Hubble obtém imagem do remanescente de supernova NGC 2736
2003-06-09
Imagem do remanescente de supernova NGC 2736, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble. Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
supernova
Uma supernova é a explosão de uma estrela no final da sua vida. As explosões de supernova são de tal forma violentas e luminosas que o seu brilho pode ultrapassar o brilho de uma galáxia inteira. Existem dois tipos principais de supernova: as supernovas Tipo Ia, que resultam da explosão duma estrela anã branca que, no seio de um sistema binário, rouba matéria da estrela companheira até a sua massa atingir o limite de Chandrasekhar e então colapsa; e as supernovas Tipo II, que resultam da explosão de uma estrela isolada de massa elevada (com massa superior a cerca de 4 vezes a massa do Sol) que esgotou o seu combustível nuclear e expeliu as suas camadas externas, restando apenas um objecto compacto (uma estrela de neutrões ou um buraco negro).
, que terá explodido há milhares de anos, proporcionam um espectáculo de rara beleza que podemos apreciar nesta imagem obtida recentemente pelo Telescópio Espacial HubbleUma supernova é a explosão de uma estrela no final da sua vida. As explosões de supernova são de tal forma violentas e luminosas que o seu brilho pode ultrapassar o brilho de uma galáxia inteira. Existem dois tipos principais de supernova: as supernovas Tipo Ia, que resultam da explosão duma estrela anã branca que, no seio de um sistema binário, rouba matéria da estrela companheira até a sua massa atingir o limite de Chandrasekhar e então colapsa; e as supernovas Tipo II, que resultam da explosão de uma estrela isolada de massa elevada (com massa superior a cerca de 4 vezes a massa do Sol) que esgotou o seu combustível nuclear e expeliu as suas camadas externas, restando apenas um objecto compacto (uma estrela de neutrões ou um buraco negro).
Hubble Space Telescope (HST)
O Telescópio Espacial Hubble é um telescópio espacial que foi colocado em órbita da Terra em 1990 pela NASA, em colaboração com a ESA. A sua posição acima da atmosfera terrestre permite-lhe observar os objectos astronómicos com uma qualidade ímpar.
(NASAO Telescópio Espacial Hubble é um telescópio espacial que foi colocado em órbita da Terra em 1990 pela NASA, em colaboração com a ESA. A sua posição acima da atmosfera terrestre permite-lhe observar os objectos astronómicos com uma qualidade ímpar.
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
/ESAEntidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
European Space Agency (ESA)
A Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
). Trata-se da nebulosaA Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
nebulosa
Uma nebulosa é uma nuvem de gás e poeira interestelares.
NGC 2736, descoberta na década de 1840 por Sir John Herschel, que é parte integrante do famoso e enorme remanescente de supernova da constelaçãoUma nebulosa é uma nuvem de gás e poeira interestelares.
constelação
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
da Vela, nos céus do hemisfério Sul.
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
Nesta imagem do Hubble, a nebulosa NGC 2736 estende-se por cerca de 0,75 anos-luz
ano-luz (al)
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
, enquanto que o remanescente da Vela se estende por 114 anos-luz. Encontram-se a cerca de 815 anos-luz da Terra. A forma filamentar de NGC 2736 sugere que se trata do efeito da passagem (da direita para a esquerda na imagem) de uma onda de choqueO ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
onda de choque
Uma onda de choque é uma variação brusca da pressão, temperatura e densidade de um fluído, que se desenvolve quando a velocidade de deslocação do fluído excede a velocidade de propagação do som.
por uma região achatada de gás interestelarUma onda de choque é uma variação brusca da pressão, temperatura e densidade de um fluído, que se desenvolve quando a velocidade de deslocação do fluído excede a velocidade de propagação do som.
gás interestelar
O gás interestelar é constituído pelos átomos, moléculas e iões de elementos, ou substâncias, gasosas presentes no meio interestelar.
denso. É devido a esta interacção que o gás da nebulosa brilha: a passagem da onda de choque começa por aquecer o gás a milhões de graus e, subsequentemente, é ao arrefecer que o gás emite a radiaçãoO gás interestelar é constituído pelos átomos, moléculas e iões de elementos, ou substâncias, gasosas presentes no meio interestelar.
radiação electromagnética
A radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X.
no domínio do visível que vemos na imagem.
A radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X.
As diferentes cores que vemos na imagem fornecem aos astrónomos pistas importantes sobre o mecanismo de arrefecimento da nebulosa. Nalgumas regiões, ainda muito quentes (a azul na imagem), a emissão é dominada por átomos
átomo
O átomo é a menor partícula de um dado elemento que tem as propriedades químicas que caracterizam esse mesmo elemento. Os átomos são formados por electrões à volta de um núcleo constituído por protões e neutrões.
de oxigénio ionizadoO átomo é a menor partícula de um dado elemento que tem as propriedades químicas que caracterizam esse mesmo elemento. Os átomos são formados por electrões à volta de um núcleo constituído por protões e neutrões.
ionização
Processo pelo qual um átomo (ou molécula) electricamente neutro ganha ou perde um ou mais electrões, transformando-se num ião.
. Noutras regiões, que já arrefeceram mais, a emissão é dominada por átomos de hidrogénio (a vermelho).
Processo pelo qual um átomo (ou molécula) electricamente neutro ganha ou perde um ou mais electrões, transformando-se num ião.
Nesta imagem, podemos apreciar a região densa, de forma achatada e vista de perfil. Podemos ainda notar, ao longo destas estruturas filamentares, pequenos grúmulos brilhantes de gás, e gás difuso. Esta imagem, agora publicada, foi obtida com a câmara ACS (do inglês Advanced Camera for Surveys) em Outubro de 2002.
A explosão que deu origem ao remanescente da Vela deixou um pulsar no seu centro. A partir do atraso observado no período de rotação do pulsar, os astrónomos estimam que a explosão tenha ocorrido há cerca de 11 000 anos. Embora não se conheçam registos de tal acontecimento, esta explosão deverá ter sido 250 vezes mais brilhante do que Vénus
Vénus
É o segundo planeta mais próximo do Sol. Em termos de dimensões e massa é muito semelhante à Terra. A sua caracteristica mais marcante é possuir uma atmosfera de CO2 muito densa e um efeito de estufa muito intenso.
. Ou seja, habitantes no hemisfério Sul poderiam tê-la observada em plena luz do dia!
É o segundo planeta mais próximo do Sol. Em termos de dimensões e massa é muito semelhante à Terra. A sua caracteristica mais marcante é possuir uma atmosfera de CO2 muito densa e um efeito de estufa muito intenso.
Se a idade da explosão está correcta, isso implica que o gás se expandiu inicialmente a uma velocidade de cerca de 35 milhões de quilómetros por hora! Dado que no decorrer da expanção o gás perde velocidade, o gás de NGC 2736 desloca-se actualmente a cerca de 640 000 km/h.
Fonte da notícia: http://hubblesite.org/newscenter/archive/2003/16/image/a