Pequena galáxia dominada por matéria escura
2008-09-19
Enxame aberto da nossa galáxia. A galáxia Segue 1 é 50 vezes menos luminosa que este enxame aberto, mas tem 1000 vezes mais massa. Crédito: SDSS.
galáxia
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
, a Via LácteaUm vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
Via Láctea
A Via Láctea é a galáxia de que faz parte o nosso Sistema Solar. Trata-se de uma galáxia espiral gigante, com um diâmetro de cerca de 160 mil anos-luz e uma massa da ordem de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol.
, é uma galáxia de dimensão considerável e à sua volta orbitam mais de vinte pequenas galáxias satélites. Uma equipa de astrónomos de diferentes institutos dos EUA observou cerca de uma dezena destas galáxias anãs. Estes objectos são tão pouco luminosos que chegou-se a pensar que se tratavam de enxames globulares - aglomerados de estrelasA Via Láctea é a galáxia de que faz parte o nosso Sistema Solar. Trata-se de uma galáxia espiral gigante, com um diâmetro de cerca de 160 mil anos-luz e uma massa da ordem de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol.
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
- da nossa própria galáxia. Mas a análise dos dados recolhidos com os telescópios KeckUma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
W. M. Keck Observatory
O Observatório W. M. Keck é operado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e pela NASA, e encontra-se localizado em Mauna Kea, no Havai. O observatório é constituído por dois telescópios gémeos de 10 metros, o Keck I e o Keck II.
(NASAO Observatório W. M. Keck é operado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e pela NASA, e encontra-se localizado em Mauna Kea, no Havai. O observatório é constituído por dois telescópios gémeos de 10 metros, o Keck I e o Keck II.
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
/CalTech) mostrou que estes objectos eram mesmo galáxias, embora muito pouco luminosas.
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
Dado que estas galáxias apresentam tão poucas estrelas, esperar-se-ia, à partida, que a sua massa
massa
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
fosse igualmente pequena. Para grande surpresa da equipa, o estudo revelou que estas galáxias tinham entre 100 a 1000 vezes mais massa do que se estimava pela sua luminosidadeA massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
luminosidade
A luminosidade (L) é a quantidade de energia que um objecto celeste emite por unidade de tempo e em determinado comprimento de onda, ou em determinada banda de comprimentos de onda.
. Este excesso de massa é atribuído à presença de matéria escuraA luminosidade (L) é a quantidade de energia que um objecto celeste emite por unidade de tempo e em determinado comprimento de onda, ou em determinada banda de comprimentos de onda.
matéria escura
A matéria escura é matéria que não emite luz e por isso não pode ser observada directamente, mas cuja existência é inferida pela sua influência gravitacional na matéria luminosa, ou prevista por certas teorias. Por exemplo, os astrónomos acreditam que as regiões mais exteriores das galáxias, incluindo a Via Láctea, têm de possuir matéria escura devido às observações do movimento das estrelas. A Teoria Inflacionária do Universo prevê que o Universo tem uma densidade elevada, o que só pode ser verdade se existir matéria escura. Não se sabe ao certo o que constitui a matéria escura: poderão ser partículas subatómicas, buracos negros, estrelas de muito baixa luminosidade, ou mesmo uma combinação de vários destes ou outros objectos.
. A matéria escura é "invisível", pois não emite nem absorve luz, mas os cientistas podem inferir a sua presença através do efeito gravitacional que a matéria escura tem sobre a matéria dita normal.
A matéria escura é matéria que não emite luz e por isso não pode ser observada directamente, mas cuja existência é inferida pela sua influência gravitacional na matéria luminosa, ou prevista por certas teorias. Por exemplo, os astrónomos acreditam que as regiões mais exteriores das galáxias, incluindo a Via Láctea, têm de possuir matéria escura devido às observações do movimento das estrelas. A Teoria Inflacionária do Universo prevê que o Universo tem uma densidade elevada, o que só pode ser verdade se existir matéria escura. Não se sabe ao certo o que constitui a matéria escura: poderão ser partículas subatómicas, buracos negros, estrelas de muito baixa luminosidade, ou mesmo uma combinação de vários destes ou outros objectos.
Uma das galáxias anãs que orbitam a nossa Via Láctea, Segue 1, é mil milhões de vezes menos luminosa que a Via Láctea. Contudo, a pequena galáxia tem quase mil vezes mais massa do que teria se fosse constituída apenas por matéria conhecida. Segue 1 tornou-se no exemplo extremo de uma galáxia que contém poucas estrelas mas muita matéria escura.
O projecto
Sloan Digital Sky Survey (SDSS)
O levantamento do céu SDSS é um projecto que tem por objectivo mapear detalhadamente um quarto de todo o céu, determinando posições e magnitudes absolutas de 100 milhões de objectos celestes, e determinando ainda a distância a mais de 1 milhão de galáxias e quasares. Os telescópios que participam neste projecto estão situados no Observatório de Apache Point (EUA). O SDSS é um projecto conjunto de instituições norte-americanas, alemãs e japonesas.
) ajudou os astrónomos a aperceberem-se de quão predominantes são estas galáxias anãs satélites. Nos últimos dois anos, o número de galáxias satélites conhecidas que orbitam a nossa Via Láctea quase que duplicou. À medida que se analisam os dados obtidos pelo SDSS espera-se encontrar ainda mais galáxias anãs, muito pouco luminosas, que até há pouco tempo não seriam detectadas.
O levantamento do céu SDSS é um projecto que tem por objectivo mapear detalhadamente um quarto de todo o céu, determinando posições e magnitudes absolutas de 100 milhões de objectos celestes, e determinando ainda a distância a mais de 1 milhão de galáxias e quasares. Os telescópios que participam neste projecto estão situados no Observatório de Apache Point (EUA). O SDSS é um projecto conjunto de instituições norte-americanas, alemãs e japonesas.
As pequenas galáxias, como as que orbitam a Via Láctea, ajudam-nos a perceber melhor a formação das galáxias. Só o facto de uma galáxia como a Via Láctea ter um número mais elevado de galáxias satélites do que se julgava ajuda a elaborar as teorias de formação de galáxias.
Fonte da notícia: http://www.opa.yale.edu/news/article.aspx?id=6037