Vénus, um planeta simples?
2008-10-23
Foi recentemente apresentado o primeiro mapa geológico global de Vénus, elaborado pelo cientista russo M. Ivanov. O estudo das imagens (de radar) disponíveis, bem como das regiões já mapeadas, permitiu o reconhecimento de 11 unidades (ou tipos de terreno) e a conclusão de que essas poucas unidades cobriam toda a superfície do segundo planeta do Sistema Solar. Dito desta forma, parece que a geologia de Vénus é bastante simples…
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O fim anunciado da Phoenix
2008-10-15
Ao fim de poucos meses, a missão da sonda americana Phoenix está prestes a terminar. Habituados como estamos à duradoura prestação dos dois rovers (Spirit e Opportunity), este facto pode provocar alguma estranheza. Contudo, não existem razões para tal: a posição da sonda na superfície de Marte não lhe permite resistir muito mais tempo, já que o Sol mergulha para o horizonte e as temperaturas baixam, trazendo o gelo (ou melhor, os gelos, de água e de dióxido de carbono) que há-de encerrar a sonda num túmulo branco. Mas até lá, a sonda prossegue na sua missão, analisando amostras de solo e perscrutando o que se passa na atmosfera marciana.
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Os sons de Marte, por fim
2008-10-11
A bordo da sonda Phoenix, actualmente pousada nos frios confins polares do planeta vermelho, seguia, entre muitos outros instrumentos científicos, uma pequena câmara, a MARDI (Mars Descent Imager) destinada a recolher imagens durante a descida da sonda para a superfície de Marte.
Devido a questões de gestão informática, e para evitar a ocorrência de quaisquer problemas, essa câmara acabou por não ser utilizada. E portanto o microfone que nela estava incorporado também não foi ligado. Agora que a missão se aproxima do fim, com a chegada do Inverno setentrional a Marte, foi decidido dar a ambos os instrumentos uma oportunidade.
Daqui a uns dias, o microfone (semelhante ao que equipa os telemóveis) será ligado enquanto o braço da sonda estiver a realizar uma operação no solo, de forma a perceber se se consegue escutar alguma coisa. Em caso afirmativo, ele voltará a ser utilizado num período de inactividade da sonda – e talvez oiçamos pela primeira vez o som dos ventos que sopram numa planície a muitos milhões de quilómetros da Terra…
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Um visitante que não voltará ao espaço
2008-10-07
Há poucos dias, no quadro de um projecto da NASA para a vigilância da vizinhança do nosso planeta, foi descoberto no espaço, próximo da Terra, um pequeno asteróide (de poucos metros de diâmetro). Após várias observações, tornou-se claro que esta pedra do espaço se dirigia mesmo para nós. A notícia não provocou qualquer alarme, já que as dimensões deste objecto não permitiriam que atravessasse a atmosfera intacto. Refinados os cálculos, foi determinado que a entrada no invólucro gasoso que nos protege seria feita sobre a África, numa trajectória para leste, na madrugada passada, e que em poucos segundos o asteróide se transformaria numa bola de fogo (numa descrição simplista), oferecendo um magnífico espectáculo a quem estivesse na região.
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Exploração lunar – Lançamento da sonda LRO adiado
2008-10-07
O ambicioso plano americano para um regresso à Lua inclui várias missões automáticas nos próximos anos, para recolher nova informação e tentar elucidar alguns dos muitos mistérios que ainda se mantêm quanto à história do nosso satélite natural. A primeira dessas missões, envolvendo a sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), tinha o início previsto para o fim deste ano, ainda durante a administração Bush. Porém, o lançamento fora já adiado para o início de Março do próximo ano – e agora foi novamente adiado, desta vez para fins de Abril. Este atraso custa dinheiro, claro. Além disso, é preciso não esquecer que os EUA não estão sozinhos … Neste momento há uma sonda japonesa (Kaguya) e outra chinesa (Chang’e) a orbitar a Lua; e nos próximos tempos, também a Índia e a Rússia se juntarão aos americanos nesta aventura, que deverá culminar com o regresso do Homem à “deslumbrante desolação” da paisagem lunar nas próximas décadas. Veremos se num clima de cooperação, ou se numa nova “corrida” com puros objectivos de afirmação geopolítica.
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Messenger - À descoberta de Mercúrio
2008-10-03
O planeta mais próximo do Sol é também o menos conhecido. Observá-lo da Terra é difícil, devido à proximidade da nossa estrela. E, até há uns meses, apenas uma sonda automática (a Mariner 10) se tinha aproximado de Mercúrio, nos longínquos anos 70 do século passado, e obtido imagens de menos de metade da sua superfície. Agora há outra sonda, chamada Messenger, a estudar o planeta. Há alguns meses fez uma primeira passagem próxima, e prepara-se agora para repetir o feito (6 de Outubro às 8h40 UT) – no futuro, em 2011, entrará mesmo em órbita. Mercúrio encerra muitos mistérios: é muito mais denso do que se poderia supor para um objecto com as suas dimensões, e ainda há uma larga fatia da superfície que não é conhecida, pelo que a sua história geológica permanece envolta em dúvidas. Em resultado da primeira visita da Messenger já se pôde concluir que existiu actividade vulcânica e tectónica neste planeta, nomeadamente na região da grande bacia de Caloris… mas quando? Poderá Mercúrio ser ainda um objecto geologicamente activo? A comunidade planetária aguarda com alguma expectativa pelos dados que serão recolhidos, e que incluem imagens de quase toda a área ainda desconhecida da superfície deste misterioso membro do Sistema Solar.
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AIA2009 na Madeira apresentado no 18ºENAA
2008-10-02
Integrado na palestra do Prof. João Fernandes sobre o Ano Internacional da Astronomia 2009 (AIA2009) em Portugal, o Coordenador Regional do AIA2009 na Região Autónoma da Madeira (RAM), Prof. Pedro Augusto, fez um resumo das actividades já agendadas na RAM, no 18º Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica, realizado em Évora nos dias 18 e 19 de Setembro. A RAM conta já com um total de 190 eventos e 16 iniciativas, que terão lugar nos 11 concelhos da Região e em mais de 30 freguesias. O mote do AIA2009-Madeira, “A Madeira fervilhará de Astronomia: não será deixado calhau por virar…”, está a ser levado avante.
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