Novembro, mês das Leónidas
2006-11-14
Em cima: fotografia da chuva de meteoros das Leónidas em 17 de Novembro de 1999 (20 minutos de exposição) e gravura histórica da tempestade das Leónidas em 1833 (cortesia do Armagh Observatory). Em baixo: trajecto da Terra ao se aproximar do rasto do cometa 55P/Tempel-Tuttle em Novembro de 2006. Crédito: David Asher (Armagh Observatory).
estrela
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
das Leónidas". Este ano, o seu máximo está previsto para a noite de 19 de Novembro, pelas 4h45 (hora de Lisboa) da manhã.
Uma estrela é um objecto celeste gasoso que gera energia no seu núcleo através de reacções de fusão nuclear. Para que tal possa suceder, é necessário que o objecto possua uma massa superior a 8% da massa do Sol. Existem vários tipos de estrelas, de acordo com as suas temperaturas efectivas, cores, idades e composição química.
Todos os dias entram centenas de toneladas
tonelada (t)
A tonelada (t) é uma unidade de massa equivalente a 1000 kg.
de meteoróides na atmosfera terrestreA tonelada (t) é uma unidade de massa equivalente a 1000 kg.
atmosfera terrestre
A atmosfera terrestre é composta por um conjunto de camadas gasosas que envolvem a Terra. Estas camadas são designadas por Troposfera (da superfície da Terra até cerca de 10 km de altitude), Estratosfera (10 - 50 km), Mesosfera (50 - 100 km), Termosfera (100 - 400 km) e Exosfera (acima dos 400 km).
. Os meteoróides são pequenas partículas que andam à deriva no espaço interplanetário. Muitos foram libertados por sublimação de cometasA atmosfera terrestre é composta por um conjunto de camadas gasosas que envolvem a Terra. Estas camadas são designadas por Troposfera (da superfície da Terra até cerca de 10 km de altitude), Estratosfera (10 - 50 km), Mesosfera (50 - 100 km), Termosfera (100 - 400 km) e Exosfera (acima dos 400 km).
cometa
Os cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
que se aproximaram do SolOs cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
, outros vieram de asteróidesO Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
asteróide
Um asteróide é um pequeno corpo rochoso que orbita em torno do Sol, com uma dimensão que pode ir desde os 100 m até aos 1000 km. A maioria dos asteróides encontra-se entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também são designados por planetas menores.
, e alguns podem ter origem na LuaUm asteróide é um pequeno corpo rochoso que orbita em torno do Sol, com uma dimensão que pode ir desde os 100 m até aos 1000 km. A maioria dos asteróides encontra-se entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também são designados por planetas menores.
Lua
A Lua é o único satélite natural da Terra.
ou em MarteA Lua é o único satélite natural da Terra.
Marte
Marte é o quarto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol. É o último dos chamados planetas interiores. O seu diâmetro é cerca de 50% mais pequeno do que o da Terra e possui uma superfície avermelhada, sendo também conhecido como planeta vermelho.
. A maioria dos meteoróides tem uma dimensão comparável à de um grão de areia e desintegra-se quando entra pela atmosferaMarte é o quarto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol. É o último dos chamados planetas interiores. O seu diâmetro é cerca de 50% mais pequeno do que o da Terra e possui uma superfície avermelhada, sendo também conhecido como planeta vermelho.
atmosfera
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
terrestre, formando um rasto de luz muitas vezes chamado "estrela cadente".
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
Cientificamente, as "estrelas cadentes" chamam-se meteoros e resultam dos meteoróides que, a cerca de 100 km de altitude, se tornaram incandescentes pela fricção com os gases da atmosfera da Terra. Todos os dias há cerca de 4 a 5 meteoros por hora. De quando em quando, um meteoro maior não se evapora totalmente ao atravessar a atmosfera terrestre e cai no solo - temos então um meteorito
meteorito
Um meteorito é um corpo sólido que entra na atmosfera da Terra (ou de outro planeta), sendo suficientemente grande para não ser totalmente destruído pela fricção com as partículas da atmosfera, e assim atingir o solo. Os meteoritos dividem-se em três categorias, segundo a sua composição: aerolitos (rochosos), sideritos (ferro) e siderolitos (ferro e rochas).
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Um meteorito é um corpo sólido que entra na atmosfera da Terra (ou de outro planeta), sendo suficientemente grande para não ser totalmente destruído pela fricção com as partículas da atmosfera, e assim atingir o solo. Os meteoritos dividem-se em três categorias, segundo a sua composição: aerolitos (rochosos), sideritos (ferro) e siderolitos (ferro e rochas).
