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"O segredo da criatividade está em saber esconder as suas fontes."- Albert Einstein
Demitiu-se o director de Ciência da NASA
2008-04-11
S. Alan Stern, nomeado há cerca de um ano para o cargo, e também conhecido pela sua participação na missão New Horizons para Plutão, demitiu-se há pouco tempo.. Numa apresentação recente feita pelo próprio na reunião de Março do MEPAG (Mars Exploration Program Analysis Group, um grupo semi-informal que conduz estudos sobre o programa americano de exploração do planeta vermelho), Stern apresentou um panorama bastante sombrio sobre o futuro da exploração marciana. O problema, basicamente, prende-se com a falta de dinheiro, em parte devida às “derrapagens” nos custos de programas em execução (não, estas coisas não acontecem só em Portugal!...); por exemplo, o Mars Science Laboratory, o novo rover da NASA, com lançamento previsto para 2009, está com gastos de cerca de 200 milhões de dólares acima do previsto. E a missão pode mesmo vir a ser adiada para 2011.
A solução apontada por Stern (e vivamente contestada pela comunidade “marciana”) conduzia a uma forte redução no esforço americano de exploração de Marte nos próximos anos. E começava imediatamente, com a redução das verbas atribuídas para a continuação das missões dos rovers Spirit e Opportunity, que percorrem a superfície do planeta há já quatro anos. A instituição responsável por esta missão, o JPL (Jet Propulsion Laboratory, na Califórnia), é das mais poderosas a nível político; e, por outro lado, os rovers são verdadeiras estrelas para a comunicação social e para o público americano. Ainda por cima, o administrador da NASA, Michael Griffin, não apreciou o facto de saber desta novidade pelos jornais, e desautorizou imediatamente o seu director de Ciência.
Por trás de mais esta desavença parece estar uma diferença de filosofia; Griffin quer cortar os programas menos espectaculares e menos conhecidos do público, Stern preferia manter a aposta na ciência, e reduzir os gastos relativos à exploração marciana, dando oportunidade a outros programas. Em consequência, não se pode dizer que a sua saída seja lamentada pelas pessoas que há pouco mais de um mês o ouviram defender as suas ideias; J. Mustard, o presidente do MEPAG, resumiu assim o pensamento geral: “Ele queria estrangular o programa marciano, de forma a ter dinheiro para outras coisas”.
O substituto (aparentemente temporário) é alguém que já ocupou o posto, Edward Weiler. Curiosamente, também ele já passou por uma situação semelhante, quando se propôs cancelar uma missão de revisão do telescópio espacial Hubble, em 2004. A reacção do público obrigou a NASA a rever essa decisão. Quanto à sua atitude perante a exploração marciana, parece ter-se comprometido a consultar a comunidade antes de decidir o rumo a seguir.
A verdade é que muita coisa depende também do resultado das próximas eleições presidenciais americanas…
A solução apontada por Stern (e vivamente contestada pela comunidade “marciana”) conduzia a uma forte redução no esforço americano de exploração de Marte nos próximos anos. E começava imediatamente, com a redução das verbas atribuídas para a continuação das missões dos rovers Spirit e Opportunity, que percorrem a superfície do planeta há já quatro anos. A instituição responsável por esta missão, o JPL (Jet Propulsion Laboratory, na Califórnia), é das mais poderosas a nível político; e, por outro lado, os rovers são verdadeiras estrelas para a comunicação social e para o público americano. Ainda por cima, o administrador da NASA, Michael Griffin, não apreciou o facto de saber desta novidade pelos jornais, e desautorizou imediatamente o seu director de Ciência.
Por trás de mais esta desavença parece estar uma diferença de filosofia; Griffin quer cortar os programas menos espectaculares e menos conhecidos do público, Stern preferia manter a aposta na ciência, e reduzir os gastos relativos à exploração marciana, dando oportunidade a outros programas. Em consequência, não se pode dizer que a sua saída seja lamentada pelas pessoas que há pouco mais de um mês o ouviram defender as suas ideias; J. Mustard, o presidente do MEPAG, resumiu assim o pensamento geral: “Ele queria estrangular o programa marciano, de forma a ter dinheiro para outras coisas”.
O substituto (aparentemente temporário) é alguém que já ocupou o posto, Edward Weiler. Curiosamente, também ele já passou por uma situação semelhante, quando se propôs cancelar uma missão de revisão do telescópio espacial Hubble, em 2004. A reacção do público obrigou a NASA a rever essa decisão. Quanto à sua atitude perante a exploração marciana, parece ter-se comprometido a consultar a comunidade antes de decidir o rumo a seguir.
A verdade é que muita coisa depende também do resultado das próximas eleições presidenciais americanas…