova, terá sido tão brilhante que, no primeiro minuto a seguir à explosão, emitiu energia a uma taxa mais de um milhão de vezes superior ao conjunto de todas as estrelas que existem na Via Láctea. Um conjunto de pequenos telescópios, que constituem o ROTSE, observa ininterruptamente a luz desta fulguração à medida que decai com o tempo.
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Quasares: afinal nem todo o material do disco de acreção está condenado a cair no buraco negro!
2003-04-09
De acordo com um estudo observacional conduzido por cientistas da Universidade Estatal da Pensilvânia (EUA) e do Instituto de Tecnologia do Massachussetts (EUA), os buracos negros de massa extremamente elevada, como aqueles que encontramos nos quasares, podem ajudar a semear o meio interestelar e intergaláctico com elementos pesados, como o carbono, oxigénio e ferro, mediante ventos de alta velocidade, produzidos por pressão de radiação no seio dos seus discos de acreção. Estudos teóricos sugerem que tais processos podem, de facto, ocorrer nos discos de acreção que, até agora, se julgavam ser um bilhete sem retorno para o buraco negro central.
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Chandra observa o Universo adolescente
2003-04-07
Cientistas utilizando o observatório de raios-X Chandra (NASA) fotografaram o Universo adolescente, como era há cerca de 5 mil milhões de anos, quando a sua estrutura de larga-escala era a familiar teia de galáxias, enxames de galáxias, e filamentos de matéria escura. As observações revelam galáxias distantes, com massas elevadas, espalhadas pelo céu e aglomeradas sob o efeito da atracção gravitacional provocado pela matéria escura. Isto oferece pistas importantes sobre como o Universo amadureceu, desde o seu início caótico até à elegante estrutura de hoje.
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Lente gravitacional revela segredos de uma galáxia distante
2003-04-06
O estudo do quasar PSS J2322+1944, a cerca de 12 mil milhões de anos-luz da Terra, permitiu detectar na jovem galáxia que o alberga um disco central de gás, no qual nascem, em cada ano, centenas de novas estrelas - isto numa altura em que o Universo só tinha 15% da sua idade actual. Esta descoberta foi realizada com obsevações efectuadas pelo radiotelescópio VLA (NSF, EUA), com a ajuda duma lente cósmica gigante, convenientemente providenciada pela natureza.
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Imagem da galáxia anã IC 10 surpreende astrónomos
2003-04-03
Um estudo pormenorizado da galáxia irregular IC 10, a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância, surpreendeu os astrónomos ao revelar que a maior parte do seu gás molecular - o material a partir do qual se formam novas estrelas - se encontra dispersa pela periferia da galáxia, e não concentrada no seu centro, como seria de esperar. As observações, realizadas no rádio-interferómetro de Owens Valley, fornecem pistas importantes sobre como se terão formado estrelas neste tipo de galáxia, num passado distante.
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GRB 020813: Confirma-se a relação entre fulgurações de raios gama e supernovas
2003-04-03
Observações obtidas com o observatório de raios-X Chandra (NASA) permitiram a uma equipa de cientistas confirmar que as fulgurações de raios gama estão relacionadas com a morte de estrelas de grande massa. Este resultado constitui um passo importante para o entendimento da origem das fulgurações de raios gama, o fenómeno mais violento que se conhece no Universo actual. A observação do pós-clarão da fulguração de raios gama GRB 020813 (assim chamada porque foi descoberta em 13 de Agosto de 2002) revelou uma sobre-abundância de iões de silício e de enxofre que são característicos de uma supernova.
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Astrónomos calcularam o brilho da supernova de 1006 DC
2003-04-02
Registos históricos relatam o aparecimento de um estrela com um brilho espectacular em 1006 DC, que passados meses deixou de ser visível. Uma equipa de astrónomos utilizou imagens digitais e observações espectroscópicas para, com a ajuda de geometria simples, calcular o brilho dessa famosa supernova. Concluíram que o seu brilho, quando foi observada em 1006 DC, encontrava-se entre a magnitude de Vénus e a da Lua cheia.
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Galáxia descoberta pelo Subaru é a mais distante que se conhece
2003-04-01
O telescópio Subaru do Observatório Astronómico Nacional do Japão descobriu uma galáxia a 12,8 mil milhões de anos-luz, como um desvio para o vermelho de 6,58. É a galáxia mais distante que se conhece hoje. Este resultado insere-se no projecto Subaru Deep Field (SDF), cujo objectivo principal é detectar um elevado número de galáxias distantes e compreender as suas propriedades e o seu impacto na evolução do Universo. Imagens capturadas com a câmara Suprime através de um filtro especialmente fabricado para este estudo ajudam a descobrir candidatas a galáxias muito distantes. A confirmação é realizada observando com o espectrógrafo FOCAS, também no telescópio Subaru.
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