Já faz dois anos que o cometa C20011/ L4 PANSTARRS, foi descoberto pelo "Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System" instalado em Maui, uma das ilhas Havaianas. Inicialmente as expectativas dos especialistas foram grandes, pois o cometa demonstrava certas particularidades que o podiam transformar num cometa extremamente brilhante.

Porém, à medida que este se aproximava da nossa estrela, a sua evolução ficou aquém do desejado pelas previsões otimistas.

Ontem, no dia 10 de Março, o cometa teve a sua maior aproximação ao Sol ficando ligeiramente mais perto da nossa estrela do que a órbita de Mercúrio. Desde então o cometa PanSTARRS irá afastar-se outra vez cada dia, cada semana.

Hoje, dia 11 de Março, o cometa já se afastou o suficiente do Sol para ser observável nas latitudes médias do hemisfério Norte, imediatamente após o pôr de sol.

O que é preciso para ver o cometa?
Qualquer binóculo deve servir para ver o cometa e a sua cauda. A tarefa de o encontrar provavelmente é mais fácil com binóculos do tipo 7x50 ou 10x50.
Uma vez detetado com binóculo, deve ser possível vislumbrar o cometa mesmo a olho nu.
Para conseguir uma imagem nítida, convém primeiro focar os binóculos no horizonte distante, orientando-se na linha que separa o céu do solo.

Onde está o cometa?
Mal que os últimos raios solares se extinguirem junto do horizonte Oeste, basta procurar junto do horizonte por cima da posição onde o Sol acabou de desaparecer.
Para avaliar a área abrangida de procura, basta estender um braço e colocar a mão completamente aberta sobre a posição onde o Sol esteve pouco antes. A área do céu tapada pela mão é onde o cometa se deve situar. Com os binóculos escrutine essa zona.

Quando observar?
Convém acompanhar o pôr de sol. Para além da típica beleza desse fenómeno, serve a posição do Sol como ponto de referência para procurar o cometa.
Nos dias 11-13 haverá apenas pouco mais de meia hora até a cabeça do cometa seguir o destino do Sol, desaparecendo sob o horizonte. Mas a sua cauda pode continuar ser visível, dependendo isso principalmente do estado da atmosfera e da luminosidade do crepúsculo.
No dia 12, o cometa fica perto do fino crescente da Lua, ligeiramente por cima e mais a esquerda (leste) desta. No dia 13 a Lua fica por cima do cometa.
Nos dias seguintes, o brilho mais intenso da Lua crescente e a luz do crepúsculo podem dificultar a observação. No entanto, o cometa irá aparecer dia após dia cada vez mais acima do horizonte.

O que pode ser visto?
Os pormenores observáveis dependem da claridade do céu e o que for utilizado para observar. Em todo o caso será fácil distinguir o núcleo mais brilhante, a cabeça do cometa, e uma cauda bastante alongada.
Dia após dia o aspeto da cauda do cometa pode variar. Podem aparecer bifurcações distintas na cauda ou até pode aparecer uma pequena cauda que aponta no sentido oposto em direção ao Sol.

Contar e fotografar
Conte-nos a sua experiência, como encontrou o cometa, o que viu, o que achou. Experimente tirar uma fotografia (um tripé fotográfico pode ser útil) e faça-nos chegar as suas imagens através do contacto em http://nuclio.org/contactos/