Hubble observa dança das galáxias
2003-01-10
O Sexteto de Seyfert, na constelação da Serpente, observada pelo telescópio espacial Hubble com a câmara WFPC2. A fotografia é uma composição de quatro imagens obtidas através de filtros diferentes nas bandas do ultravioleta, do azul, do visível e do infravermelho próximo. Crédito: NASA, J. English (U.Manitoba), S.Hunsberger, S. Zonak, J. Charlton, S. Gallagher (PSU) & L. Frattare (STScI).
Hubble Space Telescope (HST)
O Telescópio Espacial Hubble é um telescópio espacial que foi colocado em órbita da Terra em 1990 pela NASA, em colaboração com a ESA. A sua posição acima da atmosfera terrestre permite-lhe observar os objectos astronómicos com uma qualidade ímpar.
(ESAO Telescópio Espacial Hubble é um telescópio espacial que foi colocado em órbita da Terra em 1990 pela NASA, em colaboração com a ESA. A sua posição acima da atmosfera terrestre permite-lhe observar os objectos astronómicos com uma qualidade ímpar.
European Space Agency (ESA)
A Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
/ESA) testemunha o começo de uma lenta dança de destruição de um grupo de galáxiasA Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
galáxia
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
, que durará milhares de milhões de anos. As galáxias encontram-se tão próximas umas das outras que as forças gravitacionais começaram a arrancar estrelasUm vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
das galáxias e a distorcer as suas formas. Eventualmente, estas mesmas forças gravitacionais poderão levar a que estas galáxias se fundam e formem uma única galáxia gigantesca.
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
Embora o nome deste grupo de galáxias seja Sexteto de Seyfert, só quatro galáxias participam nesta dança. A pequena espiral que se encontra virada de frente para nós (ao centro), com os braços de gás e estrelas proeminentes, é uma galáxia de fundo, a cerca de 5 vezes a distância a que se encontram as outras quatro. É uma casualidade de alinhamento que a faz parecer parte do grupo. E o sexto membro da associação não é uma galáxia, mas uma longa cauda de estrelas arrancadas a uma das galáxias (em baixo, à direita). O grupo reside a 190 milhões de anos na constelação
constelação
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
da Serpente.
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
Este conjunto de galáxias encontra-se fortemente concentrado em apenas 100 000 anos-luz
ano-luz (al)
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
, ocupando menos volume do que a nossa galáxia. Cada galáxia tem cerca de 35 000 anos-luz de diâmetro. Três dos elementos (a segunda galáxia a contar de cima e as duas espirais em baixo) exibem marcas de fortes interacções que terão ocorrido entre elas, ou talvez com uma galáxia intrusa que não se vê aqui. As suas formas distorcidas sugerem que foram redesenhadas pelas forças gravitacionais, e os halos à volta das galáxias sugerem que foram despojadas de estrelas. A galáxia em baixo e ao centro tem uma cauda de estrelas com 35 000 anos-luz que poderá ter sido arrancada da galáxia há 500 milhões de anos. Embora pertença ao grupo, a galáxia espiral no topo e ao centro, que se encontra de perfil para nós, permaneceu relativamente imperturbada, excepto o facto de ter uma pequena distorção do disco. Mas a maioria das suas estrelas permaneceram dentro das suas fronteiras galácticas.
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
Ao contrário da maioria das interacções intergaláticas observadas pelo Hubble, este grupo não revela regiões azuis de estrelas jovens que normalmente surgem durante estas interacções. Poderá ser que simplesmente nos encontremos a observar o início da interacção, antes dos efeitos se começarem a notar. Acredita-se que as galáxias no Sexteto de Seyfert continuarão a interagir durante milhares de milhões de anos, talvez fundindo-se numa única galáxia. Existem evidências que levam a crer que a maioria das galáxias elípticas se forma como resultado duma fusão
fusão
1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
de galáxias.
1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
O nome do grupo, Sexteto de Seyfert, é uma homenagem ao astrónomo Carl Seyfert que descobriu o conjunto nos finais dos anos 40. Seyfert desconfiou que um membro aparente do sexteto não era uma galáxia, mas simplesmente uma cauda arrancada a um dos membros, o que se veio a confirmar.
Fonte da notícia: http://hubblesite.org/newscenter/archive/2002/22/image/a