Estrela jovem do sistema T Tauri pode ter sido ejectada
2003-01-28
Trajecto da pequena estrela (bola vermelha) do sistema múltiplo T Tauri. A seta indica a posição do sistema duplo compacto (bola amarela). Crédito: Loinard, Rodríguez, e Rodríguez (UNAM, NRAO/AUI/NSF).
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
jovens na constelaçãoUma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
constelação
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
do Touro, a uma distância de 450 anos-luzDesigna-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
ano-luz (al)
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
. Este conjunto de estrelas jovens é constituído pela conhecida estrela T Tauri (a estrela protótipo das estrelas jovens de pequena massaO ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
massa
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
) localizada a norte, e por um sistema de estrelas situado a sul, orbitando ambos em torno do centro de massa do conjunto. O sistema de estrelas localizado a sul é, por sua vez, composto por uma pequena estrela e por aquilo que se julga ser um sistema binário compacto.
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
Através da análise de dados obtidos com o radiointerferómetro Very Large Array
Very Large Array (VLA)
O VLA é um radiointerferómetro composto por 27 antenas de 25 m de diâmetro, dispostas em três braços (em forma de Y) com 9 antenas cada, localizado no Novo México (EUA). O VLA é operado pelo NRAO (National Radio Astronomy Observatory).
(VLA) entre 1983 e 2001, descobriu-se que a pequena estrela pertencente ao subsistema do sul parece ter sido ejectada após um encontro próximo com o binário compacto. Como resultado deste encontro, a estrela terà sido acelerada, encontrando-se agora numa órbitaO VLA é um radiointerferómetro composto por 27 antenas de 25 m de diâmetro, dispostas em três braços (em forma de Y) com 9 antenas cada, localizado no Novo México (EUA). O VLA é operado pelo NRAO (National Radio Astronomy Observatory).
órbita
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
mais remota, mas podendo mesmo vir a escapar do sistema.
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
A figura ao lado mostra que a estrela em causa seguia uma trajectória elíptica em torno do binário a uma velocidade de cerca de 10 km/s. Posteriormente, entre 1995 e 1998, passou muito próximo do sistema binário, a uma distância equivalente a cerca de 2 vezes a distância da Terra ao Sol
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
. Em resultado desta passagem, a estrela alterou a sua trajectória, tendo duplicado a sua velocidade. Observações futuras, digamos nos próximos 5 anos, permitirão saber se esta estrela escapa ou não ao sistema.
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
Apesar das simulações feitas com computadores há muito terem demonstrado que este tipo de interacção é provável, a observação destes acontecimentos não é de todo trivial uma vez que ocorrem em intervalos de tempo muito longos, na ordem dos milhares de anos. Assim, a oportunidade de estudar a ejecção duma estrela de um sistema múltiplo pode fornecer testes críticos para as teorias que estudam a dinâmica destes conjuntos.
Uma estrela jovem, ainda no seu processo de formação, que é ejectada do sistema no qual nasceu poderá, assim, não adquirir a massa que lhe estava destinada, ficando comprometido o seu desenvolvimento. Este processo de ejecção pode constituir uma explicação plausível para a existência das estrelas falhadas, habitualmente designadas por anãs castanhas
anã castanha
A anã castanha é uma estrela falhada cuja massa é insuficiente para permitir a fusão nuclear do hidrogénio em hélio no seu centro. No início das suas vidas, as anãs castanhas têm a fusão de deutério no seu núcleo central. Mesmo depois de esgotarem o deutério, as anãs castanhas radiam por conversão de energia potencial gravítica em calor e, como tal, emitem fortemente no domínio do infravermelho. De acordo com modelos, a massa máxima que uma anã castanha pode ter é de 0,08 massas solares (ou 80 massas de Júpiter). Estes objectos representam o elo que falta entre as estrelas de pequena massa e os planetas gasosos gigantes como Júpiter.
. Isto é, uma anã castanha seria uma estrela falhada por ter sido ejectada do sistema que lhe deu origem.
A anã castanha é uma estrela falhada cuja massa é insuficiente para permitir a fusão nuclear do hidrogénio em hélio no seu centro. No início das suas vidas, as anãs castanhas têm a fusão de deutério no seu núcleo central. Mesmo depois de esgotarem o deutério, as anãs castanhas radiam por conversão de energia potencial gravítica em calor e, como tal, emitem fortemente no domínio do infravermelho. De acordo com modelos, a massa máxima que uma anã castanha pode ter é de 0,08 massas solares (ou 80 massas de Júpiter). Estes objectos representam o elo que falta entre as estrelas de pequena massa e os planetas gasosos gigantes como Júpiter.
Fonte da notícia: http://www.aoc.nrao.edu/epo/pr/2003/stareject/