Rasto de buracos negros e estrelas de neutrões indicam uma colisão antiga

2003-12-30
Uma imagem da galáxia elíptica NGC 4261, obtida pelo observatório de raios-X Chandra (NASA), revelou um rasto de dezenas de buracos negros e estrelas de neutrões com mais de 50.000 anos-luz de extensão. Pensa-se que esta estrutura espectacular representa o resultado da destruição de uma galáxia menor que foi desfeita pelas forças gravitacionais de NGC 4261, há alguns milhares de milhões de anos.
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XMM-Newton põe em dúvida a existência de energia escura

2003-12-29
Observações em raios-X obtidas com o XMM-Newton (ESA) desafiam a nossa actual compreensão da natureza do Universo. Num levantamento de enxames de galáxias distantes, o XMM-Newton encontrou diferenças inesperadas entre os enxames de galáxias de hoje e os que existiam no Universo há cerca de sete mil milhões de anos. Alguns investigadores interpretam o resultado como evidência de que a energia escura, que a maioria dos astrónomos acredita dominar o Universo, simplesmente não existe.
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Pulsares trazem boas notícias aos caçadores de ondas gravitacionais

2003-12-26
Pares de estrelas de neutrões podem fundir-se e dar origem a uma torrente de ondas gravitacionais seis vezes mais frequentemente do que se pensava. Se assim for, a geração actual de detectores de estrelas de neutrões poderá ser capaz de registar acontecimentos destes cada um ou dois anos, em vez de uma vez cada década - a previsão mais optimista até agora. As ondas gravitacionais foram previstas pela Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein. Os astrónomos têm indicações indirectas da sua existência, mas nunca as detectaram directamente.
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Observada a mais distante galáxia activa em formação de estrelas

2003-12-24
Observações realizadas com o radiotelescópio VLA revelaram gás de HCN na galáxia Folha de Trevo, o que é indicador de gás suficientemente denso para uma grande actividade de formação estelar. A 11 mil milhões de anos-luz, esta é a galáxia mais longínqua até agora observada com sinais de rápida e intensa formação de estrelas. A taxa de formação de estrelas é 300 vezes superior à da Via Láctea e poderá ser representativa do Universo jovem, pois estamos a observar a galáxia Folha de Trevo como era quando o Universo só tinha 20% da sua idade actual.
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Sistema planetário à volta de Vega poderá ser semelhante ao nosso Sistema Solar

2003-12-23
Vega, uma das estrelas mais brilhantes do céu, possui um disco de poeira à sua volta cujo estudo tem revelado a possibilidade de um planeta a orbitá-la. Agora, uma equipa de astrónomos do Centro de Tecnologia em Astronomia do Observatório Real de Edimburgo, no Reino Unido, realizou um estudo que mostra que o sistema planetário à volta de Vega poderá ser o mais semelhante ao nosso próprio Sistema Solar até agora descoberto. Baseando-se em observações do SCUBA e em modelos computacionais, o estudo concluiu que Vega provavelmente possui um planeta do tipo Neptuno a uma distância aproximada da distância que Neptuno tem do Sol.
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Expansão do Universo acelerou há 5 mil milhões de anos

2003-12-22
Com base em observações de explosões de supernova de tipo Ia muito remotas, os astrónomos descobriram que o Universo não se terá expandido sempre com a mesma rapidez ao longo da sua história cósmica. De acordo com estudos recentes, realizados pelo High-Z Supernova Search Team, o Universo parece ter acelerado a sua expansão nos últimos 5 mil milhões de anos. Este resultado é consistente com a teoria segundo a qual o Universo é permeado por uma energia escura repulsiva.
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Descoberto um casulo gigante à volta de uma estrela de grande massa muito jovem

