Asteróides em fusão estão na origem da formação da Terra
2005-06-29
Uma pesquisa, realizada por investigadores da Universidade Aberta do Reino Unido e publicada na Nature, demonstra que os eventos relacionados com asteróides, ocorridos durante a formação do Sistema Solar, determinaram a composição da Terra nos dias de hoje. Alguns dos pequenos corpos planetários do Sistema Solar primitivo entraram em fusão em larga escala e tornaram-se estratificados. Devido ao ambiente caótico de impactos, uma quantidade significativa das camadas exteriores, menos densas, destes asteróides derretidos terá sido removida, para vir a fazer parte da Terra em crescimento. Este processo parece explicar melhor a composição da Terra do que as teorias precedentes.
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Planeta dá forma ao anel de poeira de Fomalhaut
2005-06-24
O Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) efectuou observações do estreito anel de poeira à volta da estrela Fomalhaut (HD 216956). As imagens, no visível, mostram que o centro do anel está afastado da estrela por 15 unidades astronómicas (UA). A explicação mais plausível para este facto é a existência de um planeta que se move numa órbita elíptica e cujo efeito gravitacional dá esta nova forma ao anel de poeira. Os detalhes da imagem permitem notar que o bordo interior é muito mais abrupto do que o exterior, sinal da provável presença de um corpo que limpa o material interior. O anel de poeira estende-se por 133 UA e os astrónomos acreditam que o objecto planetário tem uma órbita à volta de Fomalhaut entre 50 e 70 UA.
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Aura detecta condições invulgares para o ozono árctico em 2005
2005-06-23
Durante o último Inverno, devido às baixas temperaturas atingidas na estratosfera sobre o Árctico, a destruição química da camada de ozono dessa região atingiu valores próximos do valor recorde, registado no Inverno de 1999-2000. Não obstante, observações realizadas pelo Aura (NASA), um satélite de observação da Terra, mostraram que, graças a outros processos atmosféricos, os valores médios do ozono na região acabaram por ser restabelecidos. Ventos da estratosfera trouxeram ar rico em ozono das latitudes médias, o que teve como resultado uma alteração pouco significativa no balanço total do ozono, impedindo assim que elevados níveis de radiação ultravioleta atingissem a superfície terrestre.
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Deep Impact detecta núcleo do cometa Tempel 1
2005-06-21
No próximo dia 4 de Julho, a sonda Deep Impact, da NASA, colidirá com o cometa Tempel 1. As primeiras imagens processadas do cometa, obtidas pela sonda, foram apresentadas ontem. Utilizando um truque fotométrico, os cientistas conseguiram distinguir o núcleo do cometa da cabeleira. A detecção do núcleo é essencial para o planeamento da missão, pois permite estudar a rotação do núcleo do cometa e prever onde irá ocorrer a colisão.
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Estrela explodiu sem deixar núcleo visível
2005-06-17
A explosão de uma supernova, ocorrida na Grande Nuvem de Magalhães e observada na Terra em 1987, parece não ter deixado um núcleo visível. A estrela que explodiu, de massa 20 vezes superior à do Sol, deverá ter dado origem a um buraco negro ou a uma estrela de neutrões, mas os resultados das observações efectuadas até à data não encontraram vestígios de nenhum destes objectos compactos. Os astrónomos continuam a estudar o remanescente desta supernova, denominada SN 1987A, procurando evidências de matéria em acreção que, a existir, deverá estar reunida num disco muito pequeno, tanto em massa como em raio.
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Vulcão pode ser fonte de reabastecimento de metano para a atmosfera de Titã
2005-06-15
A superfície de Titã, a maior lua de Saturno, encontra-se envolta por uma atmosfera densa, rica em metano, que impede o seu mapeamento, em alta resolução, nos comprimentos de onda do visível. Numa das aproximações a Titã, a sonda Cassini (NASA) observou esta lua no infravermelho, o que permite ver através da densa atmosfera. As imagens revelaram estruturas na superfície que incluem uma estrutura circular, com 30 km de diâmetro, que os cientistas interpretam como sendo uma cúpula gelada de um vulcão, que se terá formado por plumas geladas que libertam metano para a atmosfera. Se assim for, fica explicado o reabastecimento de metano para a atmosfera de Titã.
