Turismo Espacial



O movimento para criação a longo termo de uma indústia de turismo espacial está em marcha.
Cada vez mais se fala do turismo espacial e das viagens planeadas para levar civis ao espaço. Certo é que se trata de uma forma de turismo extremamente cara e por isso não acessível às carteiras comuns.

Desde 1998, ano em que foi criada a Space Adventures (empresa pioneira na organização de viagens espaciais turísticas), que este tipo de viagens tem sido alvo de crescente propaganda nos órgãos de comunicação social. Em parte, trata-se de uma estratégia de marketing da empresa que proporciona este tipo de produto que ao ver publicitada a viagem de um dos seus clientes espera que mais surjam em carteira.

Em Abril de 2001, o milionário americano Dennis Tito tornou-se no primeiro turista espacial. A sua aventura de oito dias que incluiu uma estadia na Estação Espacial Internacional preencheu os noticiários de vários países, jornais, revistas e, em plena era da globalização, reportagens mostrando imagens e vídeos foram disponibilizadas em vários sítios da Internet.

Desde então, e apesar do ainda número reduzido de envolvidos, o turismo espacial ganhou uma nova dimensão. Esta nova forma de turismo começou a ser explorada, e o que até então apenas era visto em filmes e livros de ficção científica começou a ser planeada, existindo mesmo planos concretos para a criação de um sério mercado de turismo espacial.

Várias companhias privadas começaram a pensar em construir os seus veículos, como a Space Adventures e a Virgin Galatic, e a disponibilizar uma série de possíveis programas turísticos. A comunicação social segue de perto os avanços comerciais destas empresas, publicitando-os até à exaustão, até porque envolvem normalmente pessoas famosas internacionalmente, donas de recheadas contas bancárias.

A comunicação social tem criado uma imagem utópica acerca do turismo espacial porque tem descurado a vertente tecnológica. Ainda muito está por se desenvolver a nível tecnológico para que seja possível concretizar as profecias turísticas que nos são apresentadas. Isto acontece, em parte, porque a opinião publica quer espectáculo, fama e sonhos, como por exemplo voar até à Lua por cerca de 200 milhões de dólares.

Claro que para lá das contas bancárias, há sempre o sonho do espaço. A comunicação social poderá constituir um factor de peso para o desenvolvimento do turismo espacial, porque a divulgação que faz irá aumentar o interesse do mercado: crescendo a procura, a oferta acabará por se ajustar e desenvolver. E um dia as imagens de hotéis orbitais e turistas a jogar golfe na Lua acabarão por se tornar realidade.