O Telescópio Subaru obteve uma imagem de uma grande galáxia elíptica (COSMOS J100003 +020146) a desfazer uma galáxia anã, sua companheira (COSMOS J095959 +020206). A evidência do acto de canibalismo galáctico reside numa banda de estrelas que se estende por mais de 500 anos-luz, resultado das forças de maré que a galáxia grande exerce sobre a galáxia anã, arrancando-lhe as estrelas. Testemunhos directos de galáxias desfazendo as suas companheiras são raros por serem difíceis de se observar, mas vêm ao encontro das teorias que dizem que as galáxias grandes crescem alimentando-se de pequenas galáxias anãs.
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A câmara de imagens estereoscópicas de alta resolução HRSC, a bordo da sonda Mars Express (ESA), conseguiu imagens de grande definição, a maior até agora obtida, da lua marciana Fobos. Mostrando o lado da lua virado para Marte, a uma distância de menos de 200 quilómetros e com uma resolução de cerca de sete metros por pixel, estas imagens mostram novos detalhes de Fobos que irão manter os investigadores das ciências planetárias ocupados durante anos, tentando revelar os seus mistérios.
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Um levantamento recente de 30 objectos da cintura de Kuiper realizado pelo Spitzer Space Telescope revelou que um destes objectos reflecte 4.5 vezes mais do que o normalmente admitido. Isto implica que os tamanhos indirectamente estimados para estes objectos podem estar significativamente sobrestimados. Se for de facto o caso, Plutão talvez possa voltar a ser considerado como um verdadeiro planeta, e não como um destes pequenos corpos que foi arrancado da cintura de Kuiper.
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O satélite Swift (NASA) foi lançado no dia 20 de Novembro, a partir do Cabo Canaveral (Florida). A missão Swift é o primeiro observatório espacial multi-frequência dedicado a estudar as fulgurações de raios gama (GRB). Os seus três instrumentos trabalharão em conjunto para observar as GRBs e os respectivos pós-resplendores em diversos comprimentos de onda: raios gama, raios-X, ultravioleta e visível. Os objectivos principais da missão Swift são: determinar a origem das fulgurações de raios gama; classificar as fulgurações de raios gama e procurar novos tipos; determinar como a onda de choque evolui e interage com o meio circundante; estudar o Universo jovem através das fulgurações de raios gama; realizar o primeiro levantamento do céu em raios-X duros.
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Observações conduzidas no Observatório W. M. Keck, no Havai, levaram a imagens incrivelmente nítidas de Úrano. Duas equipas de astrónomos – uma da Universidade da Califórnia em Berkeley/SSI e outra de Universidade de Wisconsin-Madison - utilizaram a câmara NIRC2 com o sistema de óptica adaptativa, no Telescópio Keck II, para observar este planeta no infravermelho. Os novos dados providenciam um estudo detalhado da atmosfera e do sistema de anéis de Úrano. As imagens permitiram detectar o anel mais interior do sistema de anéis de Úrano, que é o mais ténue e só tinha sido observado uma vez. Os sistemas de nuvens detectados levam a considerar a atmosfera de Úrano um local activo e dinâmico, ao contrário do que até há pouco tempo se pensava.
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Uma equipa internacional de astrónomos, utilizando o radiotelescópio VLA com vista ao estudo do mais distante quasar conhecido - J1148+5251 - acaba de encontrar uma pista que pode fornecer a resposta a uma questão há muito levantada: o que surgiu primeiro, os buracos negros de massa elevadíssima ou as galáxias gigantes? As observações sugerem que o buraco negro deste sistema se formou antes do bojo estelar, uma clara indicação de que, neste caso, o buraco negro de massa elevadíssima apareceu antes da galáxia que o hospeda.
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Novos resultados computacionais para a evolução a longo prazo do movimento orbital e rotacional da Terra foram aplicados à Teoria de Milankovitch da paleoclimatologia, que descreve como as maiores mudanças climáticas na Terra são afectadas por eventos astronómicos. Estes novos dados definem uma nova calibração dos registos sedimentares ao longo do período geológico do Neogénico (de 0 a 23,03 milhões de anos). Este trabalho contribuiu para a definição de um nova Escala do Tempo Geológico adoptada pela Comissão Internacional de Estratigrafia e pela União Internacional de Ciências Geológicas. É a primeira vez que computações astronómicas são utilizadas para estabelecer a cronologia geológica ao longo de um período geológico completo. A equipa de investigadores é liderada por J. Laskar (Instituto de Mecânica Celeste e Cálculo de Efemérides/Observatório de Paris) e inclui o astrofísico português Alexandre Correia (Instituto de Mecânica Celeste e Cálculo de Efemérides/Observatório de Paris e Universidade de Aveiro).
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Observações realizadas com os telescópios Chandra (NASA) e XMM-Newton (ESA) da estrela mais próxima do Sol, a anã vermelha designada por Próxima do Centauro mostraram que a sua superfície se encontra num estado de enorme agitação, com protuberâncias quase contínuas. Este comportamento está relacionado com o facto da massa da estrela ser muito baixa, cerca de 10% da massa do nosso Sol.
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O observatório de raios gama H.E.S.S. obteve a primeira imagem de um objecto astronómico em raios gama de alta energia, da ordem dos teraelectrão-volt. Este primeiro mapa de raios gama TeV é de um remanescente de supernova, RX J1713.7-3946, e vem contribuir para a resolução de um mistério centenário - qual a origem dos raios cósmicos? A imagem obtida pelo H.E.S.S. mostra directamente que as ondas de choque nas bolhas de gás do remanescente de supernova são capazes de acelerar partículas carregadas a mais de 100 TeV, o que prova que as supernovas são fontes de raios cósmicos de alta energia.
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Uma equipa de astrónomos estudou em vários comprimentos de onda a fonte de infravermelho IRS 13, localizada muito próxima do centro galáctico, e confirmou a associação física de um enxame de estrelas de massa elevada a IRS 13E. O elevado grau de compacidade do enxame, assim como o movimento próprio comum das estrelas individuais, sugerem aos investigadores que no centro de IRS 13E encontra-se um buraco negro de massa intermédia, com cerca de 1300 massas solares.
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Uma equipa internacional de astrónomos anunciou a identificação de uma estrela como o provável sobrevivente da poderosa explosão de supernova testemunhada, no ano de 1572, pelo astrónomo dinamarquês Tycho Brahe. A equipa pensa ter descoberto o companheiro da anã branca que explodiu. Assim sendo, estamos perante a primeira evidência directa da ideia, há muito sustentada pelos astrónomos, de que as supernovas do tipo Ia têm origem em sistemas binários constituídos por uma estrela normal e uma anã branca.
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Quando a sonda Cassini (NASA) se aproximou de Titã, na semana passada, o seu radar captou pela primeira vez imagens desta lua de Saturno. Titã apresenta uma superfície geológica complexa, que pode ser relativamente jovem, e poderá estar coberta de material orgânico.
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Na semana passada, a 26 de Outubro, a sonda Cassini (NASA) fez a maior aproximação a Titã de sempre - 1174 km! - e revelou detalhes nunca antes vistos da superfície desta lua de Saturno. Análises preliminares das imagens capturadas e dos dados obtidos mostram que Titã tem perdido grande parte da sua atmosfera original com o tempo. Com esta aproximação a Titã também foi possível estudar melhor a atmosfera de forma a preparar a descida da sonda Huygens (ESA) a esta lua, em Dezembro.
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