Pano de fundo

Alguns colegas suecos iniciaram o Global HOU (GHOU). Essa oportunidade surgiu no início dos anos 90, devido à colaboração entre os cientistas suecos da Universidade de Estocolmo e a Universidade de Berkeley que levaram para a Suécia as novidades sobre o projecto HOU. Bo-Goroeran Peterson, um administrador do Departamento de Física , Jan Engstedt, um professor sueco que já tinha ouvido falar do HOU e Christer Nilson, outro professor, queriam levar o projecto para a Suécia. Foi assim que HOU nasceu na Suécia, e alguns professores foram treinados. Jan e Christer continuaram a treinar professores. Nessa altura, antes dos subsídios da NSF para o treino de professores, rapidamente treinámos mais professores na Suécia do que em qualquer outro país, incluindo os Estados Unidos.

Nessa altura, quando o HOU parecia ir tão bem na Suécia, Jan Engstedt teve outra ideia – Que tal promover um encontro Global em Estocolmo na Suécia, com professores dos Estados Unidos, Suécia, Japão e outros professores europeus, para partilhar ideias e estratégias na forma de ensinar, recolher dados e como espalhar a ideia do HOU. Assim no verão de 1996 realizou-se o 1º Workshop Global HOU em Estocolmo e nascia a ideia “Global Hands on Universe”. O workshop foi pequeno, com cerca de 30 professores, cientistas e outros educadores, presentes.

Global HOU Workshop	Ano	Nº participantes	Comentários
Estocolmo, Suécia	1996	30	1º workshop GHOU
Misato, Japão	?	-	Fortalecimento do HOU no Japão
Sidney, Austrália	1999	-	Procura de local para telescópio HOU
Munique, Alemanha	2000	-	Decorreu no Deutsches Museum
Berkeley, Califórnia	2001	-	Workshop pequena para manter coerência do GHOU
Paris, França	2002	-	Renascimento do GHOU, bem organizado e participado, com fundos suficientes
São Petersburgo, Rússia	2004	50	Decorreu no histórico Observatório de Pulkovo. Alguns problemas logísticos, mas valeu a pena para promover o HOU na Rússia
Beijing, China	2005	60	Grande dinamismo do GHOU na China depois deste workshop. GHOU forte na China actualmente.
St. Michel, França	2006	60	Representação forte do EU-HOU e outras organizações HOU. Participação de novos parceiros (LCOGT, etc.) e novo papel para o GHOU.

País GHOU	Ano de entrada	Nº professores treinados até à data	Planos correntes
Suécia	1996	100	Participação no EU-HOU. Desenvolvimento da utilização em tempo real do rádio telescópio e de experiências na área da rádio-astronomia.
E.U.A.	1996	700	Esperando o ressurgimento de iniciativas para o treino de professores.
Japão	1996	150	Tentativa de incluir HOU no currículo japonês.
Rússia	1998	30	Fortalecimento das infra-estruturas no Observatório de Pulkovo. Desenvolvimento de recursos russos e professores piloto.
França	2000	40	Todos os recursos já existem, currículo, software e actividades. É possível um crescimento moderado.
Alemanha	2000	90	Difícil a integração no processo alemão de treino de professores, mas à medida que novos recursos e evidências de sucesso forem surgindo deverá tornar-se mais fácil.
Polónia	2003	90	Projecto cresceu devido aos esforços de um cientista, Lech Manchiewicz.
China	2004	Tem um Workshop planeado para Julho de 2007	Interesse em usar o HOU como modelo para um programa de ensino à distância em muitas escolas.
Paquistão	2004	Aderiu através do Workshop GHOU em São Petersburgo.	Está a construir uma pequena rede de telescópios.
Irlanda do Norte	2004	Aderiu através do Workshop GHOU em São Petersburgo.	Integração do GHOU nos currículos nacionais de astronomia.
Portugal	2005	Aderiu através do EU-HOU.	Grande expansão planeada.
Quénia	2006	Aderiu através do Workshop GHOU na Provença.	Ínicio do projecto em algumas escolas em Nairobi.

Pontos positivos do GHOU

O projecto Global Hands on Universe procura promover a educação dos jovens de todos os países do mundo. O projecto procura ajudar os jovens e professores na aprendizagem das ciências utilizando computadores, telescópios e dados astronómicos reais.

