Planetas Gigantes
Os quatro planetas gigantes do Sistema Solar, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Júpiter é o maior de todos, com um diâmetro de onze vezes o diâmetro da Terra. Crédito: NASA
Os gigantes têm atmosferas muito extensas, compostas principalmente pelo elemento mais leve que existe no universo: o hidrogénio, não na sua forma atómica (H), mas na sua forma molecular (H2). A seguir ao hidrogénio vem o hélio (He), seguido por metano (CH4), e outras espécies em quantidades muito baixas. No entanto, estas espécies, chamadas espécies menores, são de grande importância para a química, física e meteorologia das atmosferas. Elas contam também uma parte da história da formação e evolução dos planetas.
É a luz do Sol reflectida pelas nuvens e dispersada pelas moléculas na atmosfera que se vê quando se olha para um planeta gigante. Continuamos a não saber com certeza a composição destas nuvens, embora existam cada vez mais observações e modelos que ajudam a resolver esta questão. As nuvens, pela sua distribuição, mostram os movimentos de ar na atmosfera, tal como acontece na atmosfera terrestre.
Satélites têm os planetas gigantes em abundância: várias dezenas cada um! São mundos distintos, com as mais diversas paisagens imagináveis e inimagináveis! Alguns deles são de tal tamanho que, se orbitassem o Sol directamente, teriam sido contados entre os (agora oito) planetas principais do Sistema Solar.
Todos os planetas gigantes têm anéis, mais ou menos desenvolvidos. Saturno é sem dúvida o grande Senhor nesse aspecto. Os anéis são compostas por muitos calhaus com tamanhos entre metros e quilómetros, que orbitam o planeta. Visto de longe, parecem formar um disco: o anel. É provável que sejam o entulho da formação dos planetas gigantes e os seus satélites.
A nave espacial Voyager. Crédito: NASA
Júpiter é o primeiro planeta gigante a partir do Sol, o maior e o de massa mais elevada de todos.
As observações feitas deste planeta desde que Galileo Galilei apontou a sua luneta para ele em 1610 mostraram como a sua atmosfera é dinâmica e rica em fenómenos meteorológicos. Júpiter tem quatro satélites grandes. Em ordem de distância crescente são Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Até aos anos 80 eram apenas pontinhos, mas depois das sondas Voyager 1 e 2 terem passado em 1979 e 1980, revelaram-se como mundos extraordinários.
Autoria: | Maarten Roos-Serote Observatório Astronómico de Lisboa |