O que observam os astrónomo amadores ? II


Através dos telescópios vêm-se as cores fantásticas que se evidenciam nas fotografias publicadas em alguns livros e revistas?


A galáxia de Andrómeda. Crédito: Pedro Ré
Algumas pessoas pensam que os livros de Astronomia observacional devem ter muitas fotografias a cores. Aconselhamos essas pessoas a fazer uma experiência muito fácil. Para isso, pega-se numa fotografia a cores, e nem sequer é preciso que seja uma fotografia astronómica (a capa de uma revista serve perfeitamente para fazer esta experiência). Leva-se a fotografia para um local escuro, de preferência iluminado apenas por uma luz fraquíssima (pode ser a luz das estrelas, que globalmente é muito parecida com a do Sol, embora muito mais débil); depois de esperar cerca de 10 minutos, para que os olhos se adaptem à obscuridade, olhe-se para a fotografia. Nessa altura, algo parece estranho: para onde foram as cores? Esta experiência desmistifica muitas ideias pré-concebidas, porque, em condições de obscuridade, o olho não consegue distinguir cores. Vê-se a luminosidade do objecto observado, por vezes pormenores da sua estrutura, mas não as cores.

Na grande maioria dos objectos do céu profundo não conseguimos ver cores e as fotografias que se vêem em alguns livros e revistas resultam de exposições demoradas: não é isso que se vê através de um telescópio e querer passar essa ideia seria enganar as pessoas. No caso dos planetas, o olho recebe muito mais luz e as cores são visíveis; no entanto, a capacidade para extrair informação e pormenores das imagens planetárias observadas vai aumentando gradualmente com o treino e com a experiência de quem observa. A melhoria das capacidades com o treino não é surpreendente e manifesta-se em muitas outras actividades. Por exemplo, tocar uma viola, pescar à linha ou esquiar na neve não se conseguem capazmente nos dias seguintes à compra desse material, a não ser que já se tenha experiência anterior. E começar a utilizar um telescópio é mais fácil do que as actividades anteriormente referidas.

É possível fotografar o céu nocturno?


NGC 7293. Crédito: Pedro Ré
Fotografar o céu é uma ambição natural de muitas pessoas, entre as quais se contam os entusiastas de fotografia e de astronomia, os amantes da natureza e os astrónomos amadores. Por vezes pensa-se que registar estas imagens exige equipamento altamente sofisticado e amplos conhecimentos, mas algumas destas fotografias estão ao alcance de qualquer pessoa motivada e persistente. O equipamento necessário é, por vezes, surpreendentemente simples. No livro "Fotografar o Céu" (Pedro Ré, 2002, Plátano Edições Técnicas e Tema do Mês de Outubro de 2003), são referidos alguns aspectos relacionados com a astrofotografia, ou seja a fotografia dos diversos objectos celestes que se encontram próximos de nós (Sol, Lua e planetas) ou para além do sistema solar (constelações e objectos do céu profundo).

Por vezes pensa-se que registar estas imagens exige equipamento altamente sofisticado e amplos conhecimentos, mas algumas destas fotografias estão ao alcance de qualquer pessoa motivada e persistente.

O equipamento necessário é, por vezes, surpreendentemente simples. No livro "Fotografar o Céu" (Pedro Ré, 2002, Plátano Edições Técnicas), são referidos alguns aspectos relacionados com a astrofotografia, ou seja a fotografia dos diversos objectos celestes que se encontram próximos de nós (Sol, Lua e planetas) ou para além do sistema solar (constelações e objectos do céu profundo).



Sol e Lua. Crédito: Pedro Ré