Ter-se-ão os planetas formados precocemente?
2002-09-10
A sonda Galileo observa, a 6,2 milhões de quilómetros, a lua orbitando a Terra. A fotografia é uma composição de três imagens obtidas através de filtros diferentes: violeta, vermelho e infravermelho. Crédito: NASA.
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
nascem a partir do colapso gravitacionalUma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
colapso gravitacional
Processo pelo qual uma estrela ou outro objecto celeste implode por acção do seu prório campo gravítico, resultando num objecto que é muito menor e muito mais denso do que o objecto original. O colapso gravitacional é o processo pelo qual se formam estrelas e aglomerados de estrelas, a partir de nuvens interestelares de gás e poeira, galáxias, ou ainda buracos negros.
de regiões densas de nuvens molecularesProcesso pelo qual uma estrela ou outro objecto celeste implode por acção do seu prório campo gravítico, resultando num objecto que é muito menor e muito mais denso do que o objecto original. O colapso gravitacional é o processo pelo qual se formam estrelas e aglomerados de estrelas, a partir de nuvens interestelares de gás e poeira, galáxias, ou ainda buracos negros.
nuvem molecular
As nuvens moleculares são nebulosas constituídas predominantemente por hidrogénio molecular.
interstelares, num processo que dura mais de um milhão de anos. No entanto, se uma supernovaAs nuvens moleculares são nebulosas constituídas predominantemente por hidrogénio molecular.
supernova
Uma supernova é a explosão de uma estrela no final da sua vida. As explosões de supernova são de tal forma violentas e luminosas que o seu brilho pode ultrapassar o brilho de uma galáxia inteira. Existem dois tipos principais de supernova: as supernovas Tipo Ia, que resultam da explosão duma estrela anã branca que, no seio de um sistema binário, rouba matéria da estrela companheira até a sua massa atingir o limite de Chandrasekhar e então colapsa; e as supernovas Tipo II, que resultam da explosão de uma estrela isolada de massa elevada (com massa superior a cerca de 4 vezes a massa do Sol) que esgotou o seu combustível nuclear e expeliu as suas camadas externas, restando apenas um objecto compacto (uma estrela de neutrões ou um buraco negro).
explodir na vizinhança, o impacto da onda de choqueUma supernova é a explosão de uma estrela no final da sua vida. As explosões de supernova são de tal forma violentas e luminosas que o seu brilho pode ultrapassar o brilho de uma galáxia inteira. Existem dois tipos principais de supernova: as supernovas Tipo Ia, que resultam da explosão duma estrela anã branca que, no seio de um sistema binário, rouba matéria da estrela companheira até a sua massa atingir o limite de Chandrasekhar e então colapsa; e as supernovas Tipo II, que resultam da explosão de uma estrela isolada de massa elevada (com massa superior a cerca de 4 vezes a massa do Sol) que esgotou o seu combustível nuclear e expeliu as suas camadas externas, restando apenas um objecto compacto (uma estrela de neutrões ou um buraco negro).
onda de choque
Uma onda de choque é uma variação brusca da pressão, temperatura e densidade de um fluído, que se desenvolve quando a velocidade de deslocação do fluído excede a velocidade de propagação do som.
pode acelerar o colapso e este durará apenas algumas dezenas de milhares de anos. Pensa-se que é esta a história do nascimento do nosso SolUma onda de choque é uma variação brusca da pressão, temperatura e densidade de um fluído, que se desenvolve quando a velocidade de deslocação do fluído excede a velocidade de propagação do som.
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
, pois só numa supernova se produzem certos elementos radioactivos que se encontravam presentes no sistema solarO Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
primordial e que hoje quase desapareceram.
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
No sistema solar inicial, os grãos interstelares colidiram e formaram pequenos pedaços de matéria. Eventualmente, estes ter-se-ão agregado para formarem os asteróides
asteróide
Um asteróide é um pequeno corpo rochoso que orbita em torno do Sol, com uma dimensão que pode ir desde os 100 m até aos 1000 km. A maioria dos asteróides encontra-se entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também são designados por planetas menores.
, os cometasUm asteróide é um pequeno corpo rochoso que orbita em torno do Sol, com uma dimensão que pode ir desde os 100 m até aos 1000 km. A maioria dos asteróides encontra-se entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também são designados por planetas menores.
cometa
Os cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
, as luas e os planetasOs cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
planeta
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
que constituem o sistema solar de hoje.
