Saturno reflecte raios-X solares

2005-05-27
Observações levadas a cabo com o Observatório de Raios-X Chandra (NASA) sugerem que Saturno, tal como Júpiter, reflecte os raios-X solares. A descoberta resulta da primeira observação de uma fulguração de raios-X reflectida pelas baixas latitudes de Saturno, numa região correspondente ao equador e trópicos terrestres. Apesar de Saturno reflectir menos de 0,1% da radiação X incidente, os cientistas acreditam que podem utilizar este planeta, assim como Júpiter, para monitorizar a actividade solar.
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Tempestade de protões alcança a Terra em tempo recorde

2005-05-26
Uma fulguração solar, ocorrida a 20 de Janeiro, surpreendeu os cientistas, pois minutos depois do primeiro sinal, a chuva de protões atingiu a intensidade máxima aqui na Terra. O intervalo de tempo entre os dois acontecimentos é geralmente de algumas horas. A rapidez com que os protões alcançaram a Terra e a análise do seu espectro de energia leva os cientistas a concluir que estes protões tiveram origem no Sol e não nas ondas de choque no espaço interplanetário. Este evento obriga a rever a teoria das tempestades de protões aqui na Terra, assim como reforça a necessidade de se preverem as fulgurações solares se quisermos enviar seres humanos para o espaço.
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Uma estrela embrionária muito precoce

2005-05-19
Num berçário de estrelas, localizado na região de R Corona Australis, a 500 anos-luz da Terra, uma estrela embrionária está a emitir um brilho vigoroso de raios-X, exibindo um comportamento que parece demasiado precoce para a sua idade. As estrelas formam-se por colapso gravitacional de uma nuvem fria de gás e poeira, mas o estranho procedimento desta proto-estrela revela que alguma outra coisa, para além da gravidade, pode estar envolvida no processo de formação. Os cientistas consideram a hipótese de campos magnéticos poderem estar a acelerar a queda de matéria em direcção ao núcleo da nuvem, produzindo, no processo, altas temperaturas e raios-X.
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Resolvido enigma do desvio da calote do pólo Sul de Marte

2005-05-18
Uma equipa de cientistas da NASA resolveu um mistério antigo ao descobrir que a calote de gelo do pólo Sul de Marte está desviada do pólo Sul geográfico devido a dois climas polares muito diferentes. O tempo meteorológico gerado por dois climas regionais marcianos, cada um no seu lado do pólo Sul, cria condições que fazem com que o gelo do pólo Sul congele numa calote cujo centro se encontra a cerca de 150 km do verdadeiro pólo Sul.
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Nebulosa solar teve um tempo de vida de dois milhões de anos

2005-05-12
O conteúdo de oxigénio e magnésio de alguns dos objectos mais antigos do Universo está a fornecer pistas para o tempo de vida da nebulosa solar, a massa de gás e poeira que levou à formação do nosso Sistema Solar. Uma equipa de cientistas mediu a diferença de idade entre um côndrulo e uma inclusão rica em cálcio e magnésio (CAI) de um meteorito primitivo, o Allende, e mostrou que esta está directamente relacionada com a idade da nebulosa solar. O estudo conclui que a nebulosa solar teve um tempo de vida de dois milhões de anos.
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Febe, um intruso no sistema de Saturno

2005-05-12
Febe, a mais distante das grandes luas de Saturno, é um intruso no sistema saturniano. Esta confirmação vem da análise das observações realizadas pela sonda Cassini (NASA), embora há muito que as propriedades orbitais invulgares de Febe o sugerissem. Duas cartas publicadas na revista Nature apresentam argumentos em como Febe tem características, em termos de composição, semelhantes a Plutão e a objectos da Cintura de Kuiper. Febe ter-se-á formado nas regiões mais externas do Sistema Solar e mais tarde terá sido capturada pelo campo gravítico de Saturno.
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A silhueta do invólucro de uma estrela jovem

2005-05-11
Uma equipa de investigadores do Japão e da China observou o invólucro de uma estrela jovem, M17-SO1. Observações no infravermelho permitiram descobrir a silhueta do invólucro da estrela sobre o fundo brilhante da nebulosa Omega, um conhecido berçário estelar. Combinando observações no infravermelho próximo e intermédio, realizadas pelo telescópio Subaru (NAOJ), e no rádio, realizadas pelo NMA (NAOJ), os investigadores identificaram uma estrutura multicomponente no invólucro. À volta da estrela recém-formada, expande-se um toro de gás e poeira, e, de ambos os pólos, saem camadas cónicas de matéria. O estudo do invólucro é essencial para compreender a formação de discos protoplanetários.
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"Estrela Maravilhosa" revela a sua natureza quente

2005-05-05
O Telescópio Espacial de Raios-X Chandra (NASA) conseguiu, pela primeira vez, obter uma imagem de um binário de estrelas em interacção. O sistema estudado é Mira AB, formado pela gigante vermelha Mira A, também conhecida como “Estrela Maravilhosa”, e por uma anã branca, Mira B. Os cientistas observaram uma fulguração de raios-X e foram surpreendidos ao determinarem, com a ajuda de uma imagem em ultravioleta conseguida pelo Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA), que esta teve origem na estrela gigante - até agora, supunha-se que toda a radiação X do sistema provinha da anã branca. As observações revelaram ainda a presença de um fluxo de material quente entre as duas estrelas, o que significa que, para além de capturar material do vento estelar produzido por Mira A, Mira B pode estar a extrair directamente para o seu disco de acreção material de Mira A.
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Primeira imagem de um planeta extra-solar

2005-05-03
Em Abril de 2004, uma equipa de astrónomos, liderada por C. Chauvin, anunciou ter obtido uma imagem de um planeta extra-solar, que orbita a jovem anã castanha, 2M1207. A imagem foi capturada com o instrumento de óptica adaptativa NACO, associado ao telescópio Yepun do VLT (ESO). Mas só agora, um ano depois, é que os astrónomos reuniram provas que deitam abaixo qualquer dúvida de que se trata efectivamente de um companheiro da anã castanha. A imagem de Abril de 2004 ficará para a história como a primeira imagem de um planeta extra-solar, 2M1207b. Com um brilho mais de cem vezes menor do que a anã castanha, 2M1207b tem uma massa até 5 vezes a massa de Júpiter e orbita a uma distância quase duas vezes a distância de Neptuno ao Sol. A descoberta de outros dois companheiros de estrelas jovens - AB Pic b e GQ Lupi b - também recentemente detectados em imagens, indica que os projectos em curso estão no caminho certo para fotografar planetas extra-solares e antevê-se um número crescente de detecções.
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