Missão Kepler descobre sistema planetário a orbitar um par de estrelas
2012-08-29
Em cima: Concepção artística do sistema Kepler-47. Em baixo: Diagrama que compara o nosso Sistema Solar a Kepler-47, um sistema com duas estrelas, contendo dois planetas, um deles em órbita na chamada \"zona habitável\" (a verde). Credito das imagens: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle
planeta
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
circumbinário, Kepler-16b, a Missão Kepler da NASAUm planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
descobriu, pela primeira vez, mais de um planeta a orbitar dois sóis. Este sistema, conhecido como um sistema planetário circumbinário, encontra-se a 4900 anos-luzEntidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
ano-luz (al)
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
da Terra, na constelaçãoO ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
constelação
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
do Cisne.
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
Esta descoberta mostra ser possível que mais de um planeta se forme e sobreviva em torno de uma estrela
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
binária e demonstra a diversidade de sistemas planetários na nossa galáxiaUma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
galáxia
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
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Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
Os astrónomos detectaram dois planetas no sistema Kepler-47, um par de estrelas orbitando-se mutuamente e que, do privilegiado ponto de vista da Terra, se eclipsam uma à outra a cada 7,5 dias. Uma das estrelas é semelhante ao Sol
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
em tamanho, mas com apenas 84% do brilhoO Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
brilho
O brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
. A segunda estrela é diminuta, medindo apenas um terço do tamanho do Sol e com menos de 1% do brilho.
O brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
Em contraste com o que acontece no caso de um único planeta orbitando uma única estrela, um planeta num sistema circumbinário transita um "alvo em movimento". Como consequência, os intervalos de tempo entre os trânsitos
trânsito
Designa-se por trânsito a passagem de um objecto astronómico à frente do disco de um objecto maior e mais longínquo. Por exemplo, o trânsito de Vénus diante do Sol.
bem como as suas durações podem variar substancialmente, às vezes são curtos, outras duram muito tempo", disse Jerome Orosz, professor de Astronomia na Universidade Estatal de San Diego e principal autor do artigo. "Os intervalos foram o sinal revelador de que estes planetas estão em órbitasDesigna-se por trânsito a passagem de um objecto astronómico à frente do disco de um objecto maior e mais longínquo. Por exemplo, o trânsito de Vénus diante do Sol.
órbita
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
circumbinárias".
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
O planeta mais interior, Kepler-47b, orbita o par de estrelas em menos de 50 dias. Embora não possa ser directamente visualizado, pensa-se que se trata de um mundo escaldante, onde a destruição do metano na sua atmosfera
atmosfera
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
super aquecida pode levar à formação de uma névoa espessa que poderia cobrir o planeta. Com cerca de três vezes o raio da Terra, Kepler-47b é o menor planeta conhecido em trânsito circumbinário.
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
O planeta exterior, Kepler-47c, orbita o binário a cada 303 dias, colocando-se na chamada "zona habitável", a região de um sistema planetário onde é possível existir água líquida na superfície de um planeta. Embora não se trate propriamente de um mundo acolhedor para a vida, pensa-se que Kepler-47c possa ser um gigante gasoso pouco maior que Neptuno
Neptuno
Neptuno é, a maior parte do tempo, o oitavo planeta do Sistema Solar a contar do Sol, mas por vezes é o nono, quando Plutão, na sua órbita excêntrica, se aproxima mais do Sol. Neptuno, de cor azulada devido à presença de metano na sua atmosfera, possui uma atmosfera onde ocorrem tempestades e ventos violentos. Com um diâmetro cerca de 4 vezes o da Terra, Neptuno é o menor e mais longíquo dos planetas gigantes gasosos.
, onde deverá existir uma atmosfera espessa e brilhante de nuvens de vapor de água.
Neptuno é, a maior parte do tempo, o oitavo planeta do Sistema Solar a contar do Sol, mas por vezes é o nono, quando Plutão, na sua órbita excêntrica, se aproxima mais do Sol. Neptuno, de cor azulada devido à presença de metano na sua atmosfera, possui uma atmosfera onde ocorrem tempestades e ventos violentos. Com um diâmetro cerca de 4 vezes o da Terra, Neptuno é o menor e mais longíquo dos planetas gigantes gasosos.
"Ao contrário do nosso Sol, muitas estrelas fazem parte de sistemas múltiplos, onde duas ou mais estrelas se orbitam. A questão tem sido: terão estes sistemas planetas e sistemas planetários? Esta descoberta da Kepler prova que têm", disse William Borucki, investigador principal da Missão Kepler no Ames Research Center da NASA, em Moffett Field, Califórnia. "Na nossa busca de planetas habitáveis, encontrámos mais oportunidades para a existência de vida."
Para procurar planetas em trânsito, a equipa de investigação usou dados do telescópio espacial Kepler, que medem quedas no brilho de mais de 150000 estrelas. Observações espectroscópicas adicionais realizadas em terra, através de telescópios do Observatório McDonald da Universidade do Texas em Austin, ajudaram a caracterizar as propriedades estelares. Os resultados foram publicados na revista Science.
"A presença de um verdadeiro sistema planetário circumbinário orbitando Kepler-47 é uma descoberta surpreendente", disse Greg Laughlin, professor de Astrofísica e Ciências Planetárias da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. "Estes planetas são muito difíceis de formar segundo o paradigma actualmente aceite, e eu acredito que os teóricos, incluindo eu, irão voltar a sentar-se à secretária para tentarem melhorar o nosso entendimento de como os planetas se formam nos discos de poeira circumbinários."
Fonte da Notícia: http://www.nasa.gov/mission_pages/kepler/news/kepler-47.html