GALEX, acrónimo de Galaxy Evolution Explorer, é uma missão espacial do Programa dos Exploradore (NASA), integrado no tema Estrutura e Evolução do Universo. O seu lançamento está previsto para o dia 28 de Abril, às 13h00 (hora de Lisboa), a partir do Centro Espacial Kennedy no Cabo Canaveral (Florida, EUA). Um foguetão Pegasus XL, libertado por um avião a jacto L-1011, encarregar-se-á de lançar o satélite. O GALEX permanecerá em órbita geocêntrica a 690 km da Terra, com uma inclinação de 29° relativamente ao equador.

Após um mês em órbita efectuando testes, a missão científica terá início e decorrerá durante 28 meses. No centro do satélite encontra-se um telescópio de 50 cm de diâmetro equipado com detectores de radiação ultravioleta - zona do espectro electromagnético entre a luz visível e os raios-X. A característica mais importante deste telescópio é o seu grande campo de visão, 1,2°, e a rapidez com que varre o céu: em 98 minutos de órbita em torno da Terra, percorre um oitavo do céu! Para além de imagens, o GALEX também obterá espectros de todos os objectos no campo de visão.

O GALEX realizará o primeiro levantamento completo do céu extragaláctico no ultravioleta. Durante a sua missão, observará centenas de milhares de galáxias, próximas e distantes, assim como estrelas da nossa própria galáxia. O GALEX mapeará a história e a evolução das galáxias, recuando 80% da idade do Universo.

Observando no ultravioleta, o GALEX detectará as galáxias dominadas por estrelas jovens e quentes e de vida curta, que emitem grande parte da sua energia nesses comprimentos de onda. Dados recentes sugerem que houve um pico de formação de estrelas há 8 a 10 mil milhões de anos. Esta missão foi especificamente concebida para investigar a história da formação de estrelas. Permitirá estabelecer a relação entre as propriedades das galáxias no ultravioleta e a sua taxa de formação de estrelas. Depois, com essa informação, poder-se-á mapear a história da formação de estrelas no Universo.

A importância de GALEX revela-se ainda pela complementaridade que oferece a vários observatórios espaciais já em funcionamento (o Hubble Space Telescope

Hubble Space Telescope (HST)
O Telescópio Espacial Hubble é um telescópio espacial que foi colocado em órbita da Terra em 1990 pela NASA, em colaboração com a ESA. A sua posição acima da atmosfera terrestre permite-lhe observar os objectos astronómicos com uma qualidade ímpar.

e o Far Ultraviolet Spectroscopic Explorer) e outros planeados para o futuro próximo (Space Infrared Telescope Facility

Spitzer Space Telescope
O Telescópio Espacial Spitzer é um telescópio de infravermelhos colocado em órbita pela NASA a 25 de Agosto de 2003. Este telescópio, anteriormente designado por Space InfraRed Telescope Facility (SIRTF), foi re-baptizado em homenagem a Lyman Spitzer, Jr. (1914-1997), um dos grandes astrofísicos norte-americanos do século XX. Espera-se que este observatório espacial contribua grandemente em diversos campos da Astrofísica, como por exemplo na procura de anãs castanhas e planetas gigantes, na descoberta e estudo de discos protoplanetários à volta de estrelas próximas, no estudo de galáxias ultraluminosas no infravermelho e de núcleos de galáxias activas, e no estudo do Universo primitivo.

e James Webb Space Telescope). A sua riqueza em objectos, desde galáxias, a quasares, e a anãs brancas, fará com que o seu imenso arquivo de dados seja um recurso para toda a comunidade astronómica.

A missão GALEX é liderada pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA), também responsável pelas operações científicas e análise de dados. Os instrumentos científicos foram construídos pelo Laboratório de Propulsão a Jacto (EUA). A missão foi desenvolvida pelo Programa dos Exploradores da NASA e os parceiros internacionais incluem a Coreia do Sul e a França. Mais informação sobre a missão encontra-se em http://www.srl.caltech.edu/galex .

Fonte da notícia: http://www.nasa.gov/home/hqnews/2003/apr/HP_news_03148.html