AVISO
Imagem do Dia
Sagitário A* no centro da Via Láctea
Ditos
"Ninguém pode simultaneamente evitar a guerra e preparar-se para ela."- Albert Einstein
Olhares indiscretos procuram-se
2015-11-26
27.Nov.- 3.Dez.2015 (Portugal)
Muito provavelmente, a única virgem que não se importa ser alvo de olhares fixos e estudos pormenorizados com binóculo é a Virgem na esfera celeste. Nestes dias em torno do fim do mês vale a pena dirigir olhares indiscretos para esta constelação, pois não só alberga atualmente os planetas Marte e Vénus, mas também um cometa observável com binóculo. Este cometa com a designação nada poética C/2013 US10 Catalina faz atualmente a sua melhor aparição desde da sua descoberta na noite do dia das bruxas (31.Out) em 2013 pelo Catalina Sky Survey, um projeto dedicado à procura de cometas, asteroides e objetos com órbitas próximos da Terra. Em 15 de novembro o cometa teve a sua maior aproximação ao sol. Agora está outra vez em afastamento até se perder da vista bem antes de chegar aos confins do sistema solar.
Como encontrar o cometa?
A observação apenas é possível entre sensivelmente 5:00h até 6:30h da manhã. Antes disso o cometa não estará acima do horizonte, depois o raiar do dia apaga o brilho das estrelas.
A forma mais fácil é procurar no horizonte leste a fila de luzes mais brilhantes. Júpiter destaca-se no topo com o seu brilho branco-alaranjado. Marte mais avermelhado fica no meio. No fundo, perto do horizonte, duas luzes fortes muito juntos são o planeta Vénus (esquerda) e a estrela mais brilhante da Virgem, a Espiga. Com os planetas e a estrela Espiga como referência, tente detetar outras estrelas da constelação Virgem. As linhas da constelação na figura podem ajudar para se orientar, pois a Virgem é bem grande.
Direita: A figura mostra as principais estrelas da constelação da virgem e os planetas ao pé dela. O bordo inferior da figura corresponde sensivelmente a linha do horizonte às 5 da manhã. O cometa encontra-se próximo da estrela Capa Virginis, bem detetável a olho nú. Esquerda: A constelação de Virgem ilustrada em 1822 no atlas celeste de Alexander Jamieson. O cometa estaria a levar um pontapé junto do pé direito. Crédito: Bibl.USNO, GRM/NUCLIOPor baixo do par Vénus-Espiga procure uma estrela menos brilhante (alaranjada na figura, mas branca no céu). Esta é a estrela de referência para encontrar o cometa. Nas imediações dessa estrela, procure outra luz, de brilho menos intenso e nitidamente mais difuso. Este deve ser o cometa. Para confirmar o avistamento, faça um simples esboço das posições das estrelas que está a ver. Tente observar num dos dias seguintes e compare o seu esboço com o céu. O cometa destaca-se por ter mudado de posição. A olho nu o cometa só pode ser visto (talvez) em terras de céu totalmente escuro. Em qualquer outro local é preciso um binóculo, ou melhor, uma luneta ou maior.
Também pode tentar captar o cometa com uma câmara digital com zoom máximo. Coloque a câmara sobre um suporte estável, aponte para a Espiga e o horizonte e tire uma sequência de imagens de 15 segundos. Utilize um programa de tratamento de imagens para sobrepor (somar) as várias imagens e veja se o cometa se faz notar. Gostaríamos de receber e partilhar a sua fotografia do cometa e da Virgem. Pode enviar a imagem para o endereço de email indicado em baixo (ver Pergunta do mês).
Está ai alguém do signo da Virgem? Alguma vez tentou saber onde e como é esta constelação de estrelas? Agora tem a tarefa facilitada e vale a pena.
Pergunta do mês
A pessoa procurada viveu entre o século XVIII e XIX. Ele era monge e nem percebia grande coisa da astronomia quando se dedicou a construir o observatório astronómico mais a sul da Europa. A sua intenção era completar os catálogos estelares com posições exatas das estrelas que no norte da Europa não chegavam acima do horizonte. Porém, no primeiro dia após a passagem de ano e do século, descobriu um planeta que tantos astrónomos procuravam há anos. A sua descoberta mudou consideravelmente a noção sobre o sistema solar. Quem foi o monge que, em vez de curar os efeitos posteriores a uma festa de passagem de ano, preferiu ficar colado a um telescópio?
