As Plêiades são um aglomerado estelar visível a olho nu e desde há muito conhecido dos astrónomos profissionais e amadores pela nebulosidade que envolve as suas estrelas mais brilhantes, dispersando a luz como o nevoeiro à volta de uma lâmpada acesa. Novos dados obtidos no observatório de Kitt Peak (Arizona, EUA) sugerem que as Plêiades estão a colidir com duas nuvens, o que em si é um acontecimento raríssimo: uma colisão de três corpos na vastidão do espaço interestelar.
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Uma equipa de astrónomos alemães e britânicos descobriu algumas das galáxias mais distantes algumas vez observadas, a cerca de 12,6 mil milhões de anos-luz, usando o Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul, no Chile. Foram necessários quase nove décimos da idade que o Universo tem hoje para que a luz destas galáxias chegasse até nós. Este estudo indica que quando o Universo era muito jovem, haveria bem menos galáxias muito luminosas do que uns tempos mais tarde, passados 500 milhões de anos.
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Os mais recentes dados observacionais do levantamento do céu Sloan Digital Sky Survey (SDSS) deram origem ao maior e mais detalhado mapa 3D do Universo, refinando um pouco mais a nossa compreensão sobre a estrutura e evolução do Universo. Os resultados deste estudo do SDSS são consistentes com os detalhes previstos pelos modelos de inflação. Combinando com as medições realizadas pelo Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP), a equipa do SDSS estimou que a matéria cósmica é constituída por 70% de energia escura, 25% de matéria escura e 5% de matéria normal. Este resultado vem ao encontro das conclusões obtidas com outro levantamento do céu, o 2dF Galaxy Redshift Survey.
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Epsilon Indi surpreendeu os astrónomos quando, no ano passado, foi detectada uma anã castanha a orbitá-la - a apenas 11,8 anos-luz do Sistema Solar, tornou-se a anã castanha mais próxima de nós. Agora, observações realizadas com o Telescópio Gemini do Sul mostram que essa anã castanha, Epsilon Indi Ba, tem, por sua vez, uma anã castanha, Epsilon Indi Bb, a orbitá-la! Epsilon Indi Ba e Epsilon Indi Bb são anãs castanhas do tipo T, separadas por, pelo menos, 2 unidades astronómicas (300 000 000 km).
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Um conjunto único de 11 supernovas distantes do tipo Ia estudadas com o Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) trás uma nova luz para a compreensão da natureza da energia escura, segundo os últimos estudos realizados pelo Supernova Cosmology Project. De entre as numerosas maneiras de tentar explicar a energia escura, algumas são consistentes com as novas medições - incluindo a constante cosmológica originalmente proposta por A. Einstein - mas outras são eliminadas, incluindo algumas teorias de Quintessência.
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Um misterioso arco de luz, que se encontra por detrás dum aglomerado de galáxias muito distante, acabou por ser identificado como a maior, mais brilhante e mais quente região de formação de estrelas alguma vez observada. O chamado Arco do Lince é um milhão de vezes mais brilhante do que a bem conhecida nebulosa de Orionte e as suas estrelas são duas vezes mais quentes do que estrelas semelhantes da nossa vizinhança galáctica. Observá-lo é espreitar a intensa actividade de formação de estrelas nos tempos primordiais do Universo - a opulência do espectáculo só diminui porque estamos a vê-lo a 12000 milhões de anos-luz.
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Descoberta mais uma galáxia em colisão com a nossa Via Láctea, chamada galáxia anã do Cão Maior. Esta galáxia recém-descoberta encontra-se a 25000 anos-luz do Sistema Solar e a 42000 anos-luz do centro da Via Láctea, sendo portanto a galáxia satélite mais próxima da nossa Galáxia que se conhece. A descoberta vem mostrar como a Via Láctea ainda está a construir o seu disco através da canibalização de pequenas galáxias satélites.
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Foi solucionado o mistério de porque é que cerca de dois terços das fulgurações de raios gama detectadas, as mais poderosas explosões do Universo, pareciam não deixar nenhum sinal da sua ocorrência. Uma nova análise proporcionada pelo HETE (NASA), que localiza fulgurações e dirige em poucos minutos (por vezes segundos) outros satélites e telescópios para a explosão, mostra que afinal a maioria das fulgurações de raios gama tem um pós-resplendor.
