Estrela jovem do sistema T Tauri pode ter sido ejectada

2003-01-28
Através da análise de dados dos últimos 20 anos, obtidos com o radiointerferómetro Very Large Array (VLA) da National Science Foundation (NSF, EUA), os astrónomos descobriram que uma pequena estrela de um sistema múltiplo na constelação do Touro parece ter sido ejectada do sistema após um encontro próximo com um dos componentes de maior massa do conjunto, presumivelmente uma estrela dupla compacta. É a primeira vez que um tal fenómeno é directamente observado.
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Descoberto primeiro troiano de Neptuno

2003-01-27
Há muito que se suspeitava que existiam troianos de Neptuno, mas só agora foi descoberto o primeiro objecto com base em observações efectuadas no Cerro Tololo Inter-American Observatory (CTIO, no Chile). O asteróide, de nome 2001 QR322, foi detectado pelo levantamento Deep Ecliptic Survey (NASA) em 2001, mas foram necessários 16 meses de observações para concluir que se tratava realmente de um troiano. A sua órbita estável faz prever que 2001 QR322 coorbitará com Neptuno por milhares de milhões de anos.
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Chandra obtém a mais longa exposição em raios-X de Sgr A*

2003-01-20
O observatório de raios-X Chandra obteve a mais longa exposição em raios-X do buraco negro do centro da nossa galáxia, designado por Sagitário A* (Sgr A*). A intensidade da radiação X é relativamente fraca, sugerindo que o buraco negro não aglutina grandes quantidades de matéria. A ausência de gás à volta do buraco negro pode dever-se a eventos explosivos ocorridos no passado e esta imagem revela possíveis marcas deixadas por esses eventos. Para além de Sgr A*, foram detectadas mais de 2 000 fontes de raios-X na região.
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Resolvido mistério do sódio na atmosfera de Io

2003-01-19
Astrónomos resolveram um enigma, com quase 30 anos, relacionado com Io, uma das 4 luas de Júpiter descobertas por Galileu. Em 1974, o astrónomo norteamericano Bob Brown descobriu a presença de sódio na atmosfera de Io, enquanto testava um espectrógrafo que acabara de construir. Uma equipa internacional vem agora mostrar que isso se deve ao facto de os vulcões de Io expelirem para a atmosfera sal no estado gasoso! Os resultados desta recente pesquisa foram publicados na revista Nature.
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Anéis de Úrano observados pelo VLT

2003-01-18
A câmara ISAAC do VLT (ESO) obteve uma extraordinária imagem no infravermelho de Úrano com os seus anéis. Embora os anéis de Úrano não sejam detectáveis a partir da Terra em comprimentos de onda no domínio do visível, realçam-se no domínio do infravermelho, em particular na banda KS (centrada no comprimento de onda de 2,2 μm).
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Anel gigante envolve a Via Láctea

2003-01-10
Há muito que se supõe que o disco da Via Láctea decresce em brilho lentamente à medida que se caminha para o exterior, até desaparecer na escuridão, a 50 000 anos-luz do seu centro. No encontro da Sociedade Americana de Astronomia, Annette Ferguson (Universidade de Groningen, Holanda) e os seus colaboradores anunciaram a descoberta de um anel de estrelas que envolve o disco da Via Láctea. A nova descoberta mostra que as regiões externas do disco são consideravelmente mais complexas do que se pensava e lança desafios para uma nova teoria da história da evolução da nossa galáxia.
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Uma pequena galáxia nasceu

2003-01-10
Michael Corbin (Instituto para a Ciência do Telescópio Espacial, EUA) e William Vacca (Instituto Max-Planck para a Física Extraterrestre, Alemanha) utilizaram a câmara WFPC2 do telescópio espacial Hubble (ESA/NASA) para estudar POX 186, uma galáxia azul anã compacta. Constataram que esta se encontra ainda no processo de formação, algo surpreendente quando se sabe que a maioria das galáxias começaram a formar-se há milhares de milhões de anos. Este resultado vem ao encontro de uma teoria recente que defende que as galáxias de menor massa no universo são as últimas a se formarem. O trabalho de investigação encontra-se publicado na revista da especialidade Astrophysical Journal de Dezembro de 2002.
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Hubble observa dança das galáxias