Envie a sua resposta para nov2015@astronomia.pt. Entre todas as respostas corretas é sorteado um conjunto de postais com imagens de objetos do céu profundo. A alternativa ideal aos habituais postais de boas festas. (data limite 1.Dez.2015 Todas as nossas decisões são finais).
Muito provavelmente, a única virgem que não se importa ser alvo de olhares fixos e estudos pormenorizados com binóculo é a Virgem na esfera celeste. Nestes dias em torno do fim do mês vale a pena dirigir olhares indiscretos para esta constelação, pois não só alberga atualmente os planetas Marte e Vénus, mas também um cometa observável com binóculo. Este cometa com a designação nada poética C/2013 US10 Catalina faz atualmente a sua melhor aparição desde da sua descoberta na noite do dia das bruxas (31.Out) em 2013 pelo Catalina Sky Survey, um projeto dedicado à procura de cometas, asteroides e objetos com órbitas próximos da Terra. Em 15 de novembro o cometa teve a sua maior aproximação ao sol. Agora está outra vez em afastamento até se perder da vista bem antes de chegar aos confins do sistema solar.
Como encontrar o cometa?
A observação apenas é possível entre sensivelmente 5:00h até 6:30h da manhã. Antes disso o cometa não estará acima do horizonte, depois o raiar do dia apaga o brilho das estrelas.
A forma mais fácil é procurar no horizonte leste a fila de luzes mais brilhantes. Júpiter destaca-se no topo com o seu brilho branco-alaranjado. Marte mais avermelhado fica no meio. No fundo, perto do horizonte, duas luzes fortes muito juntos são o planeta Vénus (esquerda) e a estrela mais brilhante da Virgem, a Espiga. Com os planetas e a estrela Espiga como referência, tente detetar outras estrelas da constelação Virgem. As linhas da constelação na figura podem ajudar para se orientar, pois a Virgem é bem grande.
Direita: A figura mostra as principais estrelas da constelação da virgem e os planetas ao pé dela. O bordo inferior da figura corresponde sensivelmente a linha do horizonte às 5 da manhã. O cometa encontra-se próximo da estrela Capa Virginis, bem detetável a olho nú. Esquerda: A constelação de Virgem ilustrada em 1822 no atlas celeste de Alexander Jamieson. O cometa estaria a levar um pontapé junto do pé direito. Crédito: Bibl.USNO, GRM/NUCLIO
Também pode tentar captar o cometa com uma câmara digital com zoom máximo. Coloque a câmara sobre um suporte estável, aponte para a Espiga e o horizonte e tire uma sequência de imagens de 15 segundos. Utilize um programa de tratamento de imagens para sobrepor (somar) as várias imagens e veja se o cometa se faz notar. Gostaríamos de receber e partilhar a sua fotografia do cometa e da Virgem. Pode enviar a imagem para o endereço de email indicado em baixo (ver Pergunta do mês).
Está ai alguém do signo da Virgem? Alguma vez tentou saber onde e como é esta constelação de estrelas? Agora tem a tarefa facilitada e vale a pena.
A pessoa procurada viveu entre o século XVIII e XIX. Ele era monge e nem percebia grande coisa da astronomia quando se dedicou a construir o observatório astronómico mais a sul da Europa. A sua intenção era completar os catálogos estelares com posições exatas das estrelas que no norte da Europa não chegavam acima do horizonte. Porém, no primeiro dia após a passagem de ano e do século, descobriu um planeta que tantos astrónomos procuravam há anos. A sua descoberta mudou consideravelmente a noção sobre o sistema solar. Quem foi o monge que, em vez de curar os efeitos posteriores a uma festa de passagem de ano, preferiu ficar colado a um telescópio?
Envie a sua resposta para nov2015@astronomia.pt. Entre todas as respostas corretas é sorteado um conjunto de postais com imagens de objetos do céu profundo. A alternativa ideal aos habituais postais de boas festas. (data limite 1.Dez.2015 Todas as nossas decisões são finais).