Primeiro planeta extra-solar descoberto através de uma microlente gravitacional

2004-05-27
Numa altura em que a descoberta de planetas extra-solares já se tornou comum, as verdadeiras novidades referem-se ao método de detecção. Pela primeira vez, foi descoberto um planeta extra-solar através de uma microlente gravitacional. O novo sistema planeta-estrela encontra-se a 17000 anos-luz e é constituído por um planeta com 1,5 vezes a massa de Júpiter a orbitar uma estrela anã vermelha, separados por 3 UA. O sistema serviu de lente cósmica a uma estrela a 24000 anos-luz, perto do centro da Via Láctea. A descoberta só foi possível graças à colaboração de duas equipas internacionais de microlentes, MOA e OGLE. O entusiasmo pelo método deve-se ao facto deste permitir a descoberta de planetas de pouca massa.
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Dois novos planetas extra-solares pertencem a uma nova classe

2004-05-25
Dois objectos, candidatos a trânsitos planetários pelo levantamento OGLE, foram confirmados como sendo planetas extra-solares pelo método da velocidade radial. Uma equipa de astrónomos europeus utilizou o espectrógrafo multifibras FLAMES/UVES, montado no telescópio Kueyen do VLT (ESO), para determinar a natureza de 41 objectos cujas observações fotométricas realizadas pelo OGLE indicavam uma diminuição periódica do brilho da estrela. A medição da variação da velocidade de dois objectos, OGLE-TR-113b e OGLE-TR-132, revelou a presença de companheiros planetários, do tipo de Júpiter. A informação espectroscópica aliada à informação fotométrica permitiu determinar a verdadeira massa e diâmetro dos dois novos planetas. Juntamente com o único outro planeta detectado pelo método do trânsito, OGLE-TR-56, os dois novos planetas definem uma nova classe de gigantes gasosos: planetas com períodos orbitais extremamente curtos (inferior a dois dias), a que correspondem óribtas muito pequenas.
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Nasceu uma estrela...

2004-05-21
Observações conduzidas no Observatório Gemini proporcionaram uma visão rara do processo lento, mas violento, do nascimento de uma estrela na Nebulosa de McNeil, a cerca de 1500 anos-luz de distância. Os dados obtidos revelam dos mais pujantes ventos estelares até hoje detectados em objectos estelares jovens. Esta nebulosa, descoberta recentemente pelo astrónomo amador norte-americano Jay McNeil, está localizada no céu muito perto da cintura de Orionte, o Caçador.
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Primeiras imagens de Titã pela Cassini

2004-05-19
As primeiras imagens de Titã – a maior lua de Saturno - obtidas pela sonda Cassini (NASA) foram divulgadas pela NASA. Ainda a 40 milhões de quilómetros de Saturno, as imagens da Cassini revelaram-se extremamente claras, antevendo-se observações excepcionais para breve. A missão Cassini-Huygens (NASA/ESA) já se encontra na esfera de influência de Saturno e entrará na sua órbita a 1 de Julho de 2004; em Janeiro de 2005, a sonda europeia Huygens será lançada para pousar em Titã.
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VLT observa Titã com um novo instrumento

2004-05-17
A observação de Titã realizada pelo novo instrumento SDI instalado na câmara com óptica adaptativa NACO, montada no telescópio YEPUN do VLT (ESO), foi um êxito. As imagens, extremamente claras e bem definidas, foram obtidas simultaneamente em três comprimentos de onda diferentes no infravermelho próximo. Os comprimentos de onda foram escolhidos de forma a que uma das imagens seja representativa da atmosfera densa de Titã (risca de metano a 1,625 µm) e as outras pertençam a uma janela espectral adjacente transparente para a atmosfera (1,600 e 1,525 µm). A conjugação das imagens simultâneas permitiu criar um mapa detalhado de uma porção significativa (75%) da superfície de Titã, onde são nítidas as zonas de diferente reflectividade. De particular interesse são as regiões escuras, que podem indicar a localização dos reservatórios de hidrocarbonetos líquidos que se pensa existir na superfície de Titã.
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Observada a fusão de duas tempestades em Saturno

2004-05-12
A três meses de chegar a Saturno, a sonda Cassini (NASA) testemunhou o acto de fusão de duas tempestades na atmosfera deste planeta mais conhecido pelos seus anéis. A sonda acompanhou durante um mês as duas tempestades, que possuíam cerca de 1000 km de diâmetro cada uma, à medida que estas se aproximavam uma da outra até que, a 20 de Março, se transformaram numa única tempestade enorme. Só com a aproximação da sonda Voyager a Saturno, em 1981, se tinha observado a fusão de tempestades neste planeta.
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Hubble observa Sedna, o planetóide mais longínquo que se conhece no nosso Sistema Solar

2004-05-10
Sedna, o objecto mais longínquo que se conhece no nosso Sistema Solar, foi agora observado pelo Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA). As observações anteriores tinham determinado que Sedna tem uma rotação muito lenta, o que levou aos astrónomos a suporem a existência de uma lua companheira que abrandasse a rotação do planetóide. Surpreendentemente, as imagens obtidas com a câmara ACS do Hubble não revelaram nenhum satélite companheiro de Sedna, desafiando os astrónomos a descobrirem uma outra causa para a lenta rotação deste planetóide. As novas observações impõem o limite superior de 1600 km de diâmetro a Sedna.
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Não perca o cometa C/2001 Q4 NEAT nos próximos dias!

2004-05-05
Descoberto em Agosto de 2001 pelo projecto Near Earth Asteroid Tracking (NEAT), desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jacto (EUA) e financiado pela NASA, o cometa C/2001 Q4 NEAT promete ser nos próximos dias um espectáculo a não perder. Dado que este cometa não é periódico, esta será a primeira e única oportunidade que temos para o observar.
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Levantamento de estrelas da nossa vizinhança chega ao fim após 15 anos de observações

2004-05-05
Uma equipa de astrónomos da Dinamarca, Suíça e Suécia concluíram o maior levantamento das propriedades das estrelas do tipo do Sol da nossa Galáxia. Mais de 1000 noites de observação espalhadas por 15 anos permitiram determinar o movimento espacial de 14000 estrelas do tipo espectral F e G que se encontram na vizinhança solar. Esta amostra é suficientemente significativa para uma verdadeira análise detalhada da evolução dinâmica da nossa Galáxia desde a sua formação e os dados agora publicados darão origem aos mais variados estudos sobre a nossa Galáxia. Numa primeira análise, esta equipa sugere que a nossa Galáxia teve uma vida muito mais turbulenta e caótica do que até agora os modelos assumem.
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Venha observar o eclipse da Lua com o NUCLIO!

2004-05-03
Na próxima terça-feira, dia 4 de Maio, o NUCLIO organiza uma sessão pública de observação do primeiro eclipse lunar do ano de 2004. Esta sessão irá decorrer a partir das 20h30 nas novas instalações do NUCLIO, situadas na Marina de Cascais. A observação do eclipse poderá ser feita à vista desarmada e também através de um telescópio. Esta sessão conta com a presença de vários astrofísicos profissionais e astrónomos amadores membros do NUCLIO, que estarão naturalmente à disposição dos interessados para conversar sobre a Astronomia e Astrofísica em geral.
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