Cometas sem cabeça sobrevivem a um mergulho no Sol
2003-07-16
Sequência de imagens obtidas pelo SOHO de um par de cometas rasantes, que sobreviveram à aproximação ao Sol. Crédito: SOHO (NASA/ESA).
cometa
Os cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
passou de raspão pelo SolOs cometas são pequenos corpos irregulares, compostos por gelos (de água e outros) e poeiras. Os cometas têm órbitas de grande excentricidade à volta do Sol. As estruturas mais importantes dos cometas são o núcleo, a cabeleira e as caudas.
Sol
O Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
, um atrás do outro. Os seus trajectos levaram-nos a apenas 0,1 raios solares acima da superfície do Sol, ou seja, bem nas profundidades da coroa solarO Sol é a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da sequência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilómetros.
coroa solar
A coroa solar é a região mais exterior da atmosfera do Sol, imediatamente acima da cromosfera. É composta por gás pouco denso, a uma temperatura acima de um milhão de graus (1-2x106 K). Este gás estende-se por milhares de quilómetros acima da superfície solar e pode ser observado na luz visível durante os eclipses solares, ou com o auxílio de aparelhos especiais, os coronógrafos.
, cuja temperatura atinge vários milhões de graus.
A coroa solar é a região mais exterior da atmosfera do Sol, imediatamente acima da cromosfera. É composta por gás pouco denso, a uma temperatura acima de um milhão de graus (1-2x106 K). Este gás estende-se por milhares de quilómetros acima da superfície solar e pode ser observado na luz visível durante os eclipses solares, ou com o auxílio de aparelhos especiais, os coronógrafos.
Eles pertencem à família Kreutz de cometas que rasam o Sol, e que são frequentemente vistos, no seu encontro fatal com o Sol, pelo observatório espacial solar SOHO
Solar Heliospheric Observatory (SOHO)
O SOHO é uma sonda espacial concebida para a observação e estudo do Sol. O seu obectivo é analisar a estrutura da coroa, do vento solar e ainda obter informação sobre a dinâmica interna do Sol. O SOHO insere-se num projecto internacional de cooperação entre a NASA e a ESA. A sonda foi lançada a 2 de Dezembro de 1995 e posteriormente colocada em órbita do Sol.
- SOlar and Heliospheric Observatory (NASAO SOHO é uma sonda espacial concebida para a observação e estudo do Sol. O seu obectivo é analisar a estrutura da coroa, do vento solar e ainda obter informação sobre a dinâmica interna do Sol. O SOHO insere-se num projecto internacional de cooperação entre a NASA e a ESA. A sonda foi lançada a 2 de Dezembro de 1995 e posteriormente colocada em órbita do Sol.
National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Entidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
/ESAEntidade norte-americana, fundada em 1958, que gere e executa os programas espaciais dos Estados Unidos da América.
European Space Agency (ESA)
A Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
). No entanto, é raro observar-se um par de cometas rasantes. Mais raro ainda é observar-se o que estas fotografias obtidas pelo SOHO mostram: parece que uma cauda, muito débil, continua a trajectória do cometa depois do ponto de maior aproximação da órbitaA Agência Espacial Europeia foi fundada em 1975 e actualmente conta com 15 países membros, incluindo Portugal.
órbita
A órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
ao Sol. Normalmente estes cometas vão perdendo brilhoA órbita de um corpo em movimento é a trajectória que o corpo percorre no espaço.
brilho
O brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
à medida que se aproximam do Sol, até que desaparecem, extintos pelo calorO brilho de um astro refere-se à quantidade de luz que dele provém, ou seja, a quantidade de energia por ele emitida por unidade de área por unidade de tempo. Dado que o brilho observado, ou medido, depende da distância ao objecto, distingue-se o brilho aparente (quando medido a uma determinada distância), do brilho intrínseco (conceptualmente medido na supefície do próprio astro).
calor
O calor é energia em trânsito entre dois corpos ou sistemas.
intenso do Sol e pela pressão da sua radiaçãoO calor é energia em trânsito entre dois corpos ou sistemas.
radiação electromagnética
A radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X.
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A radiação electromagnética, ou luz, pode ser considerada como composta por partículas (os fotões) ou ondas. As suas propriedades dependem do comprimento de onda: ondas ou fotões com comprimentos de onda mais longos traduzem radiação menos energética. A radiação electromagnética, ou luz, é usualmente descrita como um conjunto de bandas de radiação, como por exemplo o infravermelho, o rádio ou os raios-X.
