Colisão da Deep Impact observada pelos grandes telescópios no Havai
2005-07-14
Em cima: imagens no infravermelho intermédio (11,6 µm), em em falsa cor, do cometa Tempel 1, antes e depois do impacto, obtidas com a câmara Michelle, no Telescópio Gemini Norte. Crédito: Gemini Observatory/AURA. Em baixo: imagens no infravermelho intermédio, a 10,5 µm, dois dias antes do impacto e duas horas após o impacto, obtidas com a câmara COMICS, no Telescópio Subaru. Crédito: Honda et al./Subaru Telescope, NAOJ (esq.); Sugita et al./Subaru Telescope, NAOJ (dir.).
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
escolheu a hora da colisão do impactor da missão Deep Impact com o cometaEntidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
cometa
Os cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
Tempel 1, no passado dia 4 de Julho, teve de ter em conta a localização dos grandes telescópios do Havai para estes poderem observar o evento.
Os cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
O Observatório W. M. Keck
W. M. Keck Observatory
O Observatório W. M. Keck é operado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e pela NASA, e encontra-se localizado em Mauna Kea, no Havai. O observatório é constituído por dois telescópios gémeos de 10 metros, o Keck I e o Keck II.
, o Telescópio SubaruO Observatório W. M. Keck é operado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e pela NASA, e encontra-se localizado em Mauna Kea, no Havai. O observatório é constituído por dois telescópios gémeos de 10 metros, o Keck I e o Keck II.
Subaru Telescope
O Telescópio Subaru é um telescópio óptico e de infravermelhos, com um espelho de 8,2 m de diâmetro. O Subaru encontra-se no Observatório de Mauna Kea, no Havai, e é operado pelo Observatório Astronómico Nacional do Japão – NAOJ e pelo Instituto Nacional de Ciências Naturais.
e o Telescópio Gemini NorteO Telescópio Subaru é um telescópio óptico e de infravermelhos, com um espelho de 8,2 m de diâmetro. O Subaru encontra-se no Observatório de Mauna Kea, no Havai, e é operado pelo Observatório Astronómico Nacional do Japão – NAOJ e pelo Instituto Nacional de Ciências Naturais.
Observatório Gemini
O Observatório Gemini é constituído por dois telescópios idênticos de 8,1 metros, um no Observatório de Mauna Kea, no Havai (Gemini Norte) e outro no Cerro Pachón, no Chile (Gemini Sul). As localizações estratégicas dos telescópios providenciam uma cobertura total do céu do Norte e do Sul. O Gemini é um consórcio internacional entre os Estados Unidos da América, o Reino Unido, o Canadá, o Chile, a Austrália, a Argentina e o Brasil, e é operado pela AURA.
uniram-se num esforço coordenado, tirando o maior partido possível das capacidades de cada um. A divisão de objectivos foi a seguinte:
O Observatório Gemini é constituído por dois telescópios idênticos de 8,1 metros, um no Observatório de Mauna Kea, no Havai (Gemini Norte) e outro no Cerro Pachón, no Chile (Gemini Sul). As localizações estratégicas dos telescópios providenciam uma cobertura total do céu do Norte e do Sul. O Gemini é um consórcio internacional entre os Estados Unidos da América, o Reino Unido, o Canadá, o Chile, a Austrália, a Argentina e o Brasil, e é operado pela AURA.
- O Subaru tentará caracterizar a superfície do cometa determinando o tamanho e a distribuição da poeira solta pela colisão, através de imagens no infravermelho intermédio
infravermelho intermédio
Região do espectro electromagnético compreendida entre os comprimentos de onda de 5 e 40 mícrones. Esta banda permite observar astros ou fenómenos com temperaturas entre 92 e 740 graus Kelvin.
a uma velocidade de até 10 imagens por segundo;
Região do espectro electromagnético compreendida entre os comprimentos de onda de 5 e 40 mícrones. Esta banda permite observar astros ou fenómenos com temperaturas entre 92 e 740 graus Kelvin.
- Os Telescópios Keck I e II determinarão a composição dos gelos cometários e da poeira sob a superfície do cometa através de espectroscopia de alta resolução;
- O Gemini Norte monitorizará a composição da poeira à volta do cometa, através de observações no infravermelho
infravermelho
Região do espectro electromagnético compreendida entre os comprimentos de onda de 0,7 e 350 mícrones. Esta banda permite observar astros, fenómenos, ou processos físicos com temperaturas entre 10 e 5200 graus Kelvin.
intermédio, antes, durante e após o impacto.
Região do espectro electromagnético compreendida entre os comprimentos de onda de 0,7 e 350 mícrones. Esta banda permite observar astros, fenómenos, ou processos físicos com temperaturas entre 10 e 5200 graus Kelvin.
Os dados recolhidos pelos Telescópios são em quantidade e qualidade suficiente para entreter os astrónomos durante vários anos. Mas entretanto, algumas análises preliminares já começaram a sugerir resultados interessantes. Por exemplo, a análise preliminar de alguns dados obtidos com o Telescópio Gemini Norte concluem que as observações espectroscópicas no infravermelho intermédio indicam fortemente a presença de silicatos, ou material rochoso, exposto pelo impacto. As propriedades da luz infravermelha intermédia do cometa Tempel 1 foram completamente alteradas após o impacto: para além do aumento de brilho
brilho
O brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
, por um factor de 4, cinco minutos após a colisão, o cometa parecia um objecto totalmente diferente. É possível que se estejam a ver silicatos cristalinos, que até podem ser semelhantes a areia das praias! Uma análise mais profunda dos dados hão-de revelar o tamanho e a composição dos grãos e ajudará a perceber as semelhanças e diferenças entre o material dos cometas e dos outros corpos do Sistema SolarO brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
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O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
Pode encontrar mais informação sobre a missão Deep Impact nas
notícias de 8/07/2005, 8/07/2005, 4/07/2005, 4/07/2005 e 1/07/2005
e nos sites oficiais da NASA
http://www.nasa.gov/mission_pages/deepimpact/main/index.html
e do Laboratório de Propulsão a Jacto
http://deepimpact.jpl.nasa.gov/home/index.html
Fonte da notícia: http://www.gemini.edu/index.php?option=content&task=view&id=139