Há alturas do ano em que se observa um número de meteoros muito superior à média. Isto acontece quando a Terra, no seu movimento à volta do Sol, cruza o rasto de alguns cometas e atravessa uma espécie de nuvem de partículas. Os cometas são compostos de gelos e poeira. Ao aproximarem-se do Sol, os gelos evaporam e partículas de poeira são ejectadas para o espaço. Estas poeiras entram na órbita
órbita
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
do cometa e formam o rasto do cometa. Anualmente, a Terra atravessa certas regiões onde existe uma maior concentração de meteoróides criada pelo rasto de cometas, o que leva à grande probabilidade de se observar um maior número de meteoros, na ordem das dezenas ou centenas de meteoros por hora. Temos então uma "chuva de estrelas", ou, mais correctamente, uma chuva de meteorosA órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
chuva de meteoros
Uma chuva de meteoros é um rápido influxo de meteoros que parecem ter origem na mesma direcção do céu - esta direcção designa-se por radiante.
. Este fenómeno raramente atinge os milhares de meteoros por hora, mas quando acontece, passa a denominar-se uma tempestade de meteoros.
Uma chuva de meteoros é um rápido influxo de meteoros que parecem ter origem na mesma direcção do céu - esta direcção designa-se por radiante.
Todos os anos, entre 15 e 25 de Novembro, a Terra atravessa o rasto deixado pelo cometa 55P/Tempel-Tuttle, que tem um período de translação
período orbital
O tempo necessário para que um corpo descreva uma órbita completa e fechada em torno de outro corpo.
em volta do Sol de cerca de 33 anos e efectuou a sua última passagem em 1998. A esta chuva de meteoros chama-se Leónidas, pois a Terra, nesta altura do ano, está na direcção da constelaçãoO tempo necessário para que um corpo descreva uma órbita completa e fechada em torno de outro corpo.
constelação
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
do Leão.
Designa-se por constelação cada uma das 88 regiões em que se divide a abóbada celeste, por convenção de 1922.
Ao longo do ano ocorrem outras chuvas de meteoros, associadas ao rasto de outros cometas. Por exemplo, as Oriónidas, em finais de Outubro, estão associadas ao rasto do cometa Halley
Cometa Halley
O Cometa Halley é o cometa periódico mais conhecido, com um período orbital de 76,1 anos. Os primeiros registos deste cometa remontam a 240 AC e a sua órbita foi calculada por Edmund Halley em 1704, com base nas leis de Newton. O seu regresso ao Sistema Solar interior em 1986 permitiu estudá-lo pormenorizadamente: o seu núcleo mede cerca de 16x8 km, reflecte apenas cerca de 4% da luz solar, roda sobre si mesmo em 3,7 dias e é composto por 45% de gelo de água, 28% de minerais e 27% de material orgânico.
. As Perseidas destacam-se pois a sua actividade é visível durante duas a três semanas, com um máximo de intensidade por volta de 12 de Agosto. As Perseidas relacionam-se com a órbita do cometa Swifft-Tuttle 1962 III.
O Cometa Halley é o cometa periódico mais conhecido, com um período orbital de 76,1 anos. Os primeiros registos deste cometa remontam a 240 AC e a sua órbita foi calculada por Edmund Halley em 1704, com base nas leis de Newton. O seu regresso ao Sistema Solar interior em 1986 permitiu estudá-lo pormenorizadamente: o seu núcleo mede cerca de 16x8 km, reflecte apenas cerca de 4% da luz solar, roda sobre si mesmo em 3,7 dias e é composto por 45% de gelo de água, 28% de minerais e 27% de material orgânico.
O rasto de um cometa não é uniforme, pois tem grandes variações de densidade
densidade
Em Astrofísica, densidade é o mesmo que massa volúmica: é a massa por unidade de volume.
de partículas, o que torna muito difícil fazer previsões do número de meteoros por hora. Contudo, há modelos baseados em observações de anos anteriores e nas diferentes passagens do cometa, que permitem fazer alguma projecção sobre a ordem de grandeza do fenómeno. Por exemplo, associada à passagem do cometa 55P/Tempel-Tuttle em 1998, tivemos uma tempestade magnífica em Novembro de 1999 (mais de 1000 meteoros por hora!). Tanto em Novembro de 2001 como de 2002, a Terra passou muito próxima do centro do rasto produzido pela passagem do cometa em 1866, e em ambos os casos observaram-se tempestades de meteoros!
Em Astrofísica, densidade é o mesmo que massa volúmica: é a massa por unidade de volume.
Em 2006, a Terra passará pela região dos meteoróides das Leónidas durante cerca de uma semana, mas espera-se, em geral, uma baixa média de meteoros por hora. No entanto, segundo David Asher (Observatório de Armagh), a Terra irá passar muito próximo do centro do rasto deixado pela passagem do cometa em 1932. Aí prevê-se que o aumento da actividade de meteoros tenha um pico visível na Europa de Ocidental a 19 de Novembro pelas 04:45 (hora de Lisboa), com uma duração de poucos minutos. O pico da actividade não deverá chegar a uma tempestade de meteoros, mas espera-se que seja mais forte que nos últimos dois anos.
Pode encontrar mais informação sobre meteoros no Tema do Mês: Meteoros, Meteoritos e Meteoróides