Se astrónomos alienígenas de um sistema solar distante tivessem estudado o Sol há 4,5 mil milhões de anos, teriam eles podido ver sinais de uma Terra recém-formada em órbita desta inócua estrela amarela? Pois a resposta é "Sim!". Modelos computacionais recentes mostram que o anel de poeira em órbita de uma estrela jovem contém a assinatura da formação de planetas rochosos, ou seja, do tipo terrestre.
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O Observatório de Raios-X Chandra (NASA) observou Saturno durante cerca de 20 horas em Abril de 2003. A imagem deste planeta gigante e gasoso revelou que a sua emissão de radiação X está concentrada perto do equador do planeta, surpreendendo os astrónomos, pois Júpiter, também um planeta gigante e gasoso, tem a emissão de raios-X concentrada principalmente nas regiões perto dos pólos. Explicar a intensidade e a distribuição da emissão de radiação X de Saturno é agora um desafio lançado aos teóricos.
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O Observatório de Raios Gama INTEGRAL (ESA) observou o centro da nossa Galáxia e, onde outros observatórios viam uma emissão difusa de raios gama moles, o INTEGRAL viu uma centena de fontes individuais que produzem quase a totalidade da radiação gama mole do centro galáctico. Estas fontes de raios gama podem constituir uma nova classe de objectos de raios gama, até agora desconhecida.
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Despido do seu envólucro opaco devido à intensa radiação ultravioleta produzida por estrelas de grande massa próximas, o objecto estelar jovem Rosette HH1 é possivelmente um dos últimos da sua geração nesta região do espaço. Este é um dos raros casos em que uma protoestrela é visível, proporcionando informação valiosa que ajudará a entender as dificuldades que as estrelas jovens enfrentam ao tentar formar-se num ambiente tão violento.
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Observações de quatro galáxias próximas de nós (M 101, M 83, M 51 e NGC 4697), realizadas pelo observatório de raios-X Chandra (NASA), revelaram uma possível nova classe de objectos. Estas fontes, designadas fontes de raios-X quase-moles por terem temperaturas entre as fontes de raios-X duras (tipicamente estrelas de neutrões, ou buracos negros) e as fontes de raios-X moles (anãs brancas) podem representar uma nova população de buracos negros - os buracos negros de massa intermédia - com massas várias centenas de vezes maior que a massa do Sol.
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Uma equipa de astrónomos descobriu um planetóide, 2003 VB12, que se encontra a 13 mil milhões de quilómetros (90 UA), o que faz dele o objecto mais distante no Sistema Solar a ser detectado até hoje. Outras características distinguem este objecto: a sua grande dimensão (entre 1/2 e 3/4 do tamanho de Plutão); a sua cor vermelha, pois a seguir a Marte, é o objecto mais vermelho do Sistema Solar; e a sua órbita extremamente elíptica, que leva a especular tratar-se de um objecto da Nuvem de Oort. Os descobridores do planetóide baptizaram-no de Sedna, em honra da deusa do Oceano Árctico dos Inuits (esquimós), devido à sua temperatura gélida: -240°C.
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Opportunity (NASA), um dos rovers da missão norte-americana para a exploração de Marte, obteve fortes provas de que a região do Meridiani Planum já teve água líquida. O rover encontrou evidências tanto na composição química das rochas (a presença de sulfatos), como na aparência física das rochas (por exemplo, nichos onde sais cristalizaram), que argumentam a favor de ter existido, no passado, água líquida naquela região.
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Cientistas do Instituto Canadiano para a Astrofísica Teórica observaram, com um detalhe sem precedentes, um remoinho de gás quente a poucos quilómetros da superfície de uma estrela de neutrões que, por sua vez, é uma esfera com apenas cerca de 16 quilómetros de diâmetro. Esta nova observação trouxe uma visão mais profunda dos fluxos dos discos de acreção ao redor de estrelas de neutrões e possivelmente também de buracos negros.
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Há uma semana, o ESO anunciou ter descoberto uma galáxia com um desvio para o vermelho de 10 (correspondente a 13 230 milhões de anos-luz de distância), batendo folgadamente o recorde da galáxia mais distante que se conhecia até então. Agora, uma imagem obtida com o Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) revela o retrato mais profundo do Universo visível. A exposição de um milhão de segundos de uma região que recebeu o nome de Campo Ultraprofundo do Hubble (HUDF, do inglês Hubble Ultra Deep Field) revelou galáxias com desvios para o vermelho até 12.
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Pela primeira vez foi detectada radiação infravermelha, sob a forma de fulguração, proveniente de Sgr A*, o buraco negro existente no centro da nossa galáxia, a Via Láctea. Esta descoberta foi feita por acaso, durante uma sessão de observação do centro galáctico conduzida num dos telescópios de 8,2 m do VLT. Esta radiação é interpretada como sendo o último grito de material que, na vizinhança do horizonte de acontecimentos, se encontra em queda inexorável para o buraco negro.
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Em apenas um mês, o recorde da galáxia mais distante que se conhece foi batido sucessivamente: a 15 de Fevereiro, foi descoberta uma galáxia na direcção do enxame de galáxias Abell 2218 com um desvio para o vermelho próximo de 7 (13 mil milhões de anos-luz de nós); a 9 de Março, uma equipa do Telescópio Espacial Hubble declara que obteve as imagens mais profundas de sempre, onde se detectam galáxias com desvios para o vermelho até 12! Mas entre estes dois acontecimentos, a 1 de Março, o ESO noticiou a descoberta de uma galáxia na direcção do enxame de galáxias Abell 1835 com um desvio para o vermelho de 10, ou seja, a cerca de 13,2 mil milhões de anos-luz de nós! Esta detecção foi feita a partir da Terra, com o instrumento ISAAC montado num dos telescópios do VLT.
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As lentes gravitacionais formam imagens múltiplas de objectos muito distantes, como por exemplo, quasares. A Teoria da Relatividade prevê a formação de um número ímpar de imagens, mas é muito mais comum só se detectarem duas ou quatro imagens dos objectos distantes. Num trabalho recente, observações em rádio permitiram detectar a terceira imagem de um quasar longínquo, PMN J1632-00333. Trata-se da imagem central, que cai em cima do centro da galáxia que actua como lente. A descoberta da terceira imagem é, por si só, um grande acontecimento, mas é acrescida ainda pela importância que tem o facto desta imagem conter informação sobre o centro da galáxia que actua como lente, nomeadamente, do seu buraco negro central de massa elevada. O estudo destas imagens centrais permite conhecermos melhor o centro de galáxias demasiado longínquas para serem estudadas directamente.
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Uma equipa de astrónomos realizou a primeira detecção conclusiva do que parecem ser "tijolos" que sobraram da formação da galáxia de Andrómeda, a galáxia espiral gigante mais próxima da Via Láctea. Esta descoberta poderá ajudar os cientistas a compreenderem a estrutura e evolução da Via Láctea e de todas as galáxias espirais. Poderá ainda ajudar a explicar porque é que certas estrelas jovens em galáxias maduras contêm uma quantidade muito menor de elementos químicos pesados do que as suas contemporâneas.
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