Quatro planetas visíveis ao cair da noite

2006-06-27
Nesta última semana de Junho, quatro planetas estão visíveis ao cair da noite: Júpiter, Mercúrio, Marte e Saturno. Júpiter não passa despercebido, pois é o objecto mais brilhante no início da noite. Os outros três, muito mais ténues, formam uma linha diagonal próxima da Lua, durante o crepúsculo. Estes objectos encontram-se na mesma zona do céu, mas convém lembrar que estão a distâncias muito diferentes. Cada um prosseguirá na sua órbita e com o tempo, deixaremos de os ver na mesma região do céu. Os melhores dias para observar o conjunto são hoje e amanhã (27 e 28 de Junho).
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Como cozinhar uma galáxia

2006-06-26
A matéria escura é um ingrediente essencial para a formação das galáxias. Uma equipa de investigadores utilizou observações do Telescópio Espacial Spitzer (NASA) para estudar dois conjuntos de galáxias ultraluminosas no infravermelho, a diferentes distâncias de nós. Surpreendentemente, descobriram que a matéria escura circundante destas galáxias distantes é muito consistente: em todas as galáxias estudadas, independentemente da distância, encontraram agregados de matéria escura do mesmo tamanho, com 10 biliões de massas solares. Visto não terem encontrado agregados menores, uma hipótese é esta ser a quantidade mínima de matéria escura necessária para se formar uma galáxia deste tipo.
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A acreção nos buracos negros

2006-06-23
Os buracos negros possuem discos de gás e poeira, chamados discos de acreção, que se sabe estarem na origem da maioria dos fenómenos de alta energia que se observam nos buracos negros. Embora existam teorias que expliquem o processo de acreção, tem sido extremamente difícil comprová-las observacionalmente. Utilizando espectros em raios-X do sistema GRO J1655-40, obtidos com o Chandra (NASA), uma equipa de investigadores conseguiu demonstrar que a acreção em buracos negros é fundamentalmente um processo magnético.
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Excesso de carbono à volta de uma estrela

2006-06-16
O estudo mais detalhado de sempre do disco de gás à volta de uma estrela jovem, Beta Pictoris, revelou uma quantidade de carbono bastante superior à esperada. Poderá assim ficar explicado porque é que esta estrela ainda mantém um disco de gás - o carbono é menos susceptível de ser dispersado e retarda assim o desaparecimento do disco. Mas estas medições, baseadas em observações realizadas com o FUSE (NASA) e com o Telescópio Espacial Hubble (NASA/ESA), levantam a questão: estaremos a observar um sistema muito diferente do nosso sistema solar, no qual os planetas que se formam serão muito ricos em carbono? Ou terá o nosso Sistema Solar jovem também sido rico em carbono, há muito tempo?
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Poderão planetas formar pequenos sistemas planetários à sua volta?

2006-06-09
Dois novos estudos, baseados em observações realizadas com telescópios do ESO, mostram que objectos com massa pouco maior que Júpiter nascem com discos de gás e poeira, que é a matéria-prima para a formação de planetas. Este resultado sugere que poder-se-á encontrar sistemas planetários à volta de objectos cuja massa é cerca de 100 vezes menor que a do nosso Sol. Num dos estudos descobriram-se discos de poeira à volta de 4 candidatos a planemos - planetas de massa elevada que não orbitam estrelas. No outro trabalho, detectou-se um disco de poeira à volta de um planeta que forma um binário com uma estrela anã castanha.
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Encelado, uma das luas de Saturno, reorientou o seu eixo de rotação

2006-06-07
Encelado é uma pequena lua gelada de Saturno, onde se detecta um fluxo de calor anormalmente quente no pólo Sul. Um novo estudo, baseado nas medições da Cassini (NASA), mostra que a localização desta zona quente no pólo sul pode ser explicada se a lua reorientou o seu eixo de rotação devido à presença de material de pouca densidade no seu interior. Este material pode ter origem no núcleo rochoso, ou mesmo na camada gelada que o envolve, e acaba por ascender à superfície. O estudo prevê que a reorientação do eixo também cause padrões tectónicos óbvios, o que é compatível com o terreno deformado que se observa em Encelado.
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Composição química dos planetas extra-solares correlaciona-se com a metalicidade das suas estrelas mãe

2006-06-02
Uma equipa de astrónomos europeus, liderada por T. Guillot (CNRS/Observatório de la Côte d'Azur, França) e da qual faz parte o português Nuno Santos (CAAUL/CGE), determinou uma correlação entre a quantidade de elementos pesados em planetas extra-solares com trânsito e a metalicidade das respectivas estrelas mãe. Exoplanetas com menos de 20 massas terrestres de elementos pesados orbitam estrelas com composição solar, enquanto planetas com até 100 massas terrestres de elementos pesados orbitam estrelas com cerca de três vezes a metalicidade solar. Este é o primeiro passo para a compreensão da natureza física dos planetas extra-solares gigantes do tipo Júpiteres quentes.
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