De acordo com um astrofísico e um paleontólogo da Universidade de Washington em Seattle (EUA), o "fim do mundo" já terá começado. No seu livro agora editado, intitulado The Life and Death of Planet Earth, os autores defendem que a Terra já entrou naquilo que se pode considerar ser a sua curva descendente.
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Um novo mapa da distribuição global de hidrogénio no subsolo de Marte mostra que deverá, afinal, existir água em quantidades superiores ao que se julgava. Este novo mapa tem a vantagem de ser baseado em mais de meio ano marciano, o que permitiu aos astrónomos observar ambos os pólos sem a obstrução provocada pelo gelo de dióxido de carbono sazonal que constitui as calotes polares. De acordo com este novos resultados, as estimativas apontam para a existência em Marte de quantidades de água suficientes para cobrir todo o planeta com um oceano de, pelo menos, 12 cm de profundidade. O esforço para reconstruir o ciclo hidrológico de Marte deverá ocupar os cientistas envolvidos na missão Mars Odyssey nos próximos anos.
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Um novo estudo sobre o Scorpius X-1, baseado em dados posicionais muito precisos obtidos com o Very Long Baseline Array (NRAO, EUA), determinou que este sistema binário de raios-X segue uma órbita muito excêntrica na nossa Galáxia. Os resultados levam ainda a concluir que o par, uma estrela de neutrões e uma estrela normal, ter-se-á juntado há mais de 30 milhões de anos e, provavelmente, foi catapultado de um enxame globular de estrelas, pertencente ao halo da Galáxia.
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O levantamento digital do céu designado por Sloan, realizado com um telescópio de 2,5 metros no observatório Apache Point (EUA), tem-se revelado particularmente eficiente em descobrir as variáveis cataclísmicas mais velhas da nossa Galáxia. As variáveis cataclísmicas são sistemas binários próximos com transferência de massa que, ao longo do tempo, arrefecem e tornam-se pouco luminosos. Embora os modelos prevejam que os sistemas binários próximos mais comuns sejam os de fraca luminosidade, só agora, com o Sloan, se começou a descobrir esta população.
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A uma distância de 6 000 anos-luz da terra, o aglomerado estelar jovem RCW 38 é uma das regiões de formação estelar mais próximas de nós. Uma misteriosa nuvem de electrões de alta energia, que envolve este aglomerado, foi descoberta por uma equipa de astrónomos a partir de dados de raios-X obtidos com o satélite Chandra da NASA. Estas partículas de elevadíssima energia poderiam provocar mudanças dramáticas na química dos discos circum-estelares que eventualmente formarão planetas em redor das estrelas do aglomerado. As novas observações de RCW 38 não concordam com o paradigma tradicional pois mostram que, de alguma forma, se estão a produzir electrões de altíssima energia nesta região, ainda que não se entenda como.
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Os quasares são os objectos mais distantes que podemos observar e representam o Universo quando este era jovem. Segundo um modelo proposto por R. Barkana e A. Loeb, uma característica espectral observada nos espectros de quasares distantes é devida à absorção de luz pelo hidrogénio intergaláctico em queda para o quasar. A boa concordância do modelo com as observações sugere que os valores estimados para a massa das galáxias que albergam estes quasares está correcto. Isto significa que existiam galáxias grandes quando o Universo ainda não tinha mil milhões de anos, o que desafia as teorias de formação de estruturas até agora aceites.
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Uma equipa de astrónomos europeus descobriu uma anã castanha a menos de 12 anos-luz do nosso Sistema Solar. É a anã castanha mais próxima que se conhece. Este objecto, designado por Epsilon Indi B, possui uma massa igual a 45 vezes a massa de Júpiter e uma temperatura à superfície de apenas 1000 °C. Epsilon Indi B pertence à categoria das anãs T, uma classe de objectos que faz a separação entre o domínio das estrelas e o domínio dos planetas gigantes.
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Usando a potência combinada do telescópio espacial Hubble (NASA/ESA), do radiointerferómetro Very Large Array (VLA, NRAO) no Novo México (EUA), e do telescópio de 8 m Gemini (AURA), no Chile, uma equipa de astrónomos liderada por W. Keel da Universidade do Alabama (EUA) descobriu um enorme jacto emitido por uma galáxia espiral, semelhante à Via Láctea, designada por 0313-192. Tal constitui uma surpresa pois, até agora, apenas eram conhecidos jactos emitidos por galáxias elípticas ou por galáxias em colisão.
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Há três anos que decorre um estudo exaustivo de estrelas gigantes brilhantes com o objectivo de estudar as suas propriedades físicas. Inesperadamente, surgiu um resultado muito interessante: foi descoberto um exoplaneta orbitando uma estrela gigante vermelha. É apenas a quarta estrela gigante que se conhece com um planeta em seu redor, e é o segundo planeta extra-solar mais distante que até agora se descobriu. Dentro de (relativamente) pouco tempo, umas dezenas de milhões de anos, a estrela expandirá ao ponto de engolir o planeta, tal como o Sol fará à Terra daqui a milhares de milhões de anos.
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A equipa responsável pela sonda WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, NASA) acaba de apresentar a melhor imagem do "Universo bebé" jamais produzida. Esta nova imagem do Universo apresenta um grande detalhe, o que permite analisar as primeiras épocas da sua evolução com uma precisão sem precedentes. Dos resultados agora obtidos, destaca-se o valor medido para a constante de Hubble, 71 Km/s/Mpc (com uma margem de erro de cerca de 5%), o que significa que o Universo é plano e se expandirá para sempre. A idade do Universo é de 13,7 mil milhões de anos, com uma margem de erro de apenas 1%. As primeiras estrelas começaram a brilhar apenas 200 milhões de anos após o Big Bang, muito antes do que era esperado por muitos cientistas. Relativamente ao seu conteúdo, o Universo é constituído por 4% de átomos (matéria ordinária), 23% de um tipo desconhecido de matéria escura e 73% de uma misteriosa energia escura.
