Hipparcos descobre rebeldes com causa

2004-10-27
Uma equipa de astrónomos europeus descobriu que muitas das estrelas que se encontram na vizinhança do Sol possuem movimentos rebeldes, fora do comum, provocados pelos braços espirais da nossa Galáxia. De acordo com as pesquisas realizadas, baseadas em dados obtidos pelo satélite Hipparcos (ESA), a nossa vizinhança estelar é uma encruzilhada de percursos de estrelas vindas de várias direcções. Algumas das estrelas albergam sistemas planetários e podem ser oriundas das regiões mais centrais da Via Láctea.
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O sucesso do e-VLBI

2004-10-25
Astrónomos europeus e norte-americanos demonstraram uma nova forma de observar o Universo recorrendo à internet. Utilizando radiotelescópios em interferometria da EVN (European VLBI Network) e redes informáticas de grande largura de banda espalhadas pelo mundo, os investigadores conseguiram criar um telescópio virtual gigante. A demonstração consistiu na observação em rádio de uma estrela distante, IRC+10420, com uma precisão nunca antes alcançada em tempo real. Esta técnica, logicamente chamada de e-VLBI, abre grandes perspectivas para os radioastrónomos poderem observar o Universo mais longínquo em tempo real.
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Eclipse da Lua em Cascais na noite de 27 para 28 de Outubro

2004-10-21
Se vai estar na região de Lisboa na próxima semana, venha observar o eclipse total da Lua com o NUCLIO, na noite de 27 (quarta-feira) para 28 de Outubro, em Cascais. O NUCLIO promove uma sessão pública de observação do eclipse a partir das 23h30, no seu espaço habitual localizado na marina de Cascais.
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Fusão de enxames de galáxias torna-se o evento cósmico mais poderoso observado

2004-10-19
Os cientistas acabam de assistir a uma tempestade cósmica perfeita. Graças ao satélite de observação XMM-Newton (ESA), foi possível observar a colisão frontal entre dois enxames de galáxias. Esta colisão, comparável à de duas superfícies frontais terrestres, esmagou milhares de galáxias e biliões de estrelas, num dos eventos cósmicos mais poderosos jamais testemunhados.
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Nebulosa de vento de pulsar estudada em raios-X

2004-10-18
Os astrónomos utilizaram uma imagem de raios-X para realizarem o primeiro estudo detalhado do comportamento de partículas de alta energia à volta de um pulsar a deslocar-se a velocidades supersónicas. A imagem da nebulosa de vento de pulsar G359.23-0.82 (também conhecida por “Rato”), obtida com o Observatório de Raios-X Chandra (NASA), mostra a onda de choque criada à medida que o pulsar avança pelo espaço interstelar. Os resultados deste estudo são muito úteis para as teorias sobre a produção de ventos potentes de matéria e antimatéria pelos pulsares.
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Mistério no centro da Galáxia

2004-10-14
No centro da nossa Galáxia, um objecto que emite raios gama de alta energia foi detectado pelo sistema de dois telescópios do observatório de raios gama H.E.S.S., na Namíbia. A radiação detectada com o H.E.S.S. tem origem numa região próxima de Sagittarius A* e o seu espectro ajusta-se a uma fonte que produz um fluxo constante de energia, como por exemplo, uma gigante explosão de supernova. Contudo, estas observações revelaram que a radiação tem características diferentes das reveladas em observações anteriores.
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Os grandes observatórios espaciais podem desvendar o mistério de uma supernova com 400 anos

2004-10-12
Quando, há 400 anos, em Outubro de 1604, uma “nova estrela” apareceu no céu ocidental, os observadores, incluindo o famoso astrónomo Johannes Kepler, ficaram surpreendidos: o seu brilho rivalizava com o dos planetas mais próximos. A supernova de Kepler foi o último fenómeno deste tipo, dentro da nossa Galáxia, cuja explosão foi observada. Mas apenas a olho nu, pois o telescópio só seria inventado 4 anos mais tarde. Hoje, os astrónomos modernos, utilizando os três grandes observatórios espaciais - o Hubble, o Spitzer e o Chandra - estão finalmente aptos a desvendar os mistérios do remansecente em expansão desta supernova.
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Um novo telescópio para mapear todo o céu no infravermelho

2004-10-10
Uma nova missão espacial da NASA, designada por Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), foi recentemente aprovada. Com lançamento previsto para 2008, e um custo de 208 milhões de dólares, esta missão visa monitorizar todo o céu no infravermelho, com o objectivo de encontrar anãs castanhas, discos circunstelares, capazes de gerar planetas, em torno de estrelas vizinhas, e ainda galáxias em colisão. Espera-se obter uma base de dados com mais de um milhão de imagens, contendo centenas de milhões de objectos.
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Trio de explosões leva cientistas a prever a iminência de supernovas

2004-10-06
Três violentas explosões de raios-X e raios gama, observadas em três regiões completamente distintas do espaço, deixaram os cientistas expectantes. Estes fenómenos, que duraram apenas alguns segundos, foram interpretados como sistemas de alerta para explosões de supernovas, capazes de começar a revelar-se a qualquer momento. A 12 e a 16 de Setembro passado foram observadas explosões sob a forma de flashes de raios-X. A 24 de Setembro, tratou-se de uma explosão mais poderosa, na fronteira entre uma emissão de raios-X e uma fulguração de raios gama. Se estes sinais forem indícios de supernovas, tal como se espera, os cientistas terão um instrumento para prever antecipadamente a explosão de estrelas de grande massa e assim poderem estudar, do princípio ao fim, as supernovas deste tipo.
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Asteróide Toutatis fez a maior aproximação do século à Terra

2004-10-04
No dia 29 de Setembro, o asteróide Toutatis fez a sua maior aproximação à Terra desde 1353: passou a 1 550 000 km de nós, ou seja, a apenas quatro vezes a distância à Lua. Só em 2562 voltará a passar tão perto de nós. Neste século, nenhum outro asteróide conhecido, de grandes dimensões como Toutatis, se aproximará tanto da Terra.
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Guiagem LASER aperfeiçoa visão dos telescópios Keck

2004-10-01
O sistema de óptica adaptativa baseado na guiagem LASER instalado nos telescópios Keck tem ultrapassado todas as expectativas em termos de performance, a ponto de poder vir a revolucionar vários campos da Astronomia Moderna. Este novo sistema de guiagem de estrelas, que é único em telescópios de grande porte, permite aos astrónomos usar a técnica de óptica adaptativa para estudar objectos celestes com uma resolução espacial sem precedentes, em qualquer região do céu nocturno, e abre ainda caminho para o uso generalizado de imagens de campo largo com óptica adaptativa, hoje só realmente possível para campos de visão estreitos.
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