Confirmação definitiva da relação entre fulgurações de raios gama e hipernovas
2003-06-27
A High Energy Transient Explorer (HETE-II) da NASA observou em 29 de Março de 2003 uma intensa fulguração de raios gama na constelação do Leão. Num intervalo de 90 minutos, uma nova e brilhante fonte de luz foi detectada na mesma direcção por telescópios na Austrália e no Japão. A fulguração foi designada por GRB 030329, de acordo com a data. Durante as primeiras 24 horas, foi obtido num dos telescópios que compõem o Very Large Telescope (VLT) (Paranal, Chile), um espectro deste novo objecto que o permitiu situar a uma distância de cerca de 2 650 milhões de anos-luz. As observações permitiram concluir que a explosão de uma estrela cerca de 25 vezes mais pesada que o Sol esteve na origem da hipernova e da forte emissão de radiação gama.
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CFHT e VLT identificam uma galáxia extremamente remota
2003-06-26
Os novos telescópios e instrumentos existentes permitem realizar observações, com que até há pouco tempo apenas se podia sonhar, de galáxias extremamente remotas. Um destes objectos foi descoberto usando o Canada-France-Hawaii Telescope (CFHT) situado em Mauna Kea (Hawaii, EUA). A galáxia denominada z6VDF J022803-041618 foi detectada devido à sua cor pouco usual, sendo apenas visível em imagens tomadas através de um filtro óptico especial que isola a luz de uma banda estreita do infravermelho próximo. Um espectro tomado posteriormente com o Very Large Telescope (VLT) (ESO, Chile) permitiu confirmar que se tratava de uma galáxia muito distante, com um desvio para o vermelho Z=6,17 o que significa que a estamos a ver como era quando o Universo tinha apenas 900 milhões de anos de idade.
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XMM-Newton mede magnetismo de uma estrela morta
2003-06-25
O campo magnético de uma estrela de neutrões quente, 1E1207.4-5209, foi medido pelo observatório de raios-X XMM-Newton (ESA). O valor encontrado é muito inferior ao esperado, levantando várias questões sobre a física das estrelas de neutrões e revelam um novo mistério sobre o fim da vida de uma estrela.
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VLT observa estrelas variáveis do tipo Mira em Centauro A pela primeira vez
2003-06-24
Uma equipa internacional de astrónomos, liderada por M. Rejkuba do Observatório Europeu do Sul (ESO), descobriu mais de mil estrelas variáveis vermelhas e luminosas na galáxia elíptica próxima NGC 5128, mais conhecida por Centauro A (Cen A). As variações de brilho e o respectivo período mostram que estas estrelas são estrelas variáveis do tipo Mira. É a primeira vez que se consegue obter um recenseamento detalhado de estrelas variáveis numa galáxia que se encontra para além do nosso Grupo Local de Galáxias.
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Achernar: uma estrela achatada
2003-06-21
Observações realizadas pelo interferómetro VLTI (ESO) da estrela Achernar oferecem a mais detalhada visão da forma geométrica de uma estrela. Achernar, a 145 anos-luz de nós, é uma estrela quente e brilhante, que roda muito rapidamente. O resultado das observações revelou que é surpreendentemente achatada, com um quociente axial aparente de 1,56±0,05. Este elevado grau de achatamento não pode ser explicado pelos modelos comuns de interiores estelares, desafiando assim a astrofísica teórica a explicar este facto.
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Astrónomos obtêm mapa 3D da nossa Bolha Local
2003-06-19
Uma equipa de astrónomos americanos e franceses obteve o mapa mais detalhado, até hoje conseguido, da região do meio interestelar que circunda o Sistema Solar, designada por Bolha Local. Este estudo mostra que o nosso sistema solar se encontra no centro de um autêntico buraco, existente no meio interestelar, que atravessa o plano da nossa galáxia. Este mapa veio mudar a ideia reinante que os astrónomos tinham da nossa vizinhança imediata na Galáxia, já que, afinal, a Bolha Local se parece mais com uma Chaminé Local, dada a sua forma agora revelada.
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Ventos de mudança em Saturno
2003-06-18
Observações realizadas com o Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) permitiram que uma equipa de astrónomos da Universidade do País Basco (Espanha) e do Wellesley College (EUA) medissem, entre 1996 e 2001, a velocidade do vento em Saturno em várias latitudes. Comparando com os dados da Voyager (NASA) de 1980-81, concluíram que os ventos equatoriais do planeta dos anéis diminuíram a sua força para metade, enquanto que a outras latitudes, os ventos mantiveram-se estáveis. O mecanismo que dá origem e mantém os ventos fortes nos planetas gigantes ainda não é totalmente compreendido.
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Astrónomos determinam a massa de planetas em torno de um pulsar
2003-06-17
Pela primeira vez, mediu-se a massa de planetas à volta de um pulsar. Dois dos três planetas que se conhecem a orbitar PSR 1257+12 tiveram as suas massas determinadas com uma precisão de 5%. Os valores encontrados são de 4,3 e 3,0 vezes a massa da Terra. Tendo em conta o facto das órbitas serem coplanares e que o espaçamento das órbitas dos três planetas é quase proporcional ao espaçamento entre Mercúrio, Vénus e a Terra, o sistema planetário de PSR 1257+12 é surpreendentemente semelhante ao nosso Sistema Solar interior.
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Hubble observa mudanças sazonais no clima de Neptuno
2003-06-16
Observações de Neptuno realizadas ao longo de um período de seis anos pelo Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA), e conduzidas por uma equipa de investigadores da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) e do Laboratorio de Propulsão a Jacto (JPL), mostraram que Neptuno viu o seu brilho aumentar de forma significativa. Este aumento de brilho, observado sobretudo no hemisfério sul do planeta, resulta de um aumento do número e do brilho das nuvens existentes nas bandas características da atmosfera de Neptuno.