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Observações realizadas com o observatório espacial de raios-X XMM-Newton (ESA) revelaram a imagem de um pulsar a "voar" pelo espaço a 20 vezes a velocidade do som. Duas caudas gémeas visíveis em raios-X estendem-se por 3000 milhões de quilómetros desde a pequena e densa esfera de apenas 19 km de diâmetro. Este pulsar, conhecido por Geminga, é o pulsar mais próximo da Terra que se conhece, a apenas 500 anos-luz de distância. As observações permitem não só estimar propriedades básicas do pulsar, mas também estudar o meio interestelar que Geminga atravessa.
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Os cientistas obtiveram, a partir do espaço, a visão mais próxima do Sol em ultravioleta alguma vez conseguida. As imagens obtidas, que revelaram um nível inesperadamente elevado de actividade na cromosfera solar, ajudarão os investigadores a responder a uma das mais intrigantes questões sobre o funcionamento do nosso Sol: de que modo a coroa solar (a camada mais externa da atmosfera solar) é aquecida a temperaturas superiores a 1 milhão de graus Celsius, ou seja, temperaturas 100 vezes mais elevadas que a temperatura da cromosfera.
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O telescópio espacial de raios gama Integral (ESA) descobriu o que parece ser uma nova classe de objectos astronómicos. Estes são sistemas binários, que provavelmente incluem um buraco negro ou uma estrela de neutrões, e encontram-se embebidos numa nuvem espessa de gás frio. Até agora, estes objectos permaneceram invisíveis para os outros telescópios e só o Integral, lançado há um ano para estudar os fenómenos mais energéticos do Universo, foi capaz de os detectar.
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De acordo com uma equipa de astrónomos da Universidade do Massachussetts (EUA), milhares de estrelas pertencentes à galáxia anã do Sagitário, uma galáxia na nossa vizinhança imediata, estão a ser roubadas pela Via Láctea, num acto de canibalismo voraz. Este estudo baseia-se no primeiro mapeamento a conseguir cobrir toda a extensão da galáxia do Sagitário, e mostra em grande detalhe como os detritos desta galáxia se distribuem em torno da Via Láctea.
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A última semana vai entrar para a história da observação solar por nunca antes se ter observado, num período tão curto, uma série tão intensa de erupções como a que se verificou desde o dia 28 de Outubro. O fenómeno é ainda mais surpreendente pelo facto da actividade solar ter estado a diminuir desde o último pico, em 2001. Uma região conhecida como região activa 10486 deu origem, a 28 de Outubro, a uma fulguração de classe X17.2, e apenas uma semana depois, originou a mais intensa fulguração solar alguma vez observada, cuja classe se estima ser X28!
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Observações realizadas pela sonda RHESSI (NASA) mostram como uma protuberância solar se torna numa fábrica de antimatéria. Apesar do Homem, com a tecnologia actual, ser apenas capaz de criar diminutas quantidades de antimatéria, uma protuberância solar ocorrida em 23 de Julho de 2002 criou cerca de meio quilograma de antimatéria - o suficiente para satisfazer as necessidades energéticas dos EUA durante dois dias! Além de possibilitar o estudo do processo de criação e destruição de antimatéria em protuberâncias solares, estas novas observações revelaram detalhes de como partículas subatómicas são aceleradas a velocidades muito próximas da velocidade da luz.
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Uma equipa de astrónomos europeus utilizou o espectrógrafo UVES no telescópio KUEYEN (ESO) para obter espectros de alta resolução do cometa LINEAR. Estes espectros permitiram determinar razões isotópicas para o carbono e para o azoto. Se por um lado o valor da razão isotópica ¹²C/¹³C é semelhante ao valor terrestre, por outro, a razão isotópica ¹⁴N /¹⁵N é apenas cerca de metade do valor terrestre. O mesmo se verifica no cometa Hale-Bopp, o único para o qual também foram medidas estas razões isotópicas. Este interessante resultado leva a que os astrónomos sugiram que parte do azoto cometário se encontra preso em macromoléculas agarradas em partículas de poeira.
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Uma equipa de astrónomos, liderada por Wil van Breugel do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (Califórnia, EUA), descobriu indícios da formação síncrona de galáxias elípticas luminosas de massa elevada em jovens aglomerados de galáxias, num Universo ainda jovem. Estas galáxias encontram-se agrupadas em torno de radiogaláxias com fortes desvios para o vermelho. Isto sugere que todas estas galáxias se terão formado ao mesmo tempo.
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Uma nova galáxia satélite da conhecida galáxia Andrómeda foi descoberta. Denominada Andrómeda VIII, esta nova galáxia é tão dispersa e transparente que os astrónomos não suspeitaram da sua existência até terem mapeado a velocidade de estrelas que pensavam pertencer à galáxia Andrómeda – ao analisarem os resultados, aperceberam-se que essas estrelas se moviam de uma forma independente de Andrómeda.
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