O projecto GHOU procura:

• Desenvolver um sistema internacional de educação em astronomia que desenvolve e partilha:
  • Currículo e actividades
  • Actividades “Hands-on”
  • Instrumentos simples de alta tecnologia, como astronomia com webcams
  • Métodos de treino de professores
  • Integração de astronomia “a sério” nos currículo dos vários países
  • Software de processamento de dados e imagens
  • Telescópios e redes de telescópios
  • Bases de dados e arquivo de imagens, espectros e outros dados astronómicos
  • A sabedoria e força de professores, cientistas e outros educadores, trabalhando em conjunto para o bem comum dos jovens
  • Técnicas de investigação cientifica para uma variedade de níveis de ensino
• Desenvolver um sistema internacional de educação em astronomia que promove nos jovens e professores:
  • A colaboração cientifica através de nações e salas de aula
  • A aprendizagem baseada na pesquisa e na análise critica de evidências
  • O envolvimento dos jovens a um nível respeitando a seu nível de desenvolvimento

Planos de crescimento do GHOU

Congregando os parceiros e materiais já desenvolvidos

É possível realizar muitas coisas com os recursos já existentes, mas existe também espaço para aprefeicoamentos e desenvolvimento dos materiais já existentes. Por exemplo, um impressionante número de parceiros e recursos está a congregar-se, graças a grandes contribuições de um número de grupos diferentes. As contribuições incluem o software (SalsaJ), actividades (E.U.A. e EU-HOU), redes de telescópios (LCOGT – Las Cumbres Observatory Global Telescope Network – que não é parte do GHOU, mas é uma organização que colabora com o projecto), o Sloan Digital Sky Survey e um número de outras bases de dados astronómicas, várias outra redes de telescópios (incluindo a rede do US-HOU, MONET, etc.). Todas estas organizações comprometerma-se a trabalhar em conjunto com estudantes de todo o mundo. Mas alguns destes materiais, páginas de internet, sistemas de acesso, sistemas de partilha e agendamento, não estão suficientemente maduros nem preparados para uma distribuição mundial. Portanto é necessário desenvolver esforços no desenvolvimento destas ferramentas e materiais de forma a torná-las mais robustas, amigas do utilizador e realmente uteis para uma utilização educativa.

Os parceiros deste projecto são impressionantes, mas é necessário promover wokshops de treino de professores em todos os países, promover a introdução da astronomia nos curriculos nacionais e/ou locais, e providenciar respostas e apoio para os parceiros, novos e antigos. Por exemplo, o GHOU no Quénia está prestes a dar ínicio a um programa piloto. Isto implica a realização de um workshop de treino, providenciar materiais e apoio de outros parceiros do GHOU. Este é um processo que está a decorrer neste momento e acreditamos que será uma sucesso. De forma semelhante a China é um parceiro muito empenhado e capaz com um apoio crescente para o desenvolvimento de um programa GHOU alargado. Portanto os parceiros GHOU no resto do mundo devem apoiar este processo, pois o número de estudantes envolvido que pode ser favorávelmente motivado é muito grande. Na realidade está já na fase de planeamento um workshop de treino de professores na China.

Centros Global HOU

Está a tornar-se claro que a gestão dos materiais, a utilização dos dados astronómicos, currículos e actividades, o treino de professores, etc., é um trabalho imenso, com um impacto enorme, se efectuado de forma correcta. Acreditamos que uma rede de Centros Regionais GHOU é necessária. Estes centros poderiam, por exemplo, providenciar o desenvolvimento de materiais de treino e software, um pouco como o que sucedeu com o projecto EU-HOU, e o desenvolvimento do software SalsaJ. disponibilizado para todo o mundo. Cada centro seria responsável pelo treino dos professores no continente respectivo e ajudaria no desenvolvimento do projecto GHOU nas nações do continente. Nesta visão caberiam a criação de centros na Europa, Ásia, Américas do Norte e Sul e África. Estes centros poderiam ser a base de um dos mais poderosos sistemas educativos do mundo.

Recursos extremamente atractivos em muitas situações

A aprendizagem e inspiração podem acontecer em muitas situações e de formas diferentes. O GHOU pretende ir ao encontro da sua audiência, jovens e adultos, providenciando materiais que funcionem para eles. Por exemplo, pretendemos adaptar as experiências aos curriculos nacionais e vice-versa. Pretendemos desenvolver um sistema de jogo, “para depois das aulas”, que permita ao GHOU penetrar, de alguma forma, no mundo dos jogos. Pretendemos desenvolver actividades que sejam interessantes e motivantes e possam ser utilizadas fora da escola. Pretendemos que os jovens e os seus pais possam utilizar o GHOU nas suas casas.

Ideias, planos e alguns passos iniciais de tudo o que foi descrito estão em desenvolvimento. Mas é necessário ainda muito esforço para colocar este processo em movimento até ao ponto em que poderá andar pelo seu próprio pé. Mas declarar as nossas intenções e caminhar na sua direcção é um primeiro passo essencial para a sua concretização.