NUCLIO acompanhou a colisão da Deep Impact em directo no Instituto Geográfico do Exército

2005-07-05

Instituto Geográfico do Exército, 4 de Julho de 2005: sessão de acompanhamento da missão Deep Impact, em directo com a ESA-TV; um painel de cientistas portugueses comentou o evento e respondeu a questões da assistência. Crédito: Mário Ramos/NUCLIO.
O NUCLIO, em parceria com o Instituto Geográfico do Exército, acompanhou ontem o desenrolar da missão Deep Impact quando esta cumpriu o objectivo para o qual foi concebida: a colisão do impactor da Deep Impact com o cometa
cometa
Os cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
Tempel 1.

A assistência começou a chegar ao Instituto Geográfico do Exército antes das 6h30 da manhã. A ESA-TV (canal de televisão da Agência Espacial Europeia
European Space Agency (ESA)
A Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
) transmitiu entrevistas aos principais responsáveis e cientistas da missão Deep Impact, algumas em directo, outras previamente gravadas, e foi mostrando o desenrolar dos acontecimentos no centro das operações para a missão, no Laboratório de Propulsão a Jacto (NASA
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
). A confirmação do sucesso da missão chegou pelas 6h55, quando se assistiu à comemoração nos EUA da recepção da primeira imagem confirmando o impacto desejado.

Membros do NUCLIO acompanharam a assistência, constituída por uma variedade de faixas etárias e profissões: crianças, estudantes universitários, professores, astrónomos amadores, jornalistas, entre outros. Um painel de cientistas portugueses voluntarizou-se para comentar os acontecimentos e dialogar com a assistência, esclarecendo as dúvidas que surgiam e as curiosidades que assaltavam a audiência: Pedro Lacerda (Investigador do Grupo de Astrofísica da Universidade de Coimbra), José Simões (Geofísico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), Orfeu Bertolami (Professor do Instituto Superior Técnico) e Miguel Moreira (Investigador do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa).

Pelo final da tarde, voltou a juntar-se audiência para acompanhar a última conferência de imprensa da NASA do dia 4. O evento prolongou-se até à noite e os últimos resistentes ainda subiram ao Observatório do IGeoE, e tentaram observar com a câmara de CCD o cometa Tempel 1.

O NUCLIO agradece a disponibilidade e preciosa colaboração do Instituto Geográfico do Exército. Um obrigado especial ao Sr. Tenente Coronel António Afonso e ao 1º Sargento Mário Ramos.

Pode encontrar mais informação sobre a missão Deep Impact no Portal:
notícias de 4/07/2005 e 4/07/2005 e 1/07/2005
e nos sites oficiais da NASA
http://www.nasa.gov/mission_pages/deepimpact/main/index.html
e do Laboratório de Propulsão a Jacto
http://deepimpact.jpl.nasa.gov/home/index.html