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| Constelação do Escorpião. Olympus OM-1, 50 mm 1:1.8 (2.8). Filme Kodak Ecktachrome E200. Exposições de 15 min Pedro Ré e José Carlos Diniz, Chile (2001) |
As galáxias, as nebulosas e os enxames ou aglomerados de estrelas consideram-se geralmente como objectos do céu profundo, por se encontrarem para lá do sistema solar e da evidência imediata das constelações. As principais técnicas de localização e de observação destes objectos foram abordadas na obra: Almeida, G. , P. Ré, (2000). Observar o céu profundo, Platáno Edições Técnicas. A referida obra constitui um manancial de conselhos e técnicas de observação, um guia prático e um atlas do céu profundo. A fotografia do céu profundo bem como a fotografia de superfícies planetárias, constituem, sem dúvida, dois dos campos mais exigentes da fotografia astronómica.
O método mais simples de fotografar o céu profundo consiste em montar uma câmara fotográfica sobre um telescópio que possua uma montagem equatorial motorizada. Neste caso a câmara é montada em paralelo ou em piggy-back. Se a montagem equatorial for colocada em estação, podem realizar-se astrofotografias de longa pose recorrendo ao uso de diversas objectivas fotográficas (28 mm a 300 mm de distância focal). Este tipo de imagens deve ser efectuado longe da poluição luminosa das grandes cidades e numa noite sem Lua (Figura 21). No caso das imagens serem realizadas em ambientes urbanos ou suburbanos, podemos recorrer ao uso de diversos filtros especiais. No caso de se utilizarem objectivas com distâncias focais curtas (objectivas grande-angulares e normais) a precisão da guiagem não é muito exigente.
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Nebulosa do Orionte (M 42). Telescópio Schmidt-Cassegrain Celestron 350 mm f/11 (redutor /corrector f/7). Filme Kodak Echtachrome E200. Exposições 5 min (1), 10 min (2), 15 min (3), 20 min (4), (20020116). Pedro Ré (2002). |
Para fotografar o céu profundo através de um telescópio é necessário acoplar uma câmara fotográfica a um destes instrumentos segundo um dos processos anteriormente descritos. No entanto, para se realizarem fotografias do céu profundo, as exposições são necessariamente mais prolongadas. Isto significa que durante a exposição terá que se efectuar uma guiagem precisa do telescópio. Para tanto, é necessário que este seja suportado por uma montagem equatorial robusta e de boa qualidade. Para que uma montagem equatorial seja efectiva, torna-se necessário colocá-la rigorosamente em estação. A precisão do seguimento das montagens equatoriais pode ser muito variada. Em geral as montagens modernas são motorizadas nos dois eixos por meio de motores de passos. A realização de astrofotografias do céu profundo através de um telescópio implica a utilização de montagem equatoriais de boa qualidade, isto é, com uma excelente precisão de guiagem.
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Nebulosa do Orionte (M 42). Tempo total de exposição 39 min. Imagem processada por computador (20020116). Pedro Ré (2002). |
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