A noite de 12 para 13 de agosto marca o máximo anual da chuva de meteoros Perseidas. Este ano, os cientistas estão a prever grande atividade na noite anterior, a de hoje, já que a Terra passa através de um grupo denso de detritos de cometas.

Os meteoros (popularmente conhecidos como "estrelas cadentes") são o resultado da entrada na atmosfera da Terra de pequenas partículas, algumas tão pequenas como um grão de areia, a alta velocidade. O cometa pai, Swift-Tuttle, que passou pela última vez perto da Terra em 1992, vai deixando estes detritos pelo caminho. Ao entrarem na atmosfera, as partículas aquecem o ar à sua volta, provocando o característico rasto de luz que se vê do solo. Os meteoros parecem ter origem num único ponto, o “radiante”, na constelação de Perseu, daí o nome Perseidas.

O astrónomo russo Mikhail Maslov e o astrónomo finlandês Esko Lyytinen previram que este ano a Terra passa por uma corrente de detritos do cometa desviados na nossa direção pelo campo gravitacional de Júpiter. De acordo com o seu modelo, e com o tabalho realizado pelo cientista francês Jeremie Vaubaillon, poderemos observar um aumento acentuado da atividade desde o início da noite de 11 de agosto até às 05:00 de 12 de agosto.

As Perseidas são tipicamente ativas de 17 de julho a de 24 agosto, embora na maior parte desse período apenas sejam visíveis alguns meteoros por hora. Durante o pico, e se as previsões de Maslov, Lyytinen e Vaubaillon estiverem certas, poderão ser vistos até 100 meteoros ou mais por hora. Este ano, a luz da Lua crescente, em fase de giba, irá interferir em certa medida, durante a primeira parte da noite, por isso, aconselha-se a observação às primeiras horas da madrugada, depois da meia-noite, quando a Lua estiver muito baixa no céu ou já se tiver posto.

“A chuva de meteoros Perseidas é uma das melhores e mais fiéis ​​chuvas de meteoros do ano, e as previsões de um aumento na atividade tornam-na desta vez particularmente interessante. Se tiver a sorte de haver céu limpo no início da madrugada de 12 de agosto, irei definitivamente levantar-me para dar uma olhada" afirmou o Professor Mark Bailey, Diretor Emérito do Observatório Armagh.

O Dr David Asher, também do Observatório Armagh, acrescentou: "Se estiver céu nublado na madrugada de 12 de agosto, ainda haverá a oportunidade de observamos o máximo normal, na noite seguinte."

Ao contrário de muitos eventos celestes, as chuvas de meteoros são fáceis de observar e o melhor equipamento é simplesmente o olho nu. Observadores de meteoros experientes aconselham uma cadeira reclinável que permita olhar o céu com conforto. Também ajuda muito estar num lugar bem escuro, longe da luz artificial, e ter uma visão desobstruída do céu.

Embora o número de meteoros visíveis seja difícil de prever com precisão, poderá esperar ver pelo menos um a cada poucos minutos. São rastos fugazes de luz que rasgam o céu durante menos de um segundo, mas os mais brilhantes deixam para trás o rasto de gases vaporizados e moléculas de ar brilhantes que podem demorar alguns segundos a desaparecer.

Veja como observar as Perseidas, neste vídeo: (https://youtu.be/WimO_lDdHPk ), pelo Dr. Robert Massey, da RAS, em 2015.

Fonte da notícia: http://www.ras.org.uk/news-and-press/2897-perseid-meteors-could-see-surge-in-activity-on-11-and-12-august