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
Modelos computacionais sugerem que o núcleo metálico da Terra se formou entre 20 e 30 milhões de anos após o início da formação do sistema solar. Mas os dados geológicos estavam, até agora, em desacordo, pois indicavam um período de cerca de 50 milhões de anos para a sua formação.
O novo trabalho baseia-se nos elementos raros 182háfnio (182Hf) e 182tungsténio (182W), que actuam como relógios radioactivos. Ambos eram abundantes na época do nascimento do sistema solar e subsistem ainda hoje. O 182Hf tem uma semi-vida radioactiva de 9 milhões de anos e decai para o 182W.
Quando a Terra e Marte
Marte
Marte é o quarto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol. É o último dos chamados planetas interiores. O seu diâmetro é cerca de 50% mais pequeno do que o da Terra e possui uma superfície avermelhada, sendo também conhecido como planeta vermelho.
se formaram, todo o tungsténio foi absorvido pelos núcleos metálicos centrais dos respectivos planetas. Assim, qualquer 182W hoje presente no manto rochoso da Terra ou de Marte é um produto directo do decaimento de 182Hf. Sabendo o tempo de decaimento dos elementos, podemos determinar a idade da rocha.
Marte é o quarto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol. É o último dos chamados planetas interiores. O seu diâmetro é cerca de 50% mais pequeno do que o da Terra e possui uma superfície avermelhada, sendo também conhecido como planeta vermelho.
Investigadores de ciências planetárias da Universidade de Münster, na Alemanha, reanalisaram os rácios de 182Hf/182W em fragmentos de meteoritos
meteorito
Um meteorito é um corpo sólido que entra na atmosfera da Terra (ou de outro planeta), sendo suficientemente grande para não ser totalmente destruído pela fricção com as partículas da atmosfera, e assim atingir o solo. Os meteoritos dividem-se em três categorias, segundo a sua composição: aerolitos (rochosos), sideritos (ferro) e siderolitos (ferro e rochas).
que provinham de Marte e de um asteróide (Vesta), e compararam com os rácios de amostras do manto terrestre. Concluíram que o núcleo da TerraUm meteorito é um corpo sólido que entra na atmosfera da Terra (ou de outro planeta), sendo suficientemente grande para não ser totalmente destruído pela fricção com as partículas da atmosfera, e assim atingir o solo. Os meteoritos dividem-se em três categorias, segundo a sua composição: aerolitos (rochosos), sideritos (ferro) e siderolitos (ferro e rochas).
núcleo da Terra
O núcleo da Terra é a região central da Terra, muito densa e parcialmente liquída. Acredita-se que é composta por ferro e níquel.
se formou nos primeiros 30 milhões de anos de existência do sistema solar. O núcleo de Marte ter-se-á formado em aproximadamente 13 milhões de anos. Resultados quase idênticos foram obtidos num estudo independente, em amostras diferentes, realizado por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e do Laboratório de Ciências da Terra da Escola Normal Superior de Lyon, em França.
O núcleo da Terra é a região central da Terra, muito densa e parcialmente liquída. Acredita-se que é composta por ferro e níquel.
A nova datação através de isótopos radioactivos
radioisótopo
Isótopo instável, natural ou criado artificialmente, cujo núcleo decai emitindo partículas (alfa ou beta) ou radiação (gama), até se transformar num núcleo estável, não radioactivo, de outro elemento químico.
antecipou em 20 milhões de anos a formação dos núcleos da Terra e de Marte relativamente ao que se julgava. Também a LuaIsótopo instável, natural ou criado artificialmente, cujo núcleo decai emitindo partículas (alfa ou beta) ou radiação (gama), até se transformar num núcleo estável, não radioactivo, de outro elemento químico.
Lua
A Lua é o único satélite natural da Terra.
aparece mais cedo do que se pensava, 25 a 30 milhões de anos após o início do sistema solar. A explicação mais favorável para a origem da Lua é a de um impacto entre a Terra, que ainda se encontrava em fase de protoplaneta, e um corpo planetário do tamanho de Marte.
A Lua é o único satélite natural da Terra.
Fonte da notícia: http://www.nature.com/nsu/020826/020826-4.html