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SMART-1 detecta cálcio na Lua
2005-06-14
Graças a medições efectuadas pelo espectrómetro de raios-X D-CIXS, a sonda SMART-1, da ESA, realizou a primeira descoberta inequívoca de cálcio na Lua, por detecção remota. A análise da radiação reflectida pelo solo lunar durante a fulguração solar de 15 de Janeiro permitiu distinguir certos elementos químicos que compõem a superfície da Lua, entre eles, o cálcio, o alumínio, o silício e o ferro.
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Microlente gravitacional utilizada na determinação da forma de uma estrela
2005-06-10
Uma equipa internacional de astrónomos utilizou, pela primeira vez, o fenómeno de microlente gravitacional para determinar a forma de uma estrela. Se excluirmos o Sol, só recentemente, através da interferometria óptica, se conseguiu medir a forma de algumas estrelas próximas de nós. Agora, o evento de microlente gravitacional MOA-2002-BLG-33 permitiu realizar medições da forma de uma estrela que se encontra a 5000 parsecs. A análise dos dados indica que se trata de uma estrela alongada, cuja razão entre o raio polar e o raio equatorial é 1,02.
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Binário de anãs brancas inunda o espaço com ondas gravitacionais
2005-06-09
Com a ajuda do Observatório de Raios-X Chandra (NASA), um cientista descobriu duas anãs brancas que se encontram em órbitas tão apertadas, em torno uma da outra, que estão destinadas a fundir-se. O sistema em questão é conhecido por RX J0806.3+1527 e, pelo que os dados indicam, pode estar a gerar ondas gravitacionais, que viajam pelo espaço à velocidade da luz, transportando energia a uma taxa prodigiosa. As ondas gravitacionais, previstas pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein, ainda não foram detectadas directamente. Missões como a LISA (ESA/NASA) estão a ser desenvolvidas para o conseguir e este sistema é já um dos mais fortes candidatos a alvo desta missão.
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Galáxia de Andrómeda é três vezes maior do que se pensava
2005-06-06
Uma equipa de investigadores concluiu que o disco da galáxia de Andrómeda, nossa vizinha, tem cerca de 220 000 anos-luz de diâmetro. Isto significa que é cerca de três vezes maior do que até agora se estimava. O estudo detalhado do movimento das estrelas da periferia da galáxia revelou que estas estrelas fazem parte do disco, e não do halo da galáxia, como se pensava. A distribuição pouco homogénea das estrelas nesta região do disco é atribuída ao resultado de várias colisões com pequenas galáxias satélites.
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Voyager 1 alcança última fronteira do Sistema Solar
2005-06-02
A Voyager 1 (NASA) é a sonda que se encontra mais longe da Terra. A cerca de 14 mil milhões de quilómetros do Sol, os cientistas acreditam que já passou o choque de terminação e que entrou na região chamada heliosheath, que antecede a heliopausa, onde a influência do Sol deixa de se fazer sentir. A medição de um súbito aumento da intensidade do campo magnético, registado em Dezembro, e mantido em níveis elevados desde então, é a prova mais forte de que a sonda ultrapassou o choque de terminação. Vinte e sete anos depois de terem sido lançadas, as Voyager 1 e 2 mantêm-se activas graças aos seus geradores termoeléctricos de radioisótopos, e assim se espera que continuem até, pelo menos, 2020.
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Novas pistas para a formação de planetas
2005-06-01
Os cientistas efectuaram as medições mais detalhadas, até à data, dos discos de poeira existentes em torno de estrelas jovens. Os dados obtidos confirmam uma nova teoria acerca da região onde se formam os planetas rochosos: essa região encontra-se a uma distância da estrela que é bem maior do que aquela que originalmente se pensava. Com a ajuda do Interferómetro Keck (NASA), foi examinada a região mais interior de um conjunto de discos existentes em torno de estrelas jovens com uma vez e meia a massa do Sol. Verificou-se que a poeira nas órbitas demasiado próximas das estrelas se evapora, afastando a hipótese de formação planetária.
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