Hubble detecta sinais ténues de água em cinco exoplanetas
2013-12-04
Ilustração mostrando a luz de uma estrela que ilumina a atmosfera de um planeta. Crédito: Goddard Space da NASA.
Hubble Space Telescope (HST)
O Telescópio Espacial Hubble é um telescópio espacial que foi colocado em órbita da Terra em 1990 pela NASA, em colaboração com a ESA. A sua posição acima da atmosfera terrestre permite-lhe observar os objectos astronómicos com uma qualidade ímpar.
, duas equipas de cientistas encontraram assinaturas fracas de água nas atmosferasO Telescópio Espacial Hubble é um telescópio espacial que foi colocado em órbita da Terra em 1990 pela NASA, em colaboração com a ESA. A sua posição acima da atmosfera terrestre permite-lhe observar os objectos astronómicos com uma qualidade ímpar.
atmosfera
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
de cinco exoplanetas1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
planeta extra-solar
Um planeta extra-solar é um planeta que não orbita o nosso Sol.
distantes. A presença de água na atmosfera de alguns planetasUm planeta extra-solar é um planeta que não orbita o nosso Sol.
planeta
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
a orbitarem estrelasUm planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
fora do Sistema SolarUma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
já tinha sido anteriormente relatada, mas este é o primeiro estudo a medir e a comparar de forma conclusiva, em vários planetas, os perfis e intensidades das assinaturas.
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
Os cinco planetas - WASP-17b, HD209458b, WASP-12b, WASP-19b e XO-1b - orbitam estrelas a curta distância. A intensidade das suas assinaturas de água varia. WASP-17b e HD209458b revelaram os sinais mais fortes.
"Estamos muito confiantes de que vemos a assinatura da água em vários planetas", disse Avi Mandell, cientista planetário no Goddard Space Flight Center, da NASA
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
, em Greenbelt, Maryland, e principal autor de um artigo publicado no Astrophysical Journal, descrevendo os resultados para WASP-12b, WASP-17b e WASP-19b. "Este trabalho abre realmente o caminho para compararmos a quantidade de água presente nas atmosferas de diferentes tipos de exoplanetas."
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
Os estudos fizeram parte de um levantamento de atmosferas de exoplanetas, liderado por L. Drake Deming, da Universidade de Maryland, em College Park. As equipas usaram a Wide Field Camera 3 do Hubble para explorar em detalhe a absorção da luz
absorção de radiação
A absorção de radiação é um decréscimo da intensidade da radiação devido à energia dispendida na excitação ou ionização de átomos e moléculas do meio que atravessa.
ao atravessar as atmosferas dos planetas. As observações foram feitas em comprimentos de ondaA absorção de radiação é um decréscimo da intensidade da radiação devido à energia dispendida na excitação ou ionização de átomos e moléculas do meio que atravessa.
comprimento de onda
Designa-se por comprimento de onda a distância entre dois pontos sucessivos de amplitude máxima (ou mínima) de uma onda.
do infravermelhoDesigna-se por comprimento de onda a distância entre dois pontos sucessivos de amplitude máxima (ou mínima) de uma onda.
infravermelho
Região do espectro electromagnético compreendida entre os comprimentos de onda de 0,7 e 350 mícrones. Esta banda permite observar astros, fenómenos, ou processos físicos com temperaturas entre 10 e 5200 graus Kelvin.
, para os quais a assinatura da água, se estiver presente, aparece. As equipas compararam as configurações e intensidades dos perfis de absorção e a concordância das assinaturas deu-lhes a garantia de estarem a ver água.
Região do espectro electromagnético compreendida entre os comprimentos de onda de 0,7 e 350 mícrones. Esta banda permite observar astros, fenómenos, ou processos físicos com temperaturas entre 10 e 5200 graus Kelvin.
"Detectar a atmosfera de um exoplaneta é extraordinariamente difícil. Mas fomos capazes de obter sinais claros de água", afirmou Deming, cuja equipa relatou resultados para HD209458b e XO-1b num artigo publicado a 10 de Setembro na mesma revista. Esta equipa empregou uma nova técnica com tempos de exposição mais longos que tornaram mais sensíveis as suas medições.
Os sinais de água foram, todos eles, mais fracos do que o esperado. Os cientistas suspeitam que isto se deva a uma camada de neblina ou de poeira que esteja a cobrir cada um dos cinco planetas. Esta neblina, cuja constituição é desconhecida, pode reduzir a intensidade de todos os sinais da atmosfera, da mesma forma que o nevoeiro pode apagar algumas cores numa fotografia. Ao mesmo tempo, a neblina altera os perfis dos sinais de água e de outras moléculas
molécula
Uma molécula é a unidade mais pequena de um composto químico, sendo constituída por um ou mais átomos, ligados entre si pelas interacções dos seus electrões.
importantes de maneiras diferentes.
Uma molécula é a unidade mais pequena de um composto químico, sendo constituída por um ou mais átomos, ligados entre si pelas interacções dos seus electrões.
Os cinco planetas são “Júpiteres quentes”, mundos enormes que orbitam as suas estrelas a curta distância. O facto de todos os cinco parecerem ser brumosos surpreendeu inicialmente os investigadores. Mas Deming e Mandell frisaram que há outros investigadores a encontrar sinais de neblina em torno de exoplanetas.
"Estes estudos, combinados com outras observações do Hubble, estão a mostrar-nos que há um número surpreendentemente grande de sistemas para os quais o sinal de água ou é atenuado ou está completamente ausente", disse Heather Knutson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, co-autora do artigo de Deming. "Isto sugere que as atmosferas nubladas ou brumosas podem de facto ser bastante comuns em Júpiteres quentes."
A Wide Field Camera 3 do Hubble é um dos poucos instrumentos capazes de investigar as atmosferas de exoplanetas a muitos milhares de milhões de quilómetros de distância. Estes estudos excepcionalmente desafiadores só podem ser levados a cabo se os planetas forem observados quando estiverem a passar em frente às suas estrelas. Os investigadores podem identificar os gases na atmosfera de um planeta determinando quais os comprimentos de onda da luz da estrela que são transmitidos e quais são parcialmente absorvidos.
Fonte da notícia: http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2013/54/full/