Galáxias anãs deram vez a galáxias gigantes

2006-05-26
A teoria prevê que as primeiras galáxias eram pequenas e, ao formarem estrelas muito quentes e de massa elevada, levaram a que posteriormente não se formassem mais galáxias anãs. Pela primeira vez, uma equipa de astrónomos apresentou provas directas que suportam a teoria: a observação de quasares muito distantes, cujos espectros são marcados pela absorção do hidrogénio das galáxias jovens, mostrou que o Universo com mil milhões de anos era dominado por galáxias grandes, espacialmente dispersas.
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Os maiores mapas 3D do Universo

2006-05-23
Duas equipas independentes basearam-se em dados do Sloan Digital Sky Survey - SDSSS para construírem os maiores mapas tridimensionais do Universo. Ambas concluem que a teoria mais corrente, que o Universo está repleto de energia escura (cerca de 75%) e de matéria escura (cerca de 20%), sai reforçada na análise destes mapas. O maior mapa contém mais de um milhão de galáxias, cobre cerca de um décimo do céu do norte e estende-se por mais de 5 mil milhões de anos-luz. Só foi possível construir estes mapas de larga escala desenvolvendo métodos automatizados para a determinação da distância das galáxias. Para este efeito foi utilizada uma classe especial de galáxias, as galáxias vermelhas luminosas.
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Novo sistema planetário mais parecido com o nosso: três Neptunos e uma cintura de asteróides

2006-05-17
Uma equipa de astrónomos, que inclui dois investigadores portugueses - A. Correia (UA) e Nunos Santos (CAAUL/CGE), descobriu um novo sistema planetário constituído por três planetas com massas semelhantes a Neptuno, com períodos de 8,67, 31,6 e 197 dias. Este sistema orbita a estrela HD 69830 e parece ainda possuir uma cintura de asteróides, tornando-o assim um dos mais parecidos com o nosso Sistema Solar. Além disso, à semelhança da Terra, o terceiro planeta do novo sistema encontra-se na zona habitável. Modelos teóricos indicam que os dois planetas mais interiores devem ter uma composição essencialmente rochosa; o planeta mais afastado deve ser composto por rocha e gelo, com uma atmosfera espessa.
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Via Láctea tem mais duas galáxias companheiras

2006-05-12
Uma equipa de investigadores a trabalhar no levantamento do céu Sloan Digital Sky Survey II (SDSS-II) anunciou a descoberta de duas galáxias companheiras da Via Láctea. A primeira foi descoberta na direcção da constelação dos Cães de Caça (Canes Venatici) e a segunda na direcção do Boieiro (Bootes). Este estudo pode ser o início da descoberta das galáxias anãs companheiras da nossa Galáxia que a teoria de formação de galáxias prevê, mas que ainda não foram detectadas em número suficiente.
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Meteoritos transportam carbono interestelar

2006-05-10
Através de novas técnicas, cientistas do Departamento de Magnetismo Terrestre do Instituto Carnegie (EUA) descobriram que os meteoritos podem transportar partículas orgânicas primitivas que se formaram há milhares de milhões de anos no espaço interestelar ou nas regiões mais longínquas do Sistema Solar, quando este se começou a formar a partir de gás e poeira. O estudo revela que os meteoritos com origem nos asteróides da Cintura de Asteróides contêm matéria orgânica primitiva semelhante à encontrada em partículas de poeira interplanetária proveniente dos cometas. As novas descobertas permitem agora extrair grandes quantidades deste tipo de material dos meteoritos, que têm dimensões muito maiores e maiores percentagens de carbono do que as partículas de poeira interplanetária. Estes avanços abrem uma nova janela para o estudo da história conturbada dos primeiros tempos do Sistema Solar.
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Perscrutando uma estrela de neutrões

2006-05-05
Uma equipa de investigadores do Instituto Max Planck para a Astrofísica e da NASA utilizou, pela primeira vez, técnicas de sismologia estelar para espreitar o interior de uma estrela de neutrões e medir a espessura da sua crosta. O estudo baseia-se em observações, efectuadas pelo satélite Rossi (NASA), de uma hiperfulguração ocorrida no magnetar SGR 1806-20 (os magnetares são uma subclasse de estrelas de neutrões com um campo magnético muito intenso). Considerando que o diâmetro da estrela de neutrões é aproximadamente 20 km, a crosta tem cerca de 1,6 km de profundidade e é tão densa que uma colher de chá deste material pesaria 10 milhões de toneladas na Terra. Espera-se que futuros estudos de astro-sismologia permitam grandes avanços no nosso conhecimento do interior das estrelas de neutrões.
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Desvendando a história da emissão de luz no Universo

2006-05-04
A luz difusa que permeia o espaço intergaláctico contém informação preciosa sobre o Universo primitivo. Exactamente que informação, é matéria para conjecturas: a luz das primeiras estrelas, ou talvez a luz proveniente das galáxias que se lhes seguiram? Observações dos raios gama emitidos por quasares distantes, realizadas com a rede de telescópios HESS, na Namíbia, revelaram que a intensidade desta luz difusa é menor do que, de acordo com estimativas recentes, se esperava. Isto sugere que o Universo é mais transparente aos raios gama do que se pensava e que as fontes dominantes de luz são as galáxias e não as estrelas primitivas.
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