Os continentes formaram-se mais cedo do que se pensava

2005-11-28
A ideia de que os tempos primordiais da Terra foram infernais está sendo abandonada à medida que se reunem evidências de que o ambiente, logo após a formação da Terra, rapidamente arrefeceu e permitiu a existência de água líquida e crostas continentais. Um trabalho recente sugere que os continentes começaram a desenvolver-se durante os primeiros 100 milhões de anos da história da Terra, enquanto as teorias convencionais apontavam para um longo período de formação dos continentes com início cerca de 500 milhões de anos após a formação da Terra. O estudo baseia-se na análise de isótopos de háfnio em zircões do oeste australiano, com 4 a 4,35 mil milhões de anos - constituem o registo geológico mais antigo na Terra – que aponta para a presença de porções significativas de crosta continental praticamente desde a formação da Terra.
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Uma estrela veloz

2005-11-24
Observações realizadas com o VLT, inseridas num projecto do ESO e do Observatório de Hamburgo para um levantamento do céu no hemisfério sul, levaram à descoberta de uma estrela jovem, de grande massa, movendo-se a uma velocidade de 2,6 milhões de quilómetros por hora, através do halo exterior da Via Láctea e em direcção ao espaço intergaláctico. A sua posição no céu leva os astrónomos a sugerir que esta estrela pode ter sido expelida da Grande Nuvem de Magalhães, o que pode vir a fornecer uma evidência indirecta da existência de um buraco negro de grande massa no centro desta galáxia vizinha da Via Láctea.
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Remanescentes de supernovas criam ilusão

2005-11-18
Observações de DEM L316 realizadas pelo Observatório de Raios-X Chandra (NASA) mostraram que este objecto é o remanescente de duas supernovas distintas. Os dados obtidos em diferentes comprimentos de onda dos raios-X revelaram que a composição química das duas bolhas é totalmente distinta, o que implica que cada bolha é o remanescente de um certo tipo de supernova. Num dos casos, trata-se de um remanescente de supernova do Tipo Ia, e no outro, do Tipo II. A diferença de idade das estrelas que estão na origem de cada tipo de supernova faz com que o facto dos dois remanescentes estarem próximos um do outro seja um puro acaso.
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Líquenes sobrevivem no espaço

2005-11-16
De acordo com os resultados de uma experiência realizada durante a missão Foton-M2 (ESA), os líquenes, uma associação simbiótica de fungos e algas clorofíceas, têm a capacidade de resistir a uma exposição total às duras condições ambientais do espaço aberto, especialmente aos elevados níveis de radiação ultravioleta. Na procura de organismos vivos em outros planetas, ou no estudo da possibilidade de transferência de vida entre planetas, os investigadores têm centrado as suas pesquisas nas bactérias, que são organismos muito mais simples que os líquenes. Esta descoberta vem, assim, abrir novos horizontes para experiências futuras.
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Lançamento da Venus Express

2005-11-11
A sonda Venus Express foi lançada com sucesso a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 3h33m (tempo universal) do dia 9 de Novembro de 2005. O foguete Soyuz-Fregat foi encarregue de transportar a sonda para o espaço e colocá-la na órbita de Vénus, numa viagem com a duração de 153 dias. Uma vez capturada pela órbita de Vénus, a Venus Express levará 5 dias em manobras até atingir a órbita operacional: uma órbita elíptica polar de 24 horas. A missão tem como objectivos o estudo da atmosfera venusiana, do ambiente de plasma e da superfície de Vénus em grande detalhe.
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Eta Carinae tem uma companheira quente

2005-11-07
Os cientistas puderam, pela primeira vez, confirmar a existência de uma estrela companheira de Eta Carinae - uma das estrelas de maior massa e das mais invulgares da Galáxia. Este sucesso ocorreu graças a observações realizadas com o satélite FUSE (NASA) no ultravioleta longínquo e porque a estrela companheira é muito quente e emite nesta região do espectro electromagnético. A periocidade da variação da intensidade da luz de Eta Carinae, em vários comprimentos de onda, já tinha permitido inferir a existência de uma companheira, numa órbita de 5,5 anos em torno da estrela principal, mas os cientistas não possuíam provas concretas. As observações do FUSE trouxeram a evidência directa final que os cientistas há muito procuravam.
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Terá Plutão três luas?

2005-11-03
Observações realizadas pelo Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) parecem indicar que Plutão, o menor e mais longínquo planeta do nosso Sistema Solar, tem três luas e não só uma (Caronte), como até agora se pensava. Os dois candidatos a satélites de Plutão, S/2005 P1 e S/20005/P2, são 5000 vezes menos brilhantes do que o planeta e encontram-se a cerca de 44 000 km deste. A equipe de astrónomos responsável por esta descoberta já tem agendado mais observações com o Hubble para Fevereiro, de forma a poder confirmar definitivamente a presença destes satélites. As imagens do Hubble são as mais sensíveis de sempre do sistema de Plutão, tornando muito pouco provável a presença de mais alguma lua de Plutão com pelo menos 15 km de diâmetro.
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