NASA revela o nosso Oceano Perpétuo como um quadro de Van Gogh

2012-04-11

O novo movimento global de correntes oceânicas superficiais da Terra, de Junho de 2005 a Dezembro de 200. A animação, de que esta imagem faz parte, foi criada usando dados de satélites da NASA, medições directas dos oceanos e um modelo numérico desenvolvido pelo JPL/NASA e pelo MIT. Crédito: NASA / SVS.
Fuxos de dezenas de milhares de correntes oceânicas foram capturados para uma simulação criada pelo Goddard Space Flight Center da NASA
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
, em Greenbelt.

 Pode ver-se como as correntes maiores, como a Corrente do Golfo, no Oceano Atlântico, e a de Kuroshio, no Pacífico, transportam águas quentes através de milhares de quilómetros a velocidades superiores a 6 km/h, ou então como milhares de outras correntes oceânicas estão confinadas a determinadas regiões e formam vórtices.

Ver vídeo, em : http://www.nasa.gov/topics/earth/features/perpetual-ocean.html

"Há também uma viagem de 20 minutos de duração, que mostra as correntes globais de superfície com mais detalhes", diz Horácio Mitchell, que lidera o estúdio de simulação. "Lançámos também uma versão de três minutos na nossa aplicação para iPad, NASA Visualization Explorer".

Ambas as versões (de 20 minutos e 3 minutos) estão disponíveis em alta definição, aqui: http://svs.gsfc.nasa.gov/goto?3827

A simulação abrange o período compreendido entre Junho de 2005 e Dezembro de 2007 e tem por base a síntese de um modelo numérico de dados de observação, criado por um projecto da NASA, denominado Estimating the Circulation and Climate of the Ocean, ou, em abreviatura, ECCO. ECCO é um projecto conjunto entre o Instituto de Tecnologia de Massachusetts e o Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA em Pasadena, Califórnia. O ECCO utiliza ferramentas matemáticas avançadas para combinar as observações com modelos numéricos dos oceanos do MIT, de forma a descrever com realismo o modo como a circulação oceânica evolui ao longo do tempo.

Estas sínteses de modelos de dados estão entre os maiores cálculos do género alguma vez realizados. São viáveis graças a recursos computacionais de alto nível fornecidos pelo Ames Research Center da NASA em Moffett Field, Califórnia.

As sínteses de modelos de dados ECCO estão a ser usadas ​​para quantificar o papel do oceano no ciclo global do carbono, para compreender a evolução recente dos oceanos polares, para monotorizar calor
calor
O calor é energia em trânsito entre dois corpos ou sistemas.
, água e trocas químicas, dentro de e entre os diferentes componentes do sistema Terra, e também para muitas aplicações de outras ciências.

Na síntese de modelo de dados usada para esta simulação, apenas os movimentos de larga escala nas bacias
bacia de impacto
Uma bacia é uma planície com uma depressão na qual se podem acumular por exemplo água, sedimentos, lava, ou gelos. Em Astronomia, uma bacia (dita de impacto) é uma cratera de impacto cujos bordos podem estar bem ou mal definidos.
oceânicas foram ajustados para se adequarem às observações. As correntes de pequena escala evoluem de acordo com as equações do modelo de computador. Devido à resolução limitada deste modelo, apenas os vórtices de maiores dimensões são representados, e tendem a parecer mais "perfeitos" do que são na realidade. Apesar destas limitações, a simulação oferece um estudo realista da ordem e do caos que governam a circulação das águas nos oceanos da Terra.

Os dados utilizados pelo projecto ECCO incluem: altura da superfície do mar, dados dos altímetros de satélites Topex/Poseidon, Jason-1, e Ocean Surface Topography Mission/Jason-2, da NASA; gravidade, dados da missão Aerospace Center Gravity Recovery and Climate Experiment, NASA / Alemanha; componente horizontal do vento à superfície (Wind Stress), dados da missão da NASA QuikSCAT; temperatura à superfície do mar, dados da Aerospace Exploration Agency Advanced Microwave Scanning Radiometer-EOS, NASA/Japão; concentração de gelo no mar e dados de velocidade, de radiómetros de microondas
microondas
A região do espectro electromagnético, no domínio do rádio, com comprimento de onda entre aproximadamente 1 mm e 30 cm (equivalente ao intervalo de frequências entre 300 GHz e 1 GHz) é a região das microondas.
passivos; perfis de temperatura e de salinidade, dados de navios, amarrações e do sistema internacional de observação dos oceanos Argo.

Fonte da notícia: http://www.nasa.gov/topics/earth/features/perpetual-ocean.html