Afinal, o Universo é bege...
2002-03-13
Afinal, a cor do Universo é bege e não turquesa.
galáxia
Um vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
observadas com o 2dF Galaxy Redshift SurveyUm vasto conjunto de estrelas, nebulosas, gás e poeira interestelar gravitacionalmente ligados. As galáxias classificam-se em três categorias principais: espirais, elípticas e irregulares.
Two Degree Field Galaxy Redshift Survey (2dF)
Trata-se de um levantamento espectroscópico para obtenção de desvios para o vermelho de 250 000 galáxias no hemisfério sul, realizado no Observatório Anglo-Australiano, situado na Austrália. Este levantamento permitirá obter um mapa a 3 dimensões do céu do sul.
, um levantamento de galáxias a diferentes desvios para o vermelhoTrata-se de um levantamento espectroscópico para obtenção de desvios para o vermelho de 250 000 galáxias no hemisfério sul, realizado no Observatório Anglo-Australiano, situado na Austrália. Este levantamento permitirá obter um mapa a 3 dimensões do céu do sul.
desvio para o vermelho (z)
Designa-se por desvio para o vermelho (em inglês, redshift) o desvio do espectro de um objecto para comprimentos de onda mais longos. O desvio para o vermelho pode dever-se ao movimento do objecto a afastar-se do observador (desvio de Doppler), ou à expansão do Universo (desvio para o vermelho cósmico, ou gravitacional). O desvio para o vermelho cósmico permite estimar a distância a que o objecto se encontra: quanto maior o desvio, mais distante o objecto. O desvio de Doppler permite calcular a velocidade a que o objecto se desloca.
, efectuado com o Telescópio Anglo-Australiano de 3,9 metros situado na Austrália. A determinação da cor do Universo foi uma curiosidade que os astrónomos quiseram acrescentar ao seu trabalho científico sobre este levantamento.
Designa-se por desvio para o vermelho (em inglês, redshift) o desvio do espectro de um objecto para comprimentos de onda mais longos. O desvio para o vermelho pode dever-se ao movimento do objecto a afastar-se do observador (desvio de Doppler), ou à expansão do Universo (desvio para o vermelho cósmico, ou gravitacional). O desvio para o vermelho cósmico permite estimar a distância a que o objecto se encontra: quanto maior o desvio, mais distante o objecto. O desvio de Doppler permite calcular a velocidade a que o objecto se desloca.
O espectro cósmico inicial, sob a forma de um gráfico, foi transformado numa matriz de cores, substituindo cada comprimento de onda
comprimento de onda
Designa-se por comprimento de onda a distância entre dois pontos sucessivos de amplitude máxima (ou mínima) de uma onda.
pela cor que o olho humano vê nesse comprimento de onda, e com intensidade proporcional à intensidade do espectro cósmico no respectivo comprimento de onda. Assim, determinaram que um observador que se encontrasse fora do Universo, veria um Universo turquesa. Contudo, o programa utilizado para a atribuição de cores tem a definição de "ponto branco" discutível. O ponto branco é o ponto em que a luz parece branca dado o ambiente em que se a observa. Por exemplo, as lâmpadas com filamento de tungsténio tornam o ponto branco amarelado, enquanto que alguns monitores tornam-no azulado. O sistema de visão do olho humano, inserido nestes ambientes, tenta adaptar-se, registando a cor branca quando na verdade é amarelada ou azulada.
Designa-se por comprimento de onda a distância entre dois pontos sucessivos de amplitude máxima (ou mínima) de uma onda.
Ajustando o programa à definição de ponto branco para um observador que se encontre na escuridão, os investigadores concluiram que, afinal, o Universo é bege. No entanto, se observado à luz do dia, o Universo parece azulado e, dentro de casa, vermelho esbatido.
Fonte da notícia: http://www.jhu.edu/news_info/news/home02/mar02/color.html