AVISO

Imagem do Dia


Galáxia espiral NGC 1232

Ditos

"Se você fosse um verdadeiro seguidor da verdade, seria necessário que pelo menos uma vez na vida você duvidasse, tanto quanto possível, de todas as coisas."
- René Descartes


A Era da Exploração

2013-08-11

Créditos: ESO
Durante o século XVI a Europa atravessou uma era de exploração marítima. Durante esta época de navegação os europeus cruzaram os oceanos, descobrindo as Américas, a Oceania e a Ásia por mar. Produziram mapas destas novas terras e alguns destes exploradores também descobriram novos lugares no céu noturno!

Numa noite límpida e estrelada, um explorador português chamado Fernão de Magalhães navegou rumo ao hemisfério sul cruzando o equador. Na sua viagem de circum-navegação não só encontrou novas terras e mares mas também um céu completamente novo! Dado que o hemisfério sul do nosso planeta tem uma orientação espacial diferente do hemisfério norte, os habitantes do hemisfério sul olham o céu numa direção diferente, observando estrelas e galáxias que não são visíveis do hemisfério norte. Ao olhar para estes novos conjuntos de estrelas, Fernão de Magalhães observou algo que lhe parecia uma nuvem com o aspeto de um borrão desfocado. À medida que a sua viagem continuava a “nuvem” não se movia.

Infelizmente, Fernão de Magalhães não completou a viagem, tendo morrido na batalha de Cebu nas Filipinas. No entanto, a tripulação que terminou a expedição relatou a observação desta “nuvem esborratada”, que em honra de Fernão de Magalhães passou a ter o seu nome, sendo hoje em dia conhecida como Grande Nuvem de Magalhães.

Atualmente sabemos que se trata de uma galáxia anã, cerca de 10 vezes mais pequena que a galáxia onde habitamos, a Via Láctea. Da mesma forma que o nosso planeta orbita o Sol, esta galáxia orbita a Via Láctea. Esta fotografia é uma imagem aproximada da Grande Nuvem de Magalhães mostrando duas nuvens de gás e poeira em cujo interior se estão a formar estrelas.

Estas duas nuvens podem classificar-se de “gémeas” pois além de pertencerem à mesma galáxia progenitora estão sendo iluminadas desde o seu interior por estrelas jovens e extremamente quentes. No entanto o seu aspeto é muito diferente: uma brilha com uma cor vermelha e a outra com uma cor azul. A explicação reside na sua composição química. O brilho azul significa que a nuvem da esquerda é composta de oxigénio enquanto o brilho vermelho nos revela que a outra nuvem é formada por hidrogénio.

Facto Curioso: Existe outra galáxia anã que também deve o seu nome a Fernão de Magalhães, sendo chamada de Pequena Nuvem de Magalhães. Muitos astrónomos pensam que ambas as galáxias acabarão por ser assimiladas pela Via Láctea!

Este Space Scoop é baseado nos relatórios de imprensa do: ESO

Link para a noticia original: http://www.unawe.org/kids/unawe1359/