2003-12-19
Um grupo internacional de astrónomos, que inclui os Doutores Nanda Kumar e Amadeu Fernandes, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), descobriu um envelope ou disco gigante de gás resplandecente com mais de meio ano-luz, iluminado por ondas de choque causadas por ventos a moverem-se até 360000 km/h. O disco está em órbita de uma estrela de grande massa, conhecida como IRAS 07427-2400, situada a 20.000 anos-luz da Terra. Os resultados deste trabalho mostram que o resplendor do disco que rodeia IRAS 07427-2400 provém de hidrogénio molecular e de ferro ionizado.
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Ventos galácticos alcançam distâncias maiores do que se julgava

2003-12-18
Há muito que os astrónomos acreditam que o Universo é constituído por galáxias que não são independentes umas das outras, nem do meio à sua volta. O vento galáctico faz parte desta conexão entre galáxias. Uma equipa de astrónomos estudou, em raios-X e no óptico, o vento galáctico de 10 galáxias distantes, que distam de nós entre 20 e 900 milhões de anos-luz. Constataram que o vento galáctico pode ter efeitos até uma distância de pelo menos 65000 anos-luz desde o centro da galáxia, ou seja, alcança distâncias maiores do que se pensava.
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Satélite da NASA mede a Terra

2003-12-17
O satélite da NASA Ice, Cloud and land Elevation Satellite (ICESat) mediu muito recentemente, com o segundo dos seus três instrumentos de LASER, as calotes polares, nuvens, montanhas e florestas na Terra. A uma velocidade de cerca de 10 000 km/h, este satélite fornece-nos dados sobre a estrutura vertical da superfície terrestre com uma precisão sem precedentes.
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Maior estrela da nossa Galáxia envolta num casulo em forma de bola de râguebi

2003-12-16
Desde 1841, quando a até então discreta estrela Eta Carina sofreu uma espectacular erupção, que os astrónomos se têm interrogado sobre o que se está exactamente a passar nesta gigante e instável estrela. No entanto, devido à sua distância considerável, 7500 anos-luz, os pormenores da estrela em si têm estado para além das capacidades observacionais. Agora, recentes observações realizadas no infravermelho com o Very Large Telescope Interferometer (VLTI), do ESO, indicam que o vento de Eta Carina é extremamente alongado e que a estrela é altamente instável devido à sua rotação rápida.
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“A Grande Morte”: novo estudo culpa um meteorito pela maior extinção na Terra

2003-12-15
Há 251 milhões de anos, muito antes da era dos dinossauros, o planeta sofreu uma extinção maciça, conhecida por “A Grande Morte”, em que 90% da vida na Terra desapareceu. A causa desta extinção tão severa tem sido motivo de debate há mais de uma década. Agora, uma equipa de investigadores descobriu mais evidências que apontam como culpado um grande impacto de um meteorito. O meteorito seria muito antigo, da altura em que o Sistema Solar ainda se encontrava em formação.
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Descobertos indícios da existência de lagos de hidrocarbonetos em Titã

2003-12-12
Observações realizadas com o grande radiotelescópio de Arecibo (NAIC), em Porto Rico, permitiram penetrar na espessa atmosfera de Titã, a maior das luas de Saturno, revelando os primeiros indícios de que podem existir lagos de hidrocarbonetos na sua superfície. O estudo é conduzido por uma equipa liderada por astrónomos da Universidade de Cornell (EUA).
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Estrutura geológica na superfície marciana sugere que rios fluíram em Marte no passado

2003-12-11
Fotografias obtidas pela Mars Orbiter Camera, a bordo da Mars Global Surveyor (NASA/JPL), revelam uma estrutura geológica indicadora da existência, no passado, de cursos de água líquida na superfície de Marte. A estrutura, em forma de leque, é o depósito de sedimentos transportados pela água, que endureceram e formaram rochas sedimentares. As cristas que formam o leque são o que resta dos canais de água; o seu padrão sugere que esta estrutura pode ter sido, na verdade, um delta, o que significa que, noutros tempos, existiam lagos em Marte. Dado que a atmosfera de Marte não permite que água líquida subsista na superfície marciana, a persistência de água líquida em Marte no passado é uma evidência de que, nessa altura, o clima era mais ameno do que é hoje.
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A morte de uma estrela em directo

