Estudo de jactos astrofísicos em laboratório
2002-11-14
Imagens (em falsa côr) de plasmas, obtidos em laboratório, após terem sido sujeitos a elevadas descargas eléctricas. Verifica-se a formação de uma estrutura semelhante a um jacto (fotografia da esquerda) por vezes apresentando instabilidades helicoidais (fotografia da direita). Crédito: Paul Bellan & Scott Hsu.
Jactos de plasma
plasma
O plasma é um gás completamente ionizado, em que a temperatura é demasiado elevada para que os átomos existam como tal, sendo composto por electrões e núcleos atómicos livres. É chamado o quarto estado da matéria, para além do sólido, líquido e gasoso.
são observados num grande número de objectos astronómicos, desde os mais modestos em tamanho e luminosidadeO plasma é um gás completamente ionizado, em que a temperatura é demasiado elevada para que os átomos existam como tal, sendo composto por electrões e núcleos atómicos livres. É chamado o quarto estado da matéria, para além do sólido, líquido e gasoso.
luminosidade
A luminosidade (L) é a quantidade de energia que um objecto celeste emite por unidade de tempo e em determinado comprimento de onda, ou em determinada banda de comprimentos de onda.
, como por exemplo os que se detectam em regiões de formação estelar, aos que se estendem por milhares de anos-luzA luminosidade (L) é a quantidade de energia que um objecto celeste emite por unidade de tempo e em determinado comprimento de onda, ou em determinada banda de comprimentos de onda.
ano-luz (al)
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
, como os que se observam em Núcleos Galácticos Activos.
O ano-luz (al) é uma unidade de distância igual a 9,467305 x 1012 km, que corresponde à distância percorrida pela luz, no vácuo, durante um ano.
Como se forma um jacto é um dos problemas actuais mais complexos da Astrofísica. É em geral aceite que os jactos estão associados a discos de acreção
disco de acreção
Disco composto por gás e poeira interestelares que pode circundar buracos negros, estrelas de neutrões, variáveis cataclísmicas, ou estrelas em formação.
, que são discos de matéria que giram à volta de um corpo central de grande massaDisco composto por gás e poeira interestelares que pode circundar buracos negros, estrelas de neutrões, variáveis cataclísmicas, ou estrelas em formação.
massa
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
(por exemplo, um buraco negroA massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo.
buraco negro
Um buraco negro é um objecto cuja gravidade é tão forte que a sua velocidade de escape é superior à velocidade da luz. Em Astronomia, distinguem-se dois tipos de buraco negro: os buracos negros estelares, que resultam da morte de uma estrela de massa elevada, e os buracos negros galácticos, que existem no centro das galáxias activas.
). Por um processo ainda desconhecido, plasma da vizinhança do disco de acreçãoUm buraco negro é um objecto cuja gravidade é tão forte que a sua velocidade de escape é superior à velocidade da luz. Em Astronomia, distinguem-se dois tipos de buraco negro: os buracos negros estelares, que resultam da morte de uma estrela de massa elevada, e os buracos negros galácticos, que existem no centro das galáxias activas.
acreção
Designa-se por acreção a acumulação de matéria (gás e poeira) para um astro central, como por exemplo um buraco negro, uma estrela, uma galáxia, ou um planeta.
é ejectado num estreito feixe, apresentando uma configuração semelhante a uma pluma. Um dos problemas consiste em entender qual o processo que obriga o plasma a circunscrever-se numa região estreita. Uma das hipóteses que tem sido alvo de vários trabalhos teóricos propõe que o plasma é confinado através de forças magnéticas.
Designa-se por acreção a acumulação de matéria (gás e poeira) para um astro central, como por exemplo um buraco negro, uma estrela, uma galáxia, ou um planeta.
Investigadores do Instituto Caltech (EUA) desenvolveram uma experiência para testar esta ideia. Um plasma obtido em laboratório foi sujeito a uma intensa corrente eléctrica, equivalente a dezenas de milhares de vezes a corrente eléctrica nas tomadas eléctricas vulgares. Verificaram que nestas condições formam-se estruturas semelhantes às observadas em jactos astronómicos (ver figura), não só no que se refere à formação de estruturas em jacto, mas também na formação de instabilidades que produzem jactos helicoidais.
Esta experiência demonstrou que através do estudo do processo de formação de jactos em laboratório é possível avançar na compreensão dos fenómenos que estão na base do processo de formação dos jactos astronómicos.
Fonte da notícia: http://www.aps.org./meet/DPP02/baps/press/press1.html