O programa norte-americano para a procura de meteoritos na Antárctida, ANSMET, anunciou a descoberta de um novo meteorito marciano. Esta rocha, oficialmente designada por MIL 03346, com dimensões 10x6x5,5 cm e 715 g de peso, foi encontrada num campo de gelo no Monte Miller, nas Montanhas Transantárcticas, a cerca de 750 km do Pólo Sul. A sua mineralogia e textura classificam-no como um meteorito nakhlito, que são dos meteoritos marcianos mais antigos que se conhecem. 60% da sua suferfície exterior é coberta por uma crosta de fusão negra e enrugada, enquanto a restante superfície é de um material cristalino negro, com cavidades. O seu interior é de uma matriz cristalina de textura granulada, de cor verde escuro, ou preto.
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Durante anos, os astrónomos interrogaram-se acerca da existência nas estrelas de ciclos periódicos de actividade em raios-X, tal como acontece com o nosso Sol. Observações agora efectuadas com o observatório de raios-X XMM-Newton (ESA) revelaram pela primeira vez um comportamento cíclico em raios-X em HD 81809, uma estrela longínqua semelhante ao nosso Sol situada a uma distância de 90 anos-luz.
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A 2 de Janeiro deste ano, a sonda Stardust (NASA) voou a apenas 236 km do cometa Wild 2 e obteve imagens com um detalhe nunca antes alcançado para um cometa. Surpreendentemente, o cometa revelou um mundo muito mais estranho e rico do que se pensava: a sua superfície rígida encontra-se dotada de picos altos, crateras profundas, escarpas abruptas e dezenas de jactos violentos. A Stardust, na sua aproximação a Wild 2, capturou milhares de partículas com o seu colector de aerogel, que serão analisadas depois do seu regresso, em Janeiro de 2006.
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Observações da explosão de supernova SN 1986J, realizadas com um conjunto de radiotelescópios espalhados pelo mundo, revelaram agora um objecto brilhante central, que é o cadáver da estrela de massa elevada que explodiu. Apesar de não se saber ainda se se trata de um buraco negro, ou de uma estrela de neutrões, é a primeira vez que se detecta o que resta do núcleo de uma estrela que foi observada a explodir como supernova. É, portanto, o cadáver estelar mais jovem alguma vez observado e a continuação do seu estudo trará certamente grandes avanços para a nossa compreensão dos restos estelares de supernovas.
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O estudo de nuvens de gás na galáxia do Remoinho (M 51) reuniu importantes provas a favor da teoria da onda de densidade para os braços espirais das galáxias. Observações da emissão rádio de moléculas de monóxido de carbono de nuvens moleculares gigantes, numa região dum braço espiral de M 51, permitiram medir as temperaturas e a turbulência dentro das nuvens. Relacionando estas medições com a localização das nuvens no braço espiral, os astrónomos verificaram que o gás que passou há mais tempo pela onda de densidade já teve tempo para arrefecer e perder a turbulência causada pela passagem.
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Apesar da estrela Tau Ceti (τ Cet) ser uma estrela do tipo do Sol, quaisquer planetas que a orbitem são, muito provavelmente, impróprios para o desenvolvimento de vida. Uma equipa de astrónomos ingleses obteve imagens do disco de matéria que rodeia a estrela no comprimento de onda do submilímetro e descobriu que τ Cet deve conter mais de dez vezes o número de cometas e asteróides que existem no nosso Sistema Solar. Os investigadores adiantam que, com tantos objectos à volta da estrela, colisões devastadoras levariam rapidamente à destruição de vida se esta existisse em algum planeta que orbitasse a estrela.
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Após sete anos de viagem, a sonda Cassini-Huygens (NASA/ESA/ASI) entrou em órbita de Saturno no passado dia 30 de Junho. O orbitador Cassini está agora pronto para iniciar a sua missão de quatro anos de estudo de Saturno e das suas luas, enquanto a sonda Huygens se prepara para ser lançada para Titã, em Dezembro deste ano. Disponibilizámos uma secção dedicada a esta missão em http://www.portaldoastronomo.org/missoes/ As primeiras imagens da superfície de Titã obtidas após a entrada na órbita de Saturno revelam uma superfície exótica coberta com uma variedade de materiais no hemisfério Sul.
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Imagens detalhadas da superfície de Febe, a pequena lua de Saturno, recolhidas durante a aproximação da missão Cassini a Saturno, revelaram pistas sobre a sua origem. Uma possível interpretação das características que se observam na sua superfície é que esta lua pode ter tido origem no Sistema Solar exterior, tendo sido, a dada altura, capturada pelo planeta gigante Saturno, durante os seus primeiros tempos de formação.
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