Asteróides em fusão estão na origem da formação da Terra
2005-06-29
Terra - paisagem vulcânica. Crédito: Andrew Harris.
asteróide
Um asteróide é um pequeno corpo rochoso que orbita em torno do Sol, com uma dimensão que pode ir desde os 100 m até aos 1000 km. A maioria dos asteróides encontra-se entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também são designados por planetas menores.
em fusãoUm asteróide é um pequeno corpo rochoso que orbita em torno do Sol, com uma dimensão que pode ir desde os 100 m até aos 1000 km. A maioria dos asteróides encontra-se entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também são designados por planetas menores.
fusão
1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
há 4,5 mil milhões de anos, foi publicada na Nature, a 16 de Junho. O artigo, sobre os oceanos de magma em asteróides no Sistema Solar1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
em formação ("Widespread magma oceans on asteroidal bodies in the early Solar System"), é da autoria de Richard Greenwood e Ian Franchi, do Instituto de Pesquisa em Ciências Planetárias e Espaciais (PSSR) da Universidade Aberta do Reino Unido.
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
Segundo Greenwood, a importância desta pesquisa assenta no facto de ela poder demonstrar que os eventos e processos relacionados com os asteróides, ocorridos durante o nascimento do Sistema Solar, determinaram a composição da Terra nos dias de hoje.
Há 4,5 mil milhões de anos, imediatamente após a formação do Sistema Solar, surgiram pequenos corpos planetários, com alguma fusão capaz de produzir rochas de tipo vulcânico. Através da análise de meteoritos
meteorito
Um meteorito é um corpo sólido que entra na atmosfera da Terra (ou de outro planeta), sendo suficientemente grande para não ser totalmente destruído pela fricção com as partículas da atmosfera, e assim atingir o solo. Os meteoritos dividem-se em três categorias, segundo a sua composição: aerolitos (rochosos), sideritos (ferro) e siderolitos (ferro e rochas).
, os investigadores da Universidade Aberta do Reino Unido puderam ver de que forma os processos ocorridos nos asteróides contribuíram para a formação da Terra.
Um meteorito é um corpo sólido que entra na atmosfera da Terra (ou de outro planeta), sendo suficientemente grande para não ser totalmente destruído pela fricção com as partículas da atmosfera, e assim atingir o solo. Os meteoritos dividem-se em três categorias, segundo a sua composição: aerolitos (rochosos), sideritos (ferro) e siderolitos (ferro e rochas).
No seu artigo, Greenwood e Franchi mostram que alguns dos asteróides sofreram fusão em larga escala, com a formação de oceanos profundos de magma. Posteriormente ter-se-ão tornado estratificados, com formações rochosas menos densas junto à superfície e mais densas nas regiões interiores. Uma vez que os corpos de grandes dimensões, como a Terra, crescem por agregação de outros corpos mais pequenos, estes resultados vêm lançar uma nova luz sobre o processo de formação dos planetas
planeta
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
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Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
Assim, os investigadores sugerem que, no ambiente caótico e rico em impactos do Sistema Solar primitivo, uma quantidade significativa das camadas exteriores destes asteróides fundidos terá sido removida, para vir a fazer parte da Terra em crescimento. Este processo parece explicar melhor a composição da Terra do que as teorias anteriores, que recorriam à existência de grandes quantidades de elementos leves no núcleo denso do nosso planeta, ou então a materiais primordiais desconhecidos.
Os investigadores apontam ainda para observações astronómicas recentes, que mostram que estes processos também são importantes em outros sistemas planetários, tais como o que existe em torno da estrela
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
Beta Pictoris.
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
Fonte da notícia: http://www3.open.ac.uk/media/news-releases/