XMM-Newton observa ciclo de emissão em raios-X numa estrela longínqua
2004-07-24
Erupção solar de 4 de Novembro de 2003. Crédito: ESA.
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
, sendo por isso observadas como áreas escuras. O seu número aumenta e diminui consoante a actividade solarO Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
actividade solar
A actividade solar consiste no conjunto de fenómenos ou processos físicos que se manifestam, com maior ou menor intensidade, durante o ciclo solar. Por exemplo, fazem parte da actividade solar a ocorrência de manchas solares, as protuberâncias, o vento solar, ou as ejecções de matéria coronal.
, ao longo do ciclo de aproximadamente 11 anos.
A actividade solar consiste no conjunto de fenómenos ou processos físicos que se manifestam, com maior ou menor intensidade, durante o ciclo solar. Por exemplo, fazem parte da actividade solar a ocorrência de manchas solares, as protuberâncias, o vento solar, ou as ejecções de matéria coronal.
Quando a actividade solar é muito intensa, ocorrem fenómenos de larga-escala como as protuberâncias ou as ejecções de massa
massa
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
coronal. Estes processos libertam grandes quantidades de energia e de partículas electricamente carregadas que atingem a Terra, podendo provocar tempestades magnéticas que afectam seriamente as nossas telecomunicações.
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
Ao longo do ciclo solar
ciclo solar
O ciclo solar é o intervalo de tempo entre dois máximos (ou mínimos) consecutivos da actividade solar, com a duração de 11 anos (ciclo das manchas solares). Em cada período de 11 anos, o campo magnético do Sol inverte a sua polaridade, implicando que o período básico do Sol é na verdade de 22 anos.
, a quantidade de raios-XO ciclo solar é o intervalo de tempo entre dois máximos (ou mínimos) consecutivos da actividade solar, com a duração de 11 anos (ciclo das manchas solares). Em cada período de 11 anos, o campo magnético do Sol inverte a sua polaridade, implicando que o período básico do Sol é na verdade de 22 anos.
raios-X
A radiação X é a radiação electromagnética cujo comprimento de onda está compreendido entre o ultravioleta e os raios gama, ou seja, pertence ao intervalo de aproximadamente 0,1 Å a 100 Å. Descobertos em 1895, os raios-X tambêm são, por vezes, chamados de raios de Röntgen em homenagem ao seu descobridor. A radiação X é altamente penetrante, o que a torna muito útil, por exemplo, para obter radiografias.
emitidos varia apreciavelmente (por um factor de 100), sendo a emissão de raios-X mais forte quando o Sol se encontra no máximo do ciclo, altura em que a superfície solar está coberta por uma grande quantidade de manchas.
A radiação X é a radiação electromagnética cujo comprimento de onda está compreendido entre o ultravioleta e os raios gama, ou seja, pertence ao intervalo de aproximadamente 0,1 Å a 100 Å. Descobertos em 1895, os raios-X tambêm são, por vezes, chamados de raios de Röntgen em homenagem ao seu descobridor. A radiação X é altamente penetrante, o que a torna muito útil, por exemplo, para obter radiografias.
O observatório de raios-X XMM-Newton
X-ray Spectroscopy Multi-Mirror Mission (XMM-Newton)
Satélite de raios-X da Agência Espacial Europeia colocado em órbita no dia 10 de Dezembro de 1999, com a ajuda de um foguetão Ariane 5. Este satélite é o segundo de uma série de missões no âmbito do programa espacial europeu de longo termo Horizon 2000.
(ESASatélite de raios-X da Agência Espacial Europeia colocado em órbita no dia 10 de Dezembro de 1999, com a ajuda de um foguetão Ariane 5. Este satélite é o segundo de uma série de missões no âmbito do programa espacial europeu de longo termo Horizon 2000.
European Space Agency (ESA)
A Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
) mostrou agora pela primeira vez que este comportamento em raios-X observado no nosso Sol é também comum nas outras estrelasA Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
. Uma equipa de astrónomos liderada por Fabio Favata (Centro Europeu de Pesquisa Espacial e Tecnologia da ESA, Holanda) observou e monitorizou um pequeno número de estrelas do tipo solar, desde que o XMM-Newton entrou em serviço em 2000.
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
O brilho
brilho
O brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
em raios-X da estrela HD 81809, localizada a 90 anos-luzO brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
ano-luz (al)
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
na constelaçãoO ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
constelação
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
da Hidra, variou por um factor superior a 10 ao longo dos últimos dois anos e meio, tendo alcançado um pico bem definido da sua emissão em raios-X em meados de 2002. Esta estrela exibe uma variação na emissão de raios-X bem típica do nosso Sol, estrei~tamente relacionada com o cilco de manchas nessa estrela. Se HD 81809 se comporta como o Sol, o seu brilho em raios-X pode variar por um factor de 100 em poucos anos.
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
A existência de ciclos de manchas noutras estrelas tinha há muito sido estabelecida, fruto de observações realizadas na década de 1950. Contudo, os cientistas não sabiam se a variabilidade da emissão em raios-X estava relacionada com o número de manchas. As observações agora realizadas com o XMM-Newton mostram que tal é de facto verdade.
É sabido que o clima na Terra é sensível à radiação
radiação electromagnética
A radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X.
mais energética proveniente do Sol. Por exemplo, a uma ausência temporária do ciclo solar no séc. 18 correspondeu um período excepcionalmente frio na Terra. Analogamente, nas fases iniciais de formação dum planetaA radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X.
planeta
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
como a Terra, esta radiação de alta energia tem uma forte influência nas condições físicas da sua atmosferaUm planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
atmosfera
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
, e portanto potencialmente também no desenvolvimento de Vida nesse planeta.
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
Assim, o estudo do ciclo de emissão em raios-X em estrelas do tipo solar, que eventualmente possuam planetas rochosos em seu redor, pode fornecer aos cientistas pistas importantes sobre como e onde podem outras formas de Vida despontar fora do Sistema Solar
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
, e ainda sobre a evolução das atmosferas desses mesmos planetas.
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
Fonte da notícia: http://www.esa.int/esaCP/SEMFALGHZTD_index_2.html