Chove sobre Titã
2006-08-10
Imagem da superfície de Titã obtida pela Huygens a 5 km de altitude, durante a sua descida, a 14 de Janeiro de 2005. Trata-se de uma composição de imagens obtidas com o instrumento DISR. Crédito: ESA/NASA/JPL/University of Arizona.
Saturno
Saturno é o sexto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol. Com um diâmetro cerca de 10 vezes o da Terra, é o segundo maior planeta do Sistema Solar. A sua característica mais marcante são os belos anéis que o rodeiam.
, e a Terra são os únicos mundos do Sistema SolarSaturno é o sexto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol. Com um diâmetro cerca de 10 vezes o da Terra, é o segundo maior planeta do Sistema Solar. A sua característica mais marcante são os belos anéis que o rodeiam.
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
onde cai chuva na sua superfície. A chuva de Titã não é igual à nossa, visto ser chuva de metano. Dois estudos publicados recentemente dão pistas sobre como poderá ser um dia chuvoso em Titã.
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
Titã é a maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar, com 5 150 quilómetros de diâmetro. É a única lua com uma atmosfera
atmosfera
1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
densa de azoto, como a da Terra. Nuvens espessas de hidrocarbonetos impedem-nos de ver a sua superfície. Além disso, a 1 500 milhões de quilómetros do Sol1- Camada gasosa que envolva um planeta ou uma estrela. No caso das estrelas, entende-se por atmosfera as suas camadas mais exteriores. 2- A atmosfera (atm) é uma unidade de pressão equivalente a 101 325 Pa.
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
, as temperaturas na sua superfície rondam os 180°C abaixo de zero – qualquer água existente na sua superfície estará completamente congelada. Contudo, dados da sondas Cassini (NASAO Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
) e Huygens (ESAEntidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
European Space Agency (ESA)
A Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
) revelam que Titã está coberto de canais formados recentemente e leitos de rios secos na superfície deste mundo frio. Como é que estas estruturas se terão formado? Terá sido através de precipitação? Se sim, de que tipo?
A Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
Um dos artigos publicados na revista Nature mostra como os dados da sonda Huygens
Cassini-Huygens (NASA/ESA)
A missão Cassini-Huygens é uma missão conjunta da NASA e da ESA dedicada a Saturno que foi lançada no dia 13 de Outubro de 1997. Esta missão é composta por duas sondas: a sonda Cassini cujo objectivo principal é o estudo de Saturno, da sua atmosfera e do seu campo magnético, e a sonda Huygens cujo objectivo é o estudo da atmosfera do maior satélite de Saturno, Titã. O ponto alto desta missão será sem dúvida o pouso da sonda Huygens na superfície de Titã.
podem indicar que existe uma nuvem inferior, praticamente invisível, de azoto e metano líquidos que faz cair chuva na superfície de Titã. “A chuva em Titã é uma morrinha suave, mas chove a toda a hora. Esta torna o solo húmido e lamacento com metano líquido. Foi por isso que a sonda Huygens aterrou com um splat. Aterrou em lama de metano,” disse Christopher McKay, um cientista do NASA Centro de Investigação Ames, e segundo autor do estudo. O autor principal do artigo é Tetsuya Tokano da Universidade de Colónia, na Alemanha.
A missão Cassini-Huygens é uma missão conjunta da NASA e da ESA dedicada a Saturno que foi lançada no dia 13 de Outubro de 1997. Esta missão é composta por duas sondas: a sonda Cassini cujo objectivo principal é o estudo de Saturno, da sua atmosfera e do seu campo magnético, e a sonda Huygens cujo objectivo é o estudo da atmosfera do maior satélite de Saturno, Titã. O ponto alto desta missão será sem dúvida o pouso da sonda Huygens na superfície de Titã.
Em Titã, as nuvens e a chuva são formadas por metano líquido. Na Terra o metano é um gás inflamável, mas Titã não tem oxigénio na atmosfera para suportar a combustão. Além disso, as temperaturas em Titã são tão baixas que o metano pode existir na sua forma líquida.
Entre a nuvem de metano líquido, responsável pela chuva, e a nuvem de metano gelado, mais acima, existe uma separação. Segundo este estudo, o fluxo de metano para baixo, devido à chuva, é balançado pelo transporte de metano para cima através de uma circulação atmosférica de larga escala.
No outro artigo publicado na Nature, Ricardo Hueso e Agustín Sánchez Lavega, cientistas da Universidade do País Basco, defendem que nuvens colossais de vapor de metano formam tempestades na superfície de Titã, com este hidrocarboneto a desempenhar um papel semelhante ao da água na Terra. Os cálculos mostraram que estas tempestades fortes, que podem chegar a uma altitude de 35 quilómetros, produzem nuvens densas de metano e uma precipitação intensa de gotas líquidas a partir do composto gasoso, semelhante aos fortes aguaceiros que vemos na Terra. Esta precipitação gera acumulações e rios de metano líquido em Titã, produzindo os canais observados. Sendo assim, Titã poderá ter um “ciclo do metano”, talvez semelhante ao ciclo da água na Terra.
A 2 de Agosto o arquivo científico da Huygens passou a estar disponível para toda a comunidade científica.
Fontes da notícia: http://www.nasa.gov/centers/ames/news/releases/2006/06_57AR.html
e http://www.eurekalert.org/pub_releases/2006-07/ef-uot072706.php