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XMM-Newton descobre o primeiro pulsar de raios-X na galáxia de Andrómeda
2003-06-12
Observações recentes da vizinha galáxia de Andrómeda, também designada por M31, realizadas pelo satélite XMM-Newton (ESA) revelaram centenas de fontes de raios-X. Estas fontes de raios-X, que se dividem em discretas e difusas, traçam o ciclo de vida da nossa galáxia vizinha, desde a formação de estrelas até aos remanescentes de supernovas. Outro resultado excitante foi o da descoberta de um pulsar de raios-X, uma estrela de neutrões fortemente magnetizada que está a absorver material da sua estrela vizinha. Este objecto, baptizado de XMMU J004415.8+413057 foi o primeira pulsar a ser descoberto em M31.
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Chandra revela como crescem as galáxias
2003-06-11
O observatório de raios-X Chandra (NASA) observou duas galáxias distantes e de massa elevada, e revelou que estas se encontram envolvidas por nuvens de partículas de alta energia. As observações constituem evidência dum passado de actividade explosiva, em que jactos de partículas energéticas aqueceram o gás na vizinhança do buraco negro central e pararam temporariamente o crescimento da galáxia. Os dados do Chandra, juntamente com observações realizadas com o Observatório Keck, ajudarão a explicar como é que a natureza regula o crescimento das galáxias de maior massa do Universo.
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Ventos solares de mudança
2003-06-10
Há 40 anos que se sabe que o clima do espaço nos afecta: o vento solar atinge a Terra e esta protege-se com o seu campo magnético. Até agora ainda não se conseguiu compreender o mecanismo exacto de formação do vento solar. Três missões da ESA (SOHO, Ulysses e Cluster) complementam-se para nos dar a conhecer melhor a origem do vento solar. Resultados recentes sugerem que o vento solar rápido tem origem nas plumas observadas nos pólos do Sol, contrariando o que se julgava até agora.
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Hubble obtém imagem do remanescente de supernova NGC 2736
2003-06-09
Descoberta por Sir John Herschel, na década de 1840, a nebulosa NGC 2736, um remanescente de supernova, foi observada recentemente pelo Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA). Esta nebulosa encontra-se a cerca de 815 anos-luz da Terra, e é parte integrante do famoso remanescente de supernova da constelação da Vela. Julga-se que a explosão da supernova da Vela ocorreu há cerca de 11 000 anos. Embora não se conheçam registos de tal acontecimento, esta explosão deverá ter sido 250 vezes mais brilhante do que Vénus.
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Chandra fornece nova forma de diagnóstico quanto à existência de discos protoplanetários em torno de estrelas jovens
2003-06-06
Observações de dois objectos estelares jovens, TW Hydrae e HD98800, realizadas pelo satélite de raios-X Chandra (NASA), permitiram aos astrónomos usar um novo método de diagnóstico para investigar se determinada estrela jovem possui, ou não, um disco circum-estelar protoplanetário em seu redor. Se a estrela jovem emite fortemente nos raios-X, o disco encontra-se próximo da estrela e torrentes de matéria caiem para a estrela. Caso contrário, esta actividade cessou de alguma forma, provavelmente devido ao facto da matéria no disco ter-se agregado em planetesimais, ou simplesmente ter-se dispersado no meio interestelar.
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Poderão os discos protoplanetários sobreviver mais tempo do que se pensava?
2003-06-05
Muitas das estrelas de pequena massa, como o nosso Sol, quando ainda são jovens com menos de 10 milhões de anos, parecem perder os discos circum-estelares de gás e poeira, que com elas se formaram, em menos tempo do que aquele que é necessário para que o material no disco se consolide em planetas. Mas dois astrónomos da Universidade Vanderbuilt (EUA) sugerem agora que talvez não seja assim: os discos perduram, mas tornam-se cada vez mais difíceis de detectar.
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Radiotelescópio VLBA descobre fábrica de supernovas
2003-06-04
Utilizando o radiotelescópio Very Long Baseline Array (NSF) e o Green Bank Telescope (NSF), uma equipa de astrónomos descobriu um supernova mergulhada em poeira, que explodiu recentemente numa galáxia a 140 milhões de anos-luz de nós. Esta supernova pertence, provavelmente, a um superenxame de estrelas que produz uma supernova em cada par de anos. O ambiente denso em que a supernova explodiu é semelhante ao do Universo jovem, permitindo assim estudar como as primeiras estrelas se formaram há mil milhões de anos.
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Descobertos 7 discos protoplanetários num aglomerado estelar jovem
2003-06-03
Astrónomos da Universidade da Florida (EUA) obtiveram imagens de sete novos discos protoplanetários numa região de formação de estrelas situada a cerca de 1000 anos-luz, uma nuvem molecular gigante na constelação do Perseu. Com esta descoberta, o número total de discos protoplanetários, que já foram observados directamente, duplica.
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Remanescente de supernova rico em oxigénio
2003-06-02
Cientistas, utilizando o observatório de raios-X Chandra, detectaram grandes quantidades de oxigénio e outros elementos pesados num remanescente de supernova da Pequena Nuvem de Magalhães, SNR 0103.72.6. Este material foi produzido numa estrela de massa elevada, que terminou a sua vida numa explosão de supernova. Os remanescentes de supernova misturam muito rapidamente o material ejectado pela explosão da estrela com o gás interestelar, tornando raros os remanescentes de supernova ricos em oxigénio. O que faz de SNR 0103.72.6 um objecto de estudo particularmente interessante.
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