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O telescópio espacial Hubble, através do novo detector Advanced Camera for Surveys (ACS) instalado a bordo em Março de 2002, proporcionou aos astrónomos a melhor imagem alguma vez obtida de um disco circum-estelar em torno de uma estrela jovem cuja idade ronda os 5 milhões de anos. Tais discos circum-estelares são, por excelência, os locais onde se espera que se formem os planetas, tal como terá acontecido no caso do nosso sistema solar.
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No ano passado, uma equipa liderada por R. Ibata (Observatório de Estrasburgo, França) apresentou evidências de canibalismo executado pela galáxia da Andrómeda, nossa vizinha. Agora, um novo estudo realizado por P. GuhaThakurta (Universidade da Califórnia em Santa Cruz, EUA) e D. Reitzel (Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA), revela vestígios, muito ténues, de uma outra galáxia engolida pela galáxia da Andrómeda. O facto dos vestígios serem muito ténues, e até agora não detectáveis, sugere que talvez exista um número elevado de pequenas galáxias vítimas, indo assim ao encontro da hipótese de que as grandes galáxias espirais crescem alimentando-se de galáxias satélites.
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Há quase uma década que uma equipa internacional, envolvendo diversos institutos e telescópios norte-americanos e europeus, monitoriza a estrela Rho Cassiopeia (ρ Cas), uma hipergigante amarela. Este tipo de estrela encontra-se perto do final da sua vida, que terminará com uma explosão de supernova. O seu estudo é preciosíssimo, pois só se conhecem sete hipergigantes na Galáxia. Em 2000, ρ Cas surpreendeu os astrónomos ao sofrer uma erupção fortíssima, que ejectou uma quantidade de material equivalente a 10 000 vezes a massa da Terra. Os resultados desta investigação foram agora publicados na revista da especialidade The Astrophysical Journal, em Fevereiro de 2003. O contínuo estudo de ρ Cas permitirá compreender melhor as fases que antecedem uma explosão de supernova.
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Um estudo, conduzido por cientistas da Universidade Estatal de Ohio (EUA), de um conjunto de quasares jovens, quando o universo tinha apenas cerca de mil milhões de anos de idade, permitiu concluir que os buracos negros galácticos se formam primeiro que as galáxias que os contêm, ou então, que se formam a um ritmo superior ao da formação dessas galáxias. De acordo com estes cientistas, todos os quasares jovens observados possuíam, sem excepção, um buraco negro completamente formado, enquanto que as galáxias anfitriãs revelaram sinais de que ainda se encontravam em formação. Esta conclusão pode vir resolver um debate que se arrasta há já vários anos.
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Astrónomos da Universidade Estatal do Novo México (EUA) e da Universidade da Califórnia (Riverside, EUA) descobriram um novo tipo de estrela que integra um sistema binário conhecido por EF Eridanus, a cerca de 300 anos-luz da Terra. Esta estrela não se parece com nada do que tenham visto antes: possui a temperatura e a massa de uma anã castanha, mas é cinco vezes mais luminosa que uma anã castanha. EF Eri é membro de uma pequena família de estrelas binárias designadas por "variáveis cataclísmicas magnéticas", cuja actividade liberta tais quantidades de radiação que impede a observação directa das estrelas envolvidas. No entanto, por razões que ainda não são bem compreendidas, esta actividade cessa durante certos períodos, permitindo a observação directa das estrelas. Foi precisamente o período de calma em que presentemente se encontra EF Eri que permitiu descobrir um novo tipo de estrela no seio deste sistema binário.
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Astrónomos do Centro Harvard-Smithsonian para a Astrofísica (CfA, EUA) anunciaram a descoberta do planeta extra-solar mais distante que se conhece até hoje. Este planeta, designado por OGLE-TR-56b e localizado na constelação do Sagitário, é o primeiro planeta extra-solar detectado pelo método do trânsito, tendo as observações sido feitas no observatório Keck (Havai). Este método constitui a ferramenta mais precisa que actualmente é possível utilizar na busca de planetas do tipo terrestre.
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A Teoria da Relatividade Geral, formulada por Einstein em 1915, assume que a velocidade a que a força da gravidade se propaga é igual à velocidade da luz. No entanto, até agora, a velocidade da gravidade nunca fora medida. Recentemente, Sergei Kopeikin (Universidade do Missouri, EUA) e Ed Fomalont (Observatório Nacional de Radioastronomia, EUA) anunciaram que, aproveitando um alinhamento cósmico raro, conseguiram medir a velocidade de propagação da gravidade. Com uma incerteza de 20%, chegaram à conclusão que a gravidade actua à velocidade da luz, dando assim fundamento experimental à hipótese de Einstein. No entanto, esta experiência tem sido contestada pela comunidade científica.
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A 1 de Fevereiro de 2003, o vaivém espacial Columbia (NASA) desintegrou-se ao reentrar na atmosfera terrestre. Com sete astronautas a bordo, regressava após uma missão de 16 dias. A NASA já instaurou o inquérito no sentido de apurar as causas do acidente ocorrido. Para já, está afastada qualquer hipótese de acto terrorista. Por todo o mundo multiplicam-se as manifestações de consternação pelo sucedido.
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