2003-01-10
O telescópio espacial Hubble (ESA/NASA) observou o Sexteto de Seyfert, um grupo compacto de galáxias, testemunhando o começo de uma lenta dança entre elas, que durará milhares de milhões de anos. Algumas marcas de interacção gravitacional já são visíveis, mas acredita-se que a dança ainda agora começou e poderá terminar numa fusão donde resulte uma única galáxia gigantesca. Um dos elementos do Sexteto é uma galáxia de fundo, que não participa nesta dança. Outro elemento não é uma galáxia, mas sim uma cauda de estrelas arrancadas duma galáxia do grupo.
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VLT detecta os progenitores das grandes galáxias actuais

2003-01-09
Uma equipa internacional de astrónomos obteve as imagens mais profundas jamais obtidas na banda Ks, no infravermelho próximo, utilizando um dos telescópios de 8,2 metros de diâmetro que constituem o VLT (ESO). As imagens obtidas, resultado de mais de 100 horas de observação, revelam galáxias extremamente distantes, observáveis no infravermelho, mas que são só marginalmente detectadas pelas imagens no óptico obtidas pelo telescópio espacial Hubble (ESA/NASA). Estas observações permitiram já concluir que, embora estas galáxias agora identificadas não estejam a formar estrelas de forma muito activa, as estrelas que já contêm representam cerca de metade da matéria normal existente na época. Outra conclusão importante é que quando o Universo tinha 2 mil milhões de anos já existiam grandes galáxias, algumas das quais apresentavam já uma estrutura espiral semelhante à que se observa em galáxias muito próximas de nós.
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Maior aproximação em quase um século do asteróide que coorbita o Sol com a Terra!

2003-01-08
O primeiro asteróide a ser descoberto a coorbitar o Sol com a Terra, 2002 AA29, fez a sua maior aproximação ao nosso planeta a 8 de Janeiro de 2003, para depois se afastar progressivamente. Este objecto extraordinário partilha a órbita da Terra numa corrida em que ora lidera, ora segue a Terra, mas sem nunca chocar nem ultrapassar. Relativamente à Terra, o asteróide percorre no espaço uma órbita em forma de ferradura em 190 anos. Mas este pequeno objecto ainda surpreendeu mais uma equipa de astrónomos liderada por Martin Connors (Centro de Ciência da Universidade de Athabasca, Canadá), que ao calcularem a progressão da órbita ao longo do tempo, descobriram que dentro de 600 anos o asteróide abandonará este tipo de órbita durante 40 anos e passará a um modo de quase-satélite da Terra.
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Descoberto elo perdido entre supernovas e buracos negros

2003-01-05
Um buraco negro, viajando a alta velocidade através do plano da nossa galáxia, forneceu aos astrónomos a melhor prova, até à data, de que buracos negros estelares são produzidos em explosões de supernovas. Este buraco negro, designado por GRO J1655-40, encontra-se na constelação do Escorpião e viaja a cerca de 400 000 km/h, ou seja, cerca de 4 vezes mais rápido do que a velocidade média das estrelas na mesma região da Via Láctea. Julga-se que este objecto terá sido "disparado" pela força da explosão de uma supernova.
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Quão pequenas são as estrelas pequenas?

2003-01-03
Pela primeira vez, astrónomos mediram com precisão o tamanho de estrelas de pequena massa. As observações realizaram-se com o VLTI, o interferómetro do VLT (Observatório do Paranal, ESO), a operar com dois telescópios de 8,2 m do VLT. Uma das estrelas observadas foi Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol, e o seu raio é de 1,02 ± 0,08 milissegundos de arco. As medições para as quatro estrelas de pequena massa observadas encontram-se em boa concordância com os modelos teóricos, conferindo uma renovada confiança na nossa compreensão da estrutura estelar das estrelas pequenas.
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