Pessoas cegas ou com baixa visão "observam" o céu noturno durante a concentração de telescópios de Moimenta da Beira.
2014-06-20
4ª Concentração de Telescópios de Moimenta da Beira – imagens do evento.
Estes telescópios estavam ligados a webcams que captavam os objetos celestes observados no momento e no local por todos os participantes. Utilizando um software de edição, as imagens foram impressas numa impressora térmica, recorrendo a um tipo de papel especial que ganha volume quando aquecido. Isto permitiu ao público cego ou com baixa visão presente no evento percecionar os objetos que estavam a ser observados naquele preciso momento conjuntamente com os restantes participantes da concentração.
Os participantes puderam ainda aprender mais sobre as constelações
constelação
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
do céu noturno através de outros materiais tácteis pertencentes ao projeto “Tocar o Universo” que estavam disponíveis no local de observação. Estes englobavam uma meia esfera táctil com constelações, um modelo 3D táctil da LuaDesigna-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
Lua
A Lua é o único satélite natural da Terra.
, entre outros.
A Lua é o único satélite natural da Terra.
Os participantes cegos ou com baixa visão foram apoiados pela equipa que se encontrava no local de forma a compreenderem os objetos que estavam a ser observados e assim tendo uma experiência em tudo semelhante aos outros participantes presentes no local. O objetivo principal foi demonstrar a possibilidade de envolver públicos cegos ou com baixa visão em atividades observacionais de outra forma a eles inatingíveis, promovendo um ambiente de colaboração e partilha de recursos acessíveis a todos. Seguindo esta filosofia, a Escola Secundária de Moimenta da Beira é agora uma escola piloto no âmbito do projeto Open Discovery Space onde uma comunidade dedicada a alunos cegos ou com baixa visão está a ser criada e muitas ferramentas e recursos estão a ser desenvolvidas.
Esta atividade envolveu os esforços de várias entidades portuguesas de educação e de instituições de divulgação de Astronomia, tais como o NUCLIO – Núcleo Interativo de Astronomia, o Planetário de Espinho, o Clube das Ciências do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira e o CRTIC de Cinfães. Contou ainda com o apoio de entidades internacionais de referência no panorama da educação e divulgação de astronomia, tais como o Galileo Teacher Training Program, Universe Awareness e o Observatório Astronómico da Universidade de Valência.
Mais informações em: http://nuclio.org/astroneighbours/