UKIRT descobre estrelas binárias “impossíveis”
2012-07-10
Concepção artística que ilustra o novo recorde quebrado em sistemas binários. Duas anãs vermelhas activas tipo M4 que se orbitam a cada 2,5 horas, enquanto prosseguem o seu movimento em espiral para dentro. Eventualmente irão unir-se numa única estrela. Crédito: J. Pinfield, para a RoPACS network.
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
que se orbitam em menos de 4 horas. Até agora pensava-se que não poderiam existir estrelas tão próximas em sistemas binários. As novas descobertas foram feitas pela Wide Field Camera (WFCAM) Transit Survey do telescópio, e surgem na revista Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
Ao contrário do nosso Sol
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
, cerca de metade das estrelas na nossa GaláxiaO Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
Via Láctea
A Via Láctea é a galáxia de que faz parte o nosso Sistema Solar. Trata-se de uma galáxia espiral gigante, com um diâmetro de cerca de 160 mil anos-luz e uma massa da ordem de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol.
fazem parte de um sistema binário, em que as duas estrelas se orbitam mutuamente As estrelas nestes sistemas formam-se, muito provavelmente, ao mesmo tempo e ficam em órbitaA Via Láctea é a galáxia de que faz parte o nosso Sistema Solar. Trata-se de uma galáxia espiral gigante, com um diâmetro de cerca de 160 mil anos-luz e uma massa da ordem de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol.
órbita
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
em torno uma da outra a partir do nascimento. Sempre se pensou que se as estrelas dum sistema binário se formassem a pequena distância uma da outra, rapidamente se fundiriam numa única estrela maior. Este pressuposto bateu certo com muitas das observações colhidas ao longo das últimas três décadas que revelaram uma abundante população de binários estelares, mas nenhum com períodos orbitais menores do que 5 horas.
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
Nos últimos cinco anos, o UKIRT tem vindo a acompanhar o brilho
brilho
O brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
de centenas de milhares de estrelas, incluindo milhares de anãs vermelhas, em luz do infravermelho-próximo, utilizando a sua câmara de campo largo (WFC). Este estudo de estrelas frias ao longo do tempo tem sido o foco do programa European (FP7) Initial Training Network 'Rocky Planets Around Cool Stars' (RoPACS), que estuda os planetasO brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
planeta
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
e as estrelas frias.
Um planeta é um objecto que se forma no disco que circunda uma estrela em formação e cuja massa é superior à de Plutão (1/500 da massa da Terra) e inferior a 10 vezes a massa de Júpiter. Ao contrário das estrelas, os planetas não produzem luz, apenas reflectem a luz da estrela que orbitam.
"Para nossa surpresa, encontrámos vários binários de anãs vermelhas com períodos orbitais significativamente menores que as 5 horas características para estrelas semelhantes ao Sol, algo que se pensava ser impossível", disse Bas Nefs, do Leiden Observatory, na Holanda, autor principal do artigo. "Isto significa que temos de repensar a forma como estes binários de tão grande proximidade se formam e evoluem."
Como as estrelas diminuem de tamanho no início de sua vida, o facto de estes binários tão próximos existirem significa que as suas órbitas também se devem ter encurtado a partir do nascimento, caso contrário, as estrelas teriam estado em contacto logo no início e ter-se-iam fundido
fusão
1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
. No entanto, não é fácil compreender como puderam as órbitas ter-se encurtado tanto.
Uma possível resposta para este enigma é que as estrelas frias em sistemas binários são muito mais activas e violentas do que se pensava anteriormente.
1- passagem do estado sólido ao líquido, por efeito do calor; 2- junção, união.
É possível que as linhas do campo magnético
campo magnético
O campo magnético é a região em torno de um corpo na qual é detectada uma força magnética. Os campos magnéticos actuam apenas em partículas electricamente carregadas. Campos magnéticos fracos são por exemplo gerados por efeito de dínamo no interior dos planetas e luas, enquanto que campos magnéticos mil milhões de vezes mais fortes podem ser gerados em estrelas e galáxias. Os campos magnéticos são capazes de controlar o movimento de gás ionizado e até moldar a forma dos corpos por eles actuados.
que saem destas estrelas frias e companheiras fiquem distorcidas e deformadas pelo movimento em espiral para dentro que elas efectuam em torno uma da outra, gerando actividade extra através do vento estelar, fulguraçõesO campo magnético é a região em torno de um corpo na qual é detectada uma força magnética. Os campos magnéticos actuam apenas em partículas electricamente carregadas. Campos magnéticos fracos são por exemplo gerados por efeito de dínamo no interior dos planetas e luas, enquanto que campos magnéticos mil milhões de vezes mais fortes podem ser gerados em estrelas e galáxias. Os campos magnéticos são capazes de controlar o movimento de gás ionizado e até moldar a forma dos corpos por eles actuados.
fulguração
Uma fulguração é uma libertação de energia de forma explosiva da qual resulta um aumento rápido do brilho do astro no qual ocorre. São exemplo deste tipo de fenómenos as fulgurações solares, associadas às manchas solares, bem como as fulgurações de raios-X, que ocorrem em estrelas de neutrões, e de raios gama, que se sabe estarem relacionadas com as explosões de supernova.
explosivas e manchas estelares. A actividade magnética poderosa pode funcionar como um travão no movimento giratório das estrelas, abrandando-o e fazendo com que elas se aproximam.
Uma fulguração é uma libertação de energia de forma explosiva da qual resulta um aumento rápido do brilho do astro no qual ocorre. São exemplo deste tipo de fenómenos as fulgurações solares, associadas às manchas solares, bem como as fulgurações de raios-X, que ocorrem em estrelas de neutrões, e de raios gama, que se sabe estarem relacionadas com as explosões de supernova.
"Sem a excepcional sensibilidade do UKIRT não teria sido possível encontrar estes pares extraordinárias de anãs vermelhas", disse David Pinfield, da Universidade de Hertfordshire. E acrescentou : "A natureza activa destas estrelas e os seus aparentemente poderosos campos magnéticos tem implicações profundas para os ambientes em torno de anãs vermelhas em toda a nossa galáxia
galáxia
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
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Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
Fonte da notícia: http://www.ras.org.uk/news-and-press/219-news-2012/2143-ukirt-discovers-impossible-binary-stars