A cauda observada após a aproximação ao Sol é provavelmente constituída pelos restos de poeira do núcleo do cometa
núcleo de um cometa
O núcleo de um cometa é a parte sólida e gelada, localizada no centro da cabeça do cometa e é constituído por poeiras e gases gelados. O diâmetro dos núcleos cometários tem tipicamente entre 10 e 20 km.
, que são empurrados pela pressão da radiação solar depois de todo o gelo do núcleo ter-se evaporado e eliminado os processos que mantêm a cabeleira brilhante à volta do núcleo.
O núcleo de um cometa é a parte sólida e gelada, localizada no centro da cabeça do cometa e é constituído por poeiras e gases gelados. O diâmetro dos núcleos cometários tem tipicamente entre 10 e 20 km.
Outro par de cometas Kreutz com cauda e sem cabeça foi observado em Junho de 1998, quando a geometria de observação era muito semelhante a esta. De entre mais de 600 cometas que rasam o Sol e que foram observados durante 6 anos pelo SOHO, este é apenas o terceiro caso a mostrar este tipo de comportamento.
Os cometas são bocados de gelo e poeira que se deslocam à volta do Sistema Solar
Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
em órbitas elongadas. As bolas de neve suja são o núcleo dos cometas; o seu tamanho vai desde o tamanho de uma pedra até ao de uma cidade. À medida que o cometa se aproxima do Sol, o calor solar e a pressão da radiação solar libertam gás e poeira do núcleo, formando a cabeleira - uma extensa nuvem brilhante à volta do núcleo - e uma, ou mais, caudas. A cauda de poeiraO Sistema Solar é constituído pelo Sol e por todos os objectos que lhe estão gravitacionalmente ligados: planetas e suas luas, asteróides, cometas, material interplanetário.
cauda de poeira de um cometa
A cauda de poeira de um cometa forma-se a partir de partículas de poeira que se desprendem do núcleo do cometa devido à pressão de radiação do Sol. As caudas de poeira são encurvadas, reflectindo o rasto deixado pelos cometas nas suas órbitas, e estendem-se por dezenas, ou mesmo centenas, de milhões de quilómetros. A cauda não emite luz própria - o seu brilho é o reflexo da luz solar. Há dois tipos de caudas de cometa: as do Tipo I são caudas de iões e as do Tipo II são caudas de poeira.
dum cometa pode ter milhões de quilómetros de comprimento e é deixada ao longo da trajectória do cometa. Os cometas também têm uma cauda de partículas electricamente carregadas (iõesA cauda de poeira de um cometa forma-se a partir de partículas de poeira que se desprendem do núcleo do cometa devido à pressão de radiação do Sol. As caudas de poeira são encurvadas, reflectindo o rasto deixado pelos cometas nas suas órbitas, e estendem-se por dezenas, ou mesmo centenas, de milhões de quilómetros. A cauda não emite luz própria - o seu brilho é o reflexo da luz solar. Há dois tipos de caudas de cometa: as do Tipo I são caudas de iões e as do Tipo II são caudas de poeira.
ião
Átomo ou molécula que perdeu ou ganhou um ou mais electrões.
), que é normalmente menos brilhante do que a cauda de poeira, e é empurrada na direcção oposta ao Sol pelo vento solarÁtomo ou molécula que perdeu ou ganhou um ou mais electrões.
vento solar
O vento solar é um vento contínuo de plasma quente que tem origem na coroa solar e preenche o espaço interplanetário do Sistema Solar. A 1 UA do Sol (ou seja, à distância da Terra ao Sol), a velocidade do vento solar é de cerca de 450 km/s e a densidade é aproximadamente 7 protões/cm3. O vento solar confina o campo magnético da Terra e é responsável por fenómenos como tempestades geomagnéticas e auroras. O Sol ejecta cerca de 10-13 da sua massa por ano via vento solar.
– um gás electricamente carregado que é constantemente lançado pelo Sol. As duas caudas apontam na direcção contrária ao Sol, mesmo quando os cometas se dirigem para o Sistema Solar exterior.
O vento solar é um vento contínuo de plasma quente que tem origem na coroa solar e preenche o espaço interplanetário do Sistema Solar. A 1 UA do Sol (ou seja, à distância da Terra ao Sol), a velocidade do vento solar é de cerca de 450 km/s e a densidade é aproximadamente 7 protões/cm3. O vento solar confina o campo magnético da Terra e é responsável por fenómenos como tempestades geomagnéticas e auroras. O Sol ejecta cerca de 10-13 da sua massa por ano via vento solar.
Fonte da notícia: http://www.gsfc.nasa.gov/news-release/releases/2003/03-65.htm