Universo jovem era mais fértil do que se suspeitava

2005-09-23
Uma equipa de astrónomos europeus descobriu uma população numerosa de galáxias distantes, observadas quando o Universo tinha apenas 10 a 30% da sua idade actual. O número de galáxias pertencentes à época em que o Universo tinha entre 1500 e 4500 milhões de anos de idade é duas a seis vezes maior do que se pensava. Outro resultado importante é que a taxa de formação de estrelas nestas galáxias é cerca de duas a três vezes maior do que as estimativas anteriores. Este estudo foi realizado no âmbito do levantamento VVDS e só foi possível graças ao espectrógrafo VIMOS montado no VLT (ESO), que permite obter cerca de 1000 espectros numa única observação. Os astrónomos foram surpreendidos pelas conclusões, pois este estudo mostra que o Universo jovem criou muitas mais galáxias do que se julgava e estas produziram estrelas muito mais rapidamente do que se esperava. Agora, será necessário rever as teorias da formação e evolução do Universo para tentar explicar como isto foi possível.
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Astrónomos detectam a fulguração de raios gama mais distante de sempre

2005-09-20
A fulguração de raios gama GRB050904 passou a deter o recorde da fulguração de raios gama mais distante de sempre. Detectada pela primeira vez pelo satélite Swift (NASA), em 4 de Setembro, telescópios em todo o mundo apressaram-se a observar o seu pós-resplendor no visível e no infravermelho. As observações permitiram determinar que o objecto tem um desvio para o vermelho de 6,3, ou seja, a sua luz levou 12700 milhões de anos a chegar até nós. A detecção desta fulguração de raios gama também significa que esta é das fulgurações de raios gama intrinsecamente mais brilhantes de sempre.
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Buraco negro à procura de uma casa

2005-09-16
Com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) e do VTL (ESO), um grupo de astrónomos estudou detalhadamente um conjunto de quasares e acabou por descobrir que um deles tinha características diferentes. Os quasares estão normalmente associados a galáxias de grande massa, que no seu núcleo contêm um gigantesco buraco negro activo, mas o quasar HE0450-2958, situado a 5 mil milhões de anos-luz, não apresenta indícios de possuir uma galáxia hospedeira. Os astrónomos falam da possibilidade de ter existido uma colisão entre uma galáxia espiral normal e um objecto exótico albergando um buraco negro, mas outras possibilidades não são descartadas.
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Ceres tem características semelhantes aos planetas terrestres

2005-09-15
1 Ceres, o maior asteróide da Cintura Principal de Asteróides, foi observado pelo Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) durante uma volta completa sobre si mesmo. As imagens revelaram que Ceres tem uma forma quase redonda, consistente com um interior diferenciado, tal como os planetas terrestres. As observações sugerem ainda a possibilidade de gelo de água debaixo da superfície. Este estudo vem contrariar a ideia que se tinha até agora de Ceres, um corpo homogéneo, que sofreu pouca evolução térmica. Tal como 4 Vesta, o segundo maior asteróide da Cintura, afinal Ceres também sofreu diferenciação devido a variações térmicas nas condições da nebulosa solar e a sua estrutura pode incluir um núcleo rochoso, um manto de gelo e uma fina crosta de poeira.
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Discos circunstelares em proto-estrelas de massa elevada

2005-09-07
Duas teorias concorrentes tentam explicar como se formam estrelas de massa elevada: ou têm origem na fusão de objectos estelares jovens de pouca massa, ou o seu processo de formação é semelhante ao de estrelas de pouca massa, através da acreção de matéria de um disco circunstelar. Dois trabalhos recentes vêm dar força a esta última teoria. Num dos estudos, os cientistas detectaram um disco achatado de material a orbitar uma proto-estrela de 15 massas solares, utilizando observações em comprimentos de onda submilimétricos. O segundo estudo mostra como imagens de luz polarizada no infravermelho próximo podem revelar um disco circunstelar em torno do objecto de Becklin-Neugebauer, uma conhecida proto-estrela de 7 massas solares.
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