2003-12-10
Uma equipa de astrónomos liderada por R. Sahai (Laboratório de Propulsão a Jacto, EUA) apanhou em flagrante uma estrela a morrer. A estrela V Hydræ é uma estrela de pouca massa, próxima de nós, e encontra-se nos últimos estágios da sua vida, exactamente quando o seu material começa a ser lançado para o espaço em jactos de alta velocidade; dentro de algumas centenas de anos, transformar-se-á numa nebulosa planetária. As observações de V Hydrae realizadas com o espectrógrafo STIS do Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA) representam a primeira vez que se detectam directamente jactos em nebulosas planetárias e espera-se que um estudo prolongado deste objecto ajude a compreender como são moldadas as nebulosas planetárias.
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Estudo sistemático das impressões digitais de anãs castanhas

2003-12-08
Astrónomos da Universidade da Califórnia em Los Angeles obtiveram o primeiro levantamento sistemático da presença de metano na atmosfera de mais de 50 anãs castanhas, utilizando dados do telescópio Keck II, do Observatório W. M. Keck, no Havai (EUA). Este estudo baseia-se numa análise espectral no domínio do infravermelho próximo, ente 1 e 2 mícrones, da luz de anãs castanhas situadas na vizinhança do Sol, a menos de 100 anos-luz de distância.
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A matéria escura forma grumos densos no Universo fantasma

2003-12-05
A matéria escura tem sido um problema que persiste na astronomia desde há mais de 30 anos. Estrelas pertencentes a galáxias e galáxias pertencentes a aglomerados movem-se de uma maneira que indica que há mais matéria que aquela que podemos ver. Estudos recentes indicam que a matéria escura não está distribuída numa neblina uniforme envolvendo aglomerados de galáxias mas que forma grumos que superficialmente parecem as galáxias e aglomerados globulares que vemos no nosso Universo luminoso. Um novo estudo mostra que o movimento da matéria escura é semelhante ao movimento Browniano, a trajectória em zig-zag que as partículas de pólen percorrem quando flutuam na água, empurradas por moléculas de água que colidem com elas.
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Primeiras medições da altura das rugas do solo marciano

2003-12-04
Para além de ter o maior vulcão e o maior sistema de desfiladeiros do Sistema Solar, Marte possui também na sua superfície pequenas ondulações (designadas por pregas ou rugas), provocadas pelo vento, com duas vezes a altura das pregas de areia aqui na Terra. As medições obtidas recentemente a partir de imagens da sonda Mars Global Surveyor (NASA) foram apresentadas em Novembro no encontro anual da Sociedade Americana de Geologia, em Seattle (EUA).
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Primeiro estudo da evolução da polarização do pós-resplendor de uma fulguração de raios gama

2003-12-03
A fulguração de raios gama GRB 030329, descoberta em Março deste ano, deu origem a extensos estudos do seu pós-resplendor, observado por várias equipas de astrónomos utilizando diversos instrumentos. Uma das consequências mais importantes das observações realizadas foi o estabelecimento da ligação directa entre fulgurações de raios gama e as hipernovas. Agora, um artigo publicado na revista Nature descreve um estudo detalhado do comportamento da polarização da radiação do pós-resplendor óptico de GRB 030329. Este é o primeiro estudo temporal da polarização do pós-resplendor de uma fulguração de raios gama e os seus resultados são bastante enigmáticos.
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Novas observações desdizem a presença de gelo espesso nos pólos lunares

2003-12-02
Recentes observações realizadas com o sistema de radar do Observatório de Arecibo, no comprimento de onda de 70 cm, não mostraram sinal da presença de gelo espesso nos pólos lunares. Este resultado vem contrariar as evidências apresentadas por duas sondas espaciais no final da década de 90, a Clementine e a Lunar Prospector. A análise do chão de crateras nos pólos da Lua, que se encontram permanentemente na sombra, não revelou espessas camadas de gelo até 5 metros de profundidade.
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