Quinze anos de Ciência com o Telescópio Espacial Hubble

2005-04-29
No dia 25 de Abril de 1990, o Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) entrou em órbita da Terra. Quinze anos depois e tendo obtido mais de 700 000 fotografias do cosmos, o telescópio espacial continua a fomentar nova ciência nos mais diversos campos da astrofísica, observando objectos desde o Sistema Solar, até às mais longínquas galáxias alguma vez descobertas. Em homenagem aos 15 anos do Hubble, a NASA apresentou imagens de dois objectos muito conhecidos: a galáxia Remoinho (M 51) e a nebulosa da Águia (M 16). Estas são das maiores e mais nítidas imagens que o Hubble obteve até agora.
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Matéria orgânica na atmosfera superior de Titã

2005-04-28
A sonda Cassini (NASA/ESA) revelou a existência de hidrocarbonetos complexos nas camadas mais exteriores da atmosfera de Titã, uma das luas de Saturno. Esta descoberta ocorreu durante a órbita mais próxima até agora efectuada em torno da superfície da lua – a uma distância de apenas 1027 quilómetros. A atmosfera de Titã pode assim vir a servir de laboratório de química orgânica, abrindo novas perspectivas para o estudo dos compostos que estiveram na base do aparecimento da vida na Terra e também para a determinação das origens da matéria orgânica em todo o Sistema Solar.
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As primeiras estrelas

2005-04-22
A análise espectroscópica de uma estrela descoberta recentemente, HE 1327-2326, revelou que esta é a estrela com menos ferro que se conhece ([Fe/H]=-5,4±0,2). A anterior recordista, HE0107-5240, descoberta no âmbito do mesmo projecto, possui duas vezes mais ferro! Este facto é extremamente importante porque indica que HE 1327-2326 se formou quando o Universo era muito jovem - pode até pertencer à primeira geração de estrelas de pouca massa. A composição química invulgar desta estrela permite utilizá-la para explorar as teorias de formação e de nucleossíntese das primeiras estrelas.
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Um acelerador cósmico de partículas?

2005-04-21
O satélite europeu XMM – Newton (ESA) revelou uma vasta estrutura em forma de anel, com uma extensão de 20 anos-luz, emitindo em raios-X, numa região do espaço próxima do enxame Arches, a mais densa região de formação estelar próxima do centro da Via Láctea. Os cientistas chegaram à conclusão que a estrutura não é estacionária, mas sim o resultado de qualquer processo que ainda está a decorrer. Tal processo deverá estar na origem de uma espécie de acelerador cósmico de partículas muito poderoso, capaz de produzir partículas com energia um milhar de vezes superior às que são produzidas em aceleradores na Terra. Se as observações futuras mostrarem que o enxame Arches é responsável pelo anel, então a formação de estrelas pode ter um papel muito importante na energia do Universo.
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Estrela velha ganha novo fôlego

2005-04-14
Uma equipa de astrónomos utilizou o radiotelescópio VLA (NRAO) para observar uma estrela velha, que subitamente voltou a ser activa depois de chegar ao fim da sua “vida normal”. V4334 Sgr, também conhecida por Objecto de Sakurai, é uma anã branca que reiniciou a combustão de hélio na camada à volta do núcleo central de elementos mais pesados (essencialmente carbono e oxigénio). Os resultados surpreenderam os cientistas, pois revelaram um processo quase cem vezes mais rápido do que os modelos teóricos previam. As proporções isotópicas de carbono observadas sugerem que este fenómeno de reactivação pode ser mais importante como fonte de carbono cósmico do que se pensava.
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Explosão no espaço pode ter desencadeado extinção na Terra

2005-04-13
Cientistas da NASA e da Universidade do Kansas dizem que a extinção em massa, ocorrida na Terra há 450 milhões de anos, pode ter sido desencadeada por uma fulguração de raios gama oriunda de uma explosão estelar. Cálculos realizados pela equipa de investigadores mostram que a radiação gama emitida por uma explosão de uma estrela próxima da Terra, ao atingir o nosso planeta durante apenas dez segundos, seria capaz de reduzir para metade a camada de ozono que o protege, destruindo grande parte da vida nele existente. Não existem provas directas de que um evento destes tenha sucedido, pelo que este trabalho se baseia apenas em modelos idealizados pelos investigadores.
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Chandra confirma limites dos buracos negros

2005-04-07
De acordo com as melhores imagens obtidas até à data pelo Observatório de Raios-X Chandra (NASA) dos Campos Profundos Norte e Sul do Chandra, na região do Buraco de Lockman, os buracos negros de maiores dimensões existentes no Universo atingem, com relativa rapidez, um ponto a partir do qual não podem crescer mais, enquanto os buracos negros mais pequenos crescem de uma forma muito mais lenta. As observações revelaram que o crescimento dos buracos negros está relacionado com a formação de estrelas nas galáxias, o que vem confirmar algum do trabalho teórico já realizado. Graças ao elevado poder de resolução do Chandra, os cientistas descobriram muitos buracos negros anteriormente escondidos, aumentando assim consideravelmente o número de buracos negros de dimensão intermédia conhecidos.
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Formação de estrelas na Pequena Nuvem de Magalhães

2005-04-05
Observações realizadas com o Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) revelaram, pela primeira vez, uma população de proto-estrelas na Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea. Esta população de estrelas recém-nascidas tem cerca de 5 milhões de anos de idade e ainda não teve tempo para dar início à queima do hidrogénio no centro das estrelas.
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Luz de planetas extra-solares detectada directamente pela primeira vez

2005-04-01
O Telescópio Espacial Spitzer (NASA) detectou radiação proveniente de dois planetas extra-solares: HD 209458b e TrES-1. É a primeira vez que se mede a radiação de planetas extra-solares, pois, até agora, a presença de planetas orbitando outras estrelas foi sempre determinada por métodos indirectos. Ambos os planetas já eram conhecidos e já tinham sido detectados pelo método do trânsito. São planetas gigantes gasosos muito quentes (as suas órbitas são muito próximas das suas estrelas), e por isso, emitem radiação infravermelha. Em dois estudos independentes, cada um dedicado a um dos exoplanetas, investigadores utilizaram os dados do Spitzer para medirem a radiação infravermelha do planeta.
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