Probabilidade de colisão do asteróide 2004 MN4 com a Terra em 2029 é nula

2004-12-29
A 23 de Dezembro, foi anunciada a monitorização de um asteróide de 400 metros de diâmetro que apresentava, segundo os cálculos possíveis na altura, uma probabilidade de 0,3% de colisão com a Terra no dia 13 de Abril de 2029. No dia seguinte, e após mais observações, a probabilidade de impacto aumentou para 1,6%, e a 27 de Dezembro, chegou a 2,7%, elevando o risco associado a este asteróide para o nível 4 da Escala de Torino. Mas agora, a identificação deste asteróide em imagens de arquivo anteriores à sua descoberta permitiu determinar com maior precisão a órbita deste asteróide e anulou qualquer possibilidade de 2004 MN4 colidir com a Terra em 2029.
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Universo envelhecido ainda possui juventude

2004-12-29
O telescópio espacial GALEX - Galaxy Evolution Explorer (NASA) descobriu, no nosso cantinho do Universo, o que parecem ser galáxias jovens de massa elevada. Até agora, os astrónomos julgavam que a taxa de nascimento do Universo tinha dramaticamente baixado e que actualmente não se formavam galáxias bébés gigantes. Esta descoberta mostra que o nosso Universo, embora envelhecido, ainda forma galáxias de massa elevada, além de oferecer uma oportunidade única ver como a nossa galáxia terá sido na sua infância.
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Huygens já iniciou a sua viagem a solo

2004-12-26
Na madrugada do dia de Natal, após 7 anos de viagem e mais de 3,2 mil milhões de quilómetros, a sonda Huygens (ESA) separou-se da “nave mãe” Cassini (NASA) para sozinha realizar a sua caminhada de 4 milhões de km até Titã, a maior lua de Saturno. A 14 de Janeiro, a Huygens atravessará a atmosfera de Titã em menos de 2 horas e meia e pousará na sua superfície, onde poderá sobreviver, no máximo, mais duas horas. Com seis instrumentos a bordo, todos com acesso directo ao exterior, a Huygens providenciará a primeira amostra directa da composição química da atmosfera de Titã, assim como as primeiras fotografias da superfície escondida debaixo da espessa bruma de azoto. O estudo da química da atmosfera de Titã, rica em compostos orgânicos, poderá dar-nos pistas de como começou a vida na Terra
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Pulsar permite aprofundar conhecimentos sobre a matéria ultra densa e os campos magnéticos

2004-12-22
Uma observação demorada do pulsar existente no centro da nebulosa 3C58, realizada através do Observatório de Raios-X Chandra (NASA), revelou a ocorrência de um inesperado arrefecimento rápido, o que sugere que o pulsar contém matéria muito mais densa do que seria de esperar. A temperatura baixa do pulsar e a vasta rede magnética de partículas de alta energia que o rodeiam têm implicações na teoria nuclear da matéria, bem como na teoria da origem do campo magnético em objectos cósmicos.
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Glaciar da Gronelândia avança rapidamente

2004-12-21
Usando imagens obtidas por satélite, de modo a acompanhar as alterações a que estão sujeitos os glaciares, os cientistas descobriram que um glaciar na Gronelândia avança cada mais rapidamente, tendo nos últimos anos duplicado a rapidez com que se desloca. Enquanto o glaciar se move mais rapidamente, vai tornando-se cada mais fino, perdendo espessura de gelo a uma taxa de cerca de 15 metros por ano! A quantidade de gelo derretido que flui para o oceano é mais do dobro daquilo que se estima através dos modelos climáticos tradicionais, e demonstra que os glaciares na Terra são muito mais sensíveis a alterações climatéricas do que se pensava anteriormente.
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Subaru observa a nebulosa planetária BD +303639

2004-12-17
O Telescópio Subaru obteve uma imagem da nebulosa planetária BD +303639 utilizando a sua câmara equipada com óptica adaptativa. A elevada resolução desta imagem em comprimentos de onda do infravermelho próximo permite distinguir detalhes nas estuturas da poeira e gás que envolvem a estrela central, o que é extremamente útil para o estudo do fim da vida das estrelas de pequena massa, como o Sol.
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Abalos sísmicos apagaram pequenas crateras no asteróide Eros

2004-12-15
Cientistas da Universidade do Arizona descobriram a razão pela qual Eros, o maior dos asteróides próximos da Terra, possui tão poucas crateras de pequenas dimensões. O facto parece estar relacionado com os abalos sísmicos que ocorrem neste asteróide, resultantes das sucessivas colisões com outros objectos. As vibrações sísmicas associadas são responsáveis pelo deslizamento dos detritos rochosos e poeiras na superfície de Eros, desencadeando um processo lento que vai suprimindo as marcas deixadas pelo impacto de corpos de pequenas dimensões.
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VLTI observa a região interior de discos protoplanetários

2004-12-13
Observações realizadas com o interferómetro VLTI (ESO) permitiram perscrutar regiões distintas dos discos circum-estelares de três estrelas jovens. A análise dos espectros permitiu determinar a composição química destes discos em regiões mais próximas da estrela central e em regiões mais distantes. Enquanto que a região mais exterior do disco, em dois casos, ainda é composta essencialmente por silicatos em estado amorfo, as regiões mais interiores dos discos das três estrelas são ricas em silicatos cristalizados. Os investigadores concluem que os grãos de silicato cristalizam muito cedo na história dos discos circum-estelares, possibilitando a posterior formação de planetas rochosos.
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Hubble desvenda galáxia bebé num universo em crescimento

2004-12-09
Através do Telescópio Espacial Hubble os cientistas conseguiram determinar a idade daquela que pode ser a mais jovem galáxia desde sempre observada no Universo. Segundo critérios cosmológicos, trata-se de uma simples criança, aparentemente deslocada entre as galáxias adultas que a rodeiam. Designada por I Zwicky 18, pode ter apenas 500 milhões de anos – mais recente que a época em que as formas complexas de vida começaram a aparecer na Terra. A Via Láctea, por contraste, é quase 20 vezes mais velha, tendo cerca de 12 mil milhões de anos, a idade típica das galáxias no Universo. Esta galáxia “atrasada” brinda-nos com um vislumbre do aspecto que as primeiras galáxias no Universo primitivo poderão ter tido.
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Troca interestelar com o nosso Sistema Solar

2004-12-08
É possível que alguns dos objectos do nosso Sistema Solar se tenham formado em sistemas à volta de outras estrelas. Terão chegado até nós através de uma troca interestelar que ocorreu há mais de 4 mil milhões de anos, quando uma estrela passou muito próximo do nosso Sistema Solar. De acordo com os cálculos de S. Kenyon (Observatório Astrofísico Smithsonian, EUA) e B. Bromley (Universidade do Utah, EUA), a acção gravitacional do nosso Sol terá arrancado asteróides do sistema da estrela transeunte, e por seu lado, a estrela visitante terá roubado material da região mais externa do nosso Sistema Solar. Este acontecimento prevê órbitas como a de Sedna, assim como justifica a abrupta terminação da Cintura de Kuiper.
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Ondas de densidade nos anéis de Saturno

2004-12-03
Os investigadores têm vindo a utilizar a sonda Cassini (NASA/ESA) na observação dos anéis de Saturno, conseguindo imagens de grande nitidez para áreas de tamanho aproximado ao de um campo de futebol. Uma equipa da Universidade do Colorado, em Boulder, utilizou uma técnica denominada “ocultação estelar”, observando uma estrela distante através dos anéis de Saturno, tentando, através das flutuações de luz estelar que passava através dos anéis, perceber melhor a estrutura e dinâmica destes. Verificou-se que o material que os compõe se agrupa em áreas densas, com aberturas, entre elas, da ordem dos 50 metros. Isto significa que pequenos objectos, como as luas, estão a confinar o material nos anéis evitando assim que este se disperse no espaço.
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Cassini observa Dione

2004-12-01
No passado dia 27 de Outubro, a sonda Cassini-Huygens (NASA/ESA) obteve uma imagem extraordinária de Dione, uma das maiores luas de Saturno, quando por ela passou a uma distância de 1,2 milhões de km. Em meados de Dezembro de 2004, a sonda passará ainda mais perto do satélite, revelando com muito mais detalhe as estruturas existentes na superfície da lua, detectadas pela primeira vez pela sonda Voyager